Percepção dos portadores de hanseníase acerca do auto cuidado
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Data
2010
Autores
Souza, Ioná Araújo de [UNESP]
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
This study aimed at evaluating the perception of leprosy patients, the disease, with regard to its concept and self-care practice, as well as their knowledge concerning drug therapy. Fifteen patients participated in the study, of whom 11 were classified as multibacillary and 04 as paucibacillary. Semi-structure interviews containing six guiding questions were used for data collection, and the Collective Subject Discourse (CSD) was utilized as a theoretical framework. Analysis was performed based on the Theory of Complexity. It showed that patients suffer pain, a fact that is reflected on the need to change habits and prevent disability. It also showed that patients have doubts and feel insecure about treatment and prognosis, and that they are also the target of social prejudice even thought the term leprosy has been replaced by Hansen‟s disease. As regards self-care, the subjects showed lack of autonomy, limitations and subjection to instructions from health care professionals, who, according to the discourse that emerged, are mostly responsible for transmitting the knowledge concerning self-care practice. This fact can be explained by evidence of self-knowledge deficit by the the subjects. Concerning polychemotherapy treatment, which is recommended by the Ministry of Health, it was observed that the knowledge concerning its action and adverse effects is precarious. This information is provided during consultation; however, CSD showed that the subjects do not apprehend it. Therefore, health care professionals must instruct their clients not only as regards conventional treatment practices, but they must also help them to know themselves and to improve their critical judgment so that they can choose the best form of living after being diagnosed with the disease, thus guiding self-care by taking such choice into account
Este estudo objetivou desvelar a percepção dos portadores de hanseníase, quanto à doença,a prática do autocuidado, e o conhecimento sobre a terapia medicamentosa. Participaram da pesquisa 15 pacientes; sendo 11 classificados como multibacilares e os demais paucibacilares. Foi utilizada entrevista semi-estruturada composta de seis perguntas norteadoras como coleta de dados e o Discurso do Sujeito Coletivo como referencial teórico. A análise foi feita à luz da teoria da complexidade. Pela análise foi possível perceber que os portadores sofrem de dores, fato este que reflete na necessidade de mudança de hábitos e prevenção das incapacidades; possuem dúvidas e inseguranças relacionadas ao tratamento e prognóstico e, ainda são alvos de preconceitos sociais, mesmo após a substituição do termo lepra para doença de Hansen. Relativo ao autocuidado, os sujeitos apresentaram falta de autonomia, limitação e condicionamento às instruções dos profissionais de saúde, que, de acordo com os discursos emergidos, são os maiores responsáveis por transmitir o conhecimento das práticas de autocuidado. Este fato pode ser explicado, pela evidência do déficit de autoconhecimento por parte dos sujeitos. Em relação ao tratamento com poliquimioterapia, que é o esquema terapêutico padronizado pelo Ministério da Saúde, percebeu-se que o conhecimento das ações e efeitos adversos é precário. Estas informações são dadas nas consultas, porém, os DSCs mostraram que os sujeitos não as incorporaram. Portando, vê-se a necessidade do profissional de saúde de instruir o cliente não apenas das práticas convencionais de tratamento, mas orientá-lo a se autoconhecer e aprimorar seu senso crítico, para que possa escolher qual é a melhor forma de viver após o diagnóstico da doença e, direcionar o autocuidado nesse sentido
Este estudo objetivou desvelar a percepção dos portadores de hanseníase, quanto à doença,a prática do autocuidado, e o conhecimento sobre a terapia medicamentosa. Participaram da pesquisa 15 pacientes; sendo 11 classificados como multibacilares e os demais paucibacilares. Foi utilizada entrevista semi-estruturada composta de seis perguntas norteadoras como coleta de dados e o Discurso do Sujeito Coletivo como referencial teórico. A análise foi feita à luz da teoria da complexidade. Pela análise foi possível perceber que os portadores sofrem de dores, fato este que reflete na necessidade de mudança de hábitos e prevenção das incapacidades; possuem dúvidas e inseguranças relacionadas ao tratamento e prognóstico e, ainda são alvos de preconceitos sociais, mesmo após a substituição do termo lepra para doença de Hansen. Relativo ao autocuidado, os sujeitos apresentaram falta de autonomia, limitação e condicionamento às instruções dos profissionais de saúde, que, de acordo com os discursos emergidos, são os maiores responsáveis por transmitir o conhecimento das práticas de autocuidado. Este fato pode ser explicado, pela evidência do déficit de autoconhecimento por parte dos sujeitos. Em relação ao tratamento com poliquimioterapia, que é o esquema terapêutico padronizado pelo Ministério da Saúde, percebeu-se que o conhecimento das ações e efeitos adversos é precário. Estas informações são dadas nas consultas, porém, os DSCs mostraram que os sujeitos não as incorporaram. Portando, vê-se a necessidade do profissional de saúde de instruir o cliente não apenas das práticas convencionais de tratamento, mas orientá-lo a se autoconhecer e aprimorar seu senso crítico, para que possa escolher qual é a melhor forma de viver após o diagnóstico da doença e, direcionar o autocuidado nesse sentido
Descrição
Palavras-chave
Enfermagem, Doenças transmissiveis, Hanseniase
Como citar
SOUZA, Ioná Araújo de. Percepção dos portadores de hanseníase acerca do auto cuidado. 2010. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Enfermagem) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2010.