Fragmentos de experiências: reflexões sobre uma prática docente emancipatória

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2016-07-12

Autores

Fríscio, Fabiana Campacci [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Esta pesquisa compartilha experiências de educação e na educação, sobretudo a pública. Foi baseada em experiências como professora de Artes, acumuladas durante dez anos junto às escolas municipais de São Paulo, com turmas de 6º a 9º ano do Ensino Fundamental II. Os preconceitos sofridos pelo Ensino da Arte ao longo dos anos e que ainda se encontram em diversas escolas tornam-se grandes obstáculos quando se tenta propor um ensino menos embrutecedor e voltado somente para o ponto de vista do professor. Para tanto, por meio de recortes da minha experiência como artista-educadora e o diálogo com os autores, reflito sobre uma prática docente emancipatória a partir da perspectiva do filósofo e professor Jacques Rancière e sua teoria sobre a igualdade das inteligências. O teatro pós-dramático e algumas de suas características, estudadas por Hans-Thies Lehmann traz contribuições para este debate na construção e reflexão sobre as potencialidades do ensino de teatro na escola pública contemporânea. À luz das ideias de Michel Foucault sobre a docilização dos corpos e as reflexões de Hakim Bey sobre as zonas autônomas temporárias (TAZ), discuto sobre a possibilidade de estabelecer outra relação entre educador e estudante, de modo que esta reflexão contribua para trazer à tona questões a respeito do pensar e do fazer a escola nos tempos de hoje, os modos de ser do educador e as possibilidades que cada relação traz no processo de construção do conhecimento, sem que haja, no entanto, a valoração de saberes baseada em hierarquias entre os participantes do processo. Este estudo trouxe um grande aprendizado, a importância de arriscar. De conhecer o espaço e a comunidade em que se está, saber sua dinâmica, e traçar estratégias e táticas para que se possa lutar de maneira coletiva e criativa.
This research shares educational experiences especially in public domain. It was based on experiences as a teacher of Arts, accumulated for ten years in the municipal schools of São Paulo, with groups of 6º to 9º years of elementary school II. Prejudice suffered by the Art of Education over the years and are still in various schools become major obstacles when trying to propose a less stultifying teaching and returned only to the teacher's point of view. Through “clippings” from my experience as an artist-educator and the dialogue with theoreticians, I reflect on emancipatory educational practices from the perspective of the philosopher and teacher Jacques Rancière and his theory of intelligences equality. The post-dramatic theater and some of its features, studied by Hans-Thies Lehmann brings contributions to this debate in the construction and reflection on theater educational potentialities in contemporary public schools. In the light of Michel Foucault's ideas on docile bodies and the reflections of Hakim Bey about temporary autonomous zones (TAZ), I discuss the possibility of establishing another relationship between educator and student, so that this reflection will help to bring up questions about the thinking and make the school in today's times, the ways of the educator and the possibilities that each relationship brings in the construction of knowledge, without, however, the valuation of knowledge based hierarchies between process participants. This study brought a great learning, the importance of risk. To know the area and the community in which you are, to know their dynamics and develop strategies and tactics so that we can fight collectively and creatively.

Descrição

Palavras-chave

Educação, Teatro pós-dramático, Ensino de Arte, Prática emancipatória, Education, Post-dramatic theater, Art education, Emancipatory practice

Como citar