Acurácia da radiografia de tórax associada a eletrocardiograma no diagnóstico de hipertrofia em hipertensos

Imagem de Miniatura

Data

2012-09-01

Autores

Ribeiro, Sergio Marrone [UNESP]
Morceli, Jose [UNESP]
Goncalves, Renato Souza [UNESP]
da Silva Franco, Roberto Jorge [UNESP]
Habermann, Francisco [UNESP]
Meira, Domingos Alves [UNESP]
Matsubara, Beatriz Bojikian [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Arquivos Brasileiros Cardiologia

Resumo

Background: Chest radiography and electrocardiogram have been criticized due to their low sensitivity for Left Ventricular Hypertrophy diagnosis compared to echocardiogram. This one, however, is not available in primary health care centers to all hypertensive population.Objective: To evaluate whether the association chest radiography-electrocardiogram provides the accuracy to justify its use in left ventricular hypertrophy detection in hypertensive patients, as well as the usefulness of the cardiothoracic ratio and oblique radiographs in relation to frontal and lateral views in evaluating dimensions of left cardiac chambers.Methods: This was a prospective study including 177 consecutive hypertensive patients through chest radiography, electrocardiogram and echocardiography. Accuracy test was used to compare these methods using echocardiography as gold standard.Results: The cardiothoracic ratio showed 17% sensitivity for detection of left ventricular hypertrophy, only indicating cardiac alterations at an advanced stage. Frontal plus lateral views showed sensitivity of 52%, which rose to 54% when chest radiography was associated with electrocardiogram. The oblique views did not significantly improve chest radiography accuracy. Chest radiography presented high specificity and elevated sensitivity for detection of aortal enlargement. Interestingly, this alteration was present in half of the hypertensive patients with left ventricular hypertrophy.Conclusion: We conclude that the association chest radiography-electrocardiogram is useful for the screening of hypertensive patients for the diagnosis of left ventricular hypertrophy, especially if echocardiogram is unavailable. (Arq Bras Cardiol 2012;99(3):825-833)
FUNDAMENTO: A radiografia de tórax e o eletrocardiograma (ECG) tem sido criticados em razão de sua baixa sensibilidade no diagnóstico da Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE) quando comparada ao ecocardiograma. Entretanto, esse exame não está disponível nos centros de atendimento primário para toda a população de hipertensos. OBJETIVO: Avaliar se a radiografia de tórax associada ao eletrocardiograma apresenta acurácia que justifique seu uso na detecção de HVE em hipertensos, bem como a utilidade do índice cardiotorácico e das radiografias oblíquas na avaliação das dimensões das câmaras cardíacas esquerdas. MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado em 177 pacientes hipertensos consecutivos, através da radiografia do tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma. Testes de acurácia foram utilizados para comparar esses métodos utilizando a ecocardiografia convencional como padrão de referência. RESULTADOS: O índice cardiotorácico mostrou sensibilidade de 17% para o diagnóstico de HVE, somente detectando alterações cardíacas mais acentuadas. As incidências póstero-anterior e perfil tiveram sensibilidade de 52%, aumentando para 54% quando a radiografia de tórax foi associada ao eletrocardiograma. As incidências oblíquas não melhoraram significativamente a acurácia da radiografia de tórax que, por sua vez, apresentou alta especificidade e boa sensibilidade para a detecção do aumento da aorta. Foi interessante notar que essa alteração estava presente em metade dos hipertensos com HVE. CONCLUSÃO: A associação da radiografia de tórax com eletrocardiograma é útil na avaliação inicial de hipertensos para o diagnóstico de hipertrofia ventricular esquerda, especialmente se a ecocardiografia não estiver disponível.

Descrição

Palavras-chave

Chest radiography, electrocardiography, echocardiography, hypertrophy, left ventricular, hypertension

Como citar

Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Rio de Janeiro: Arquivos Brasileiros Cardiologia, v. 99, n. 3, p. 825-832, 2012.