Flores carnais: Mapplethorpe e a natureza socio-política da pornografia

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2012

Autores

Santos, Lucas Álvaro dos
Silva, Larissa Maués Pelúcio [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

O artista norte-americado Robert Mapplethorpe se notabilizou pela plasticidade de seus portraits em preto e branco, mas também pelo escândalo de suas composições, nas quais corpos nus, sobretudo masculinos podiam ser vistos em atos homoeróticos e sadomasoquistas. Considerada como uma arte erótica por uns e como pornografia por outros, o fotógrafo acendeu o antigo debate pornografia versus erotismo. Considerando que tanto uns quanto outros termos, só adquirem seu sentido estético, social e político se pensados contextual e historicamente. Tomamos as fotografias de flores deste autor, para levar a cabo este debate, dialogando, para tanto, com as contribuições de Michel Foucault pelas leituras da sexualidade enquanto dispositivo. Valemo-nos, ainda dos conceitos de ars erotica e scientia sexualis tratado pelo mesmo autor, para estruturar nossas hipóteses, nas quais as flores do fotógrafo são deslocadas do terreno relativamente seguro do erotismo para serem lidas como armas de um terrorismo textual (e visual), aquele que Barthes viu como capaz de 'interveir socialmente, não fraças à sua popularidade ou seu sucesso, mas graças à 'violência que permite que o texto exceda as leis que a uma sociedade, uma ideologia, ou uma filosofia tomam para construir sua própria 'inteligibilidade histórica'''.

Descrição

Palavras-chave

Mapplethorpe, Portraits of flowers, Pornography, Eroticism, Ars erótica, Sexual device, Text-image, Mapplethorpe, Retratos de flores, Pornografia, Erotismo, Ars erótica, Dispositivo da sexualidade, Texto-imagem

Como citar

Revista Ártemis, v. 13, n. 1, p. 10-20, 2012.