Screening visual em crianças pré-escolares utilizando o PhotoScreenerTM

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2010-02-01

Autores

Lavezzo, Marcelo Mendes [UNESP]
Sousa, Roberta Lilian Fernandes de [UNESP]
Kanamura, Mayumi Shirota [UNESP]
Schellini, Silvana Artioli [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Resumo

OBJETIVO: O objetivo geral foi detectar fatores ambliopigênicos em uma população de pré-escolares, utilizando exames refratométricos e o PhotoScreenerTM (PS) e o objetivo específico foi verificar se a avaliação feita com o PS é útil como método de triagem em campanhas de prevenção de ambliopia em crianças. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, prospectivo, de janeiro a dezembro de 2007, avaliando-se 227 crianças pré-escolares, com o intuito de detectar, através da aplicação de um questionário, exames refratométricos e fotografias utilizando o PS, a presença de fatores causadores de ambliopia na população de estudo. Todas as crianças foram avaliadas pelo PS. em seguida, todas as crianças foram submetidas à cicloplegia , sendo avaliadas usando refrator automático Shin Nippon®. As crianças detectadas como portadoras de problemas oculares receberam prescrição óptica, segundo os critérios: hipermetropia maior que +1,50 D, miopia maior que -1,00 D e astigmatismo maior que 1,00 D. Analisaram-se os dados através do teste de concordância de Goodman, estatística descritiva e estudo da especificidade e sensibilidade ao emprego do PS, comparando os resultados com ele obtidos, com os resultados dos outros métodos de avaliação oftalmológica. RESULTADOS: A distribuição entre os sexos foi semelhante, sendo que a maioria das crianças apresentava quatro ou cinco anos de idade. A sensibilidade (S) do PS, comparando-se o resultado obtido neste aparelho com o autorrefrator sob cicloplegia, foi de 50,9%. Já a especificidade foi de 78,9%; valor preditivo positivo 70%; valor preditivo negativo 62,5% e acurácia 65,1%. CONCLUSÕES: Das 101 crianças cujas fotografias tiradas através do PS puderam ser analisadas satisfatoriamente, trinta e seis apresentavam erro refrativo que necessitou de correção. O PS, quando comparado com equivalente esférico do autorrefrator sob cicloplegia, é um método razoável de triagem, embora a sensibilidade não seja boa. Um ponto positivo a ser ressaltado é o considerável valor de especificidade.
PURPOSE: To evaluate whether the PhotoScreenerTM (PS) is useful as a method of screening in the prevention of amblyopia in children. METHODS: 227 preschool children were evaluated through the application of a questionnaire, refratometry measurements and photos using the PS. After this, all children were submitted to cycloplegic refraction, 30 minutes after one drop of cycloplegic agent. Refraction was performed by a mydriatic automatic refractor Shin Nippon®. Children identified as suffering from eye problems were treated, according to the criteria: hyperopia greater than +1.50 D, myopia greater than -1.00 D and astigmatism greater than 1.00 D. Data were analyzed through Goodman test, descriptive statistics and study of the specificity and sensitivity of the use of PS, comparing its results with other ophthalmologic assessment methods. RESULTS: There was a male predominance (54.6%), and the majority of children were four or five years old. PS sensitivity (S) compared to refraction under cycloplegia was 50.9%. The specificity (E) was 78.9%, positive predictive value (PPV) = 70%, negative predictive value (NPV) = 62.5% and accuracy (A) = 65.1%. CONCLUSIONS: PS, when compared to cycloplegic refraction spherical equivalent, is a reasonable method of screening, although the low sensitivity. A positive point to be emphasized is the considerable specificity.

Descrição

Palavras-chave

Erros de refração, Ambliopia, Sensibilidade e especificidade, Programas de rastreamento, Pré-escolares, Refractive errors, Amblyopia, Sensitivity and specificity, Mass screening, Child, preschool

Como citar

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 73, n. 1, p. 52-56, 2010.