Repercussões maternas e perinatais da hidroterapia na gravidez

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Data

2003-02-01

Autores

Prevedel, Tânia Terezinha Scudeller [UNESP]
Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP]
De Conti, Marta Helena [UNESP]
Consonni, Elenice Bertanha [UNESP]
Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]

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Editor

Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia

Resumo

OBJETIVO: estudar os efeitos maternos (composição corporal e capacidade cardiovascular) e perinatais (peso e prematuridade) da prática da hidroterapia na gestação. MÉTODOS: estudo prospectivo, coorte, aleatorizado, com 41 gestantes de baixo risco e gestação única, praticantes (grupo estudo, n=22) e não-praticantes (grupo controle, n=19) de hidroterapia. Avaliações antropométricas definiram-se os índices de peso corporal, massa magra e gordura absoluta e relativa. Por teste ergométrico, definiu-se os índices de consumo máximo de oxigênio(VO2máx), volume sistólico (VS) e débito cardíaco (DC). Como resultado perinatal observaram-se ocorrência de prematuridade e recém-nascidos pequenos para a idade gestacional. Compararam-se os índices iniciais e finais entre e dentro de cada grupo. As variáveis maternas foram avaliadas pelo teste t para amostras dependentes e independentes e empregou-se o chi ² para estudo das proporções. RESULTADOS: a comparação entre os grupos não evidenciou diferença significativa nas variáveis maternas no início e no final da hidroterapia. A comparação dentro de cada grupo confirmou efeito benéfico da hidroterapia: no grupo estudo os índices de gordura relativa foram mantidos (29,0%) e no grupo controle aumentaram de 28,8 para 30,7%; o grupo estudo manteve os índices de VO2máx (35,0%) e aumentou VS (106,6 para 121,5) e DC de (13,5 para 15,1); no grupo controle observaram-se queda nos índices de VO2máx e manutenção de VS e de DC. A hidroterapia não interferiu nos resultados perinatais, relacionados à prematuridade e baixo peso ao nascimento. CONCLUSÕES: a hidroterapia favoreceu adequada adaptação metabólica e cardiovascular materna à gestação e não determinou prematuridade e baixo peso nos recém-nascidos.
PURPOSE: to study maternal (body composition and cardiovascular capacity) and perinatal (weight and prematurity) effects of hydrotherapy during pregnancy. METHODS: a prospective, random cohort study, with 41 low-risk pregnant women in their first pregnancy, practicing (study group, n=22) and not (control group, n=19) hydrotherapy. Anthropometric evaluation was used to assess lean mass, and absolute and relative body fat. Ergometric tests were used for maximum oxygen consumption (VO2max), stroke volume (SV) and cardiac output (CO). Perinatal results showed premature births and small for gestational age newborns. Initial and final indexes within and between groups were compared. Maternal variables were evaluated using the t test for dependent and independent values; the chi ² test was used to study proportions. RESULTS: there were no significant differences between the groups for maternal variables at the start and end of hydrotherapy. Comparison within each group confirmed the beneficial effect of hydrotherapy. In the study group, relative fat index was maintained at 29.0%; the control group showed an increase from 28.8% to 30.7%; the study group maintained VO2max at 35%, and increased SV from 106.6 to 121.5 and CO from 13.5 to 15.1; the control group showed a drop in VO2max and no change in SV and CO. There was no relationship between hydrotherapy and perinatal results. CONCLUSIONS: hydrotherapy adequately assisted metabolic and cardiovascular maternal adaptation to pregnancy and did not cause prematurity or weight loss in newborns.

Descrição

Palavras-chave

Gravidez normal, Hidroterapia, Composição corporal, Capacidade cardiovascular, Normal pregnancy, Hydrotherapy, Body composition, Cardiovascular capacity

Como citar

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 25, n. 1, p. 53-59, 2003.