Distribuição de pausas na interpretação de atores

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Data

2014

Autores

Fraga, Milena
Jurado Filho, Lourenço Chacon [UNESP]

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Resumo

Introduction: The literature about the work with the voice of actors in the theater focuses the research on organic issues involved in the vocal process as “misuse” or “vocal abuse”. To a lesser amount, there are studies that highlight issues of interpretation and expressive resources, as well as others that highlight the linguistic resources of interpretation. This work shows a linguistic feature – the pause – and its collaboration for the theatrical interpretation. Objective: to verify the extent to which similarities and differences occur between the points judged as occurrence of pauses in interpretations of a theatrical text. Method: Subjects of this study were four theater actors, who played individually a same theatrical text. Later, a group of ten judges judged the points where pauses occurred. Based on a criterion of 70% agreement between judges, were searched similarities and differences between the points judged as pause of each recording. Results: the four subjects showed different amounts of pause in the stretch in common that they interpreted: S1= ten occurrences; S2= 14 occurrences; S3= 6 occurrences; and S4= 9 occurrences. In this inter-subject variation, five points of pause in common were detected. Conclusion: we have seen, then, that this variability (featuring subjectivity in interpretation) is built inside given possibilities, with lesser or greater flexibility, by the structure of the theatrical text.
Introdução: a literatura sobre o trabalho com a voz em atores de teatro privilegia a investigação de questões orgânicas envolvidas no processo vocal, como “mau uso” ou “abuso vocal”. Em menor quantidade, há trabalhos que destacam questões sobre interpretação e recursos expressivos, além de outros que destacam os recursos linguísticos da interpretação. O presente trabalho observa, justamente, um recurso linguístico – a pausa – e sua colaboração para a interpretação teatral. Objetivo: verificar em que medida ocorrem semelhanças e diferenças entre os locais julgados como de ocorrência de pausas na interpretação de um texto teatral. Método: foram sujeitos desta pesquisa quatro atores de teatro que interpretaram, individualmente, um mesmo texto teatral. Posteriormente, um grupo de dez juízes julgou os locais de ocorrência de pausas. Com base num critério de 70% de concordância entre os juízes, foram buscadas semelhanças e diferenças entre os locais julgados como pausa de cada gravação. Resultados: os quatro sujeitos apresentaram diferentes quantidades de pausa no trecho em comum que interpretaram: S1 = dez ocorrências; S2 = 14 ocorrências; S3 = seis ocorrências; e S4 = nove ocorrências. Nessa variação intersujeitos, foram detectados cinco locais de pausa em comum. Conclusão: pudemos observar que essa variabilidade que caracteriza a subjetividade na interpretação, se constrói no interior de possibilidades dadas, com menor ou maior flexibilidade, dentro das possibilidades que oferece a estrutura do texto teatral.
Introducción: La literatura sobre el trabajo con la voz de actores de teatro privilegia la investigación sobre aspectos orgánicos del proceso vocal, tales como el “mal uso” o el “abuso” de la voz. En menor cantidad, hay trabajos que, ponen el acento en la interpretación y en los recursos expresivos, además de otros que o destacan los recursos lingüísticos de la interpretación. Este trabajo observa, justamente, un recurso lingüístico – la pausa - y su papel en la interpretación teatral. Objetivo: Verificar en qué medida hay semejanzas y diferencias entre los lugares juzgados como de ocurrencia de pausas en la interpretación teatral. Método: Fueron sujetos de esta investigación cuatro actores de teatro que interpretaron, individualmente, un mismo texto teatral. Posteriormente, un grupo de diez jueces juzgo los locales de ocurrencia de las pausas. Con base en un criterio de 70% de acuerdo entre los juezes, se buscaron semejanzas y diferencias entre los lugares considerados como pausas en cada grabación. Resultados: los cuatro sujetos presentaron una cantidad diferente de pausas en el mismo fragmento que interpretaron: S1=diez pausas; S2 = catorce; S3 = seis y S4 = nueve. En esa variación entre los sujetos se detectaron 5 lugares de pausas en común. Conclusión: Fue posible observar que la variabilidad, característica de la subjetividad en la interpretación, se construye con mayor o menor flexibilidad dentro de las posibilidades que ofrece la estructura del texto teatral.

Descrição

Palavras-chave

Pausa, Prosódia, Interpretacao teatral

Como citar

Distúrbios da Comunicação, v. 26, n. 3, p. 472-479, 2014.