Adaptação de historias por meio da comunicação suplementar e alternativa para alunos com paralisia cerebral

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Data

2007

Autores

Ponsoni, Adriana [UNESP]
Sameshima, Fabiana Sayuri [UNESP]
Deliberato, Débora [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: A literatura tem demonstrado que o conto e reconto de histórias proporcionam o desenvolvimento da narrativa, aumento do repertório lexical e estruturação sintática. O recurso de comunicação Suplementar e Alternativa tem sido utilizado com crianças deficientes que apresentam severos distúrbios da comunicação como facilitador dos processos de aquisição e desenvolvimento da linguagem, como por exemplo, durante as atividades de histórias. Objetivos: Utilizar o recurso de Comunicação Suplementar e Alternativa como facilitador para aquisição e ampliação de vocabulário e da estruturação frasal de crianças com paralisia cerebral. Métodos: Participaram deste estudo duas crianças com paralisia cerebral e comprometimento da linguagem oral, sendo uma do gênero feminino com 8 anos e um do gênero masculino com 11 anos, que recebem atendimento na área de fonoaudiologia do Setor de Comunicação Alternativa de uma Unidade Auxiliar. Foram adaptadas duas histórias com figuras do programa Boardmaker-Picture Communication Symbols (PCS). As responsáveis pelos atendimentos realizaram a contagem das histórias com o livro e as figuras do PCS e em seguida a história era recontada pelas crianças com o apoio do recurso de comunicação suplementar e alternativa. Para recontar as histórias, as crianças colavam as figuras em uma placa de eucatéx e as terapeutas auxiliavam tanto no reconhecimento das figuras como na organização da estrutura sintática. Essas atividades foram filmadas e posteriormente analisadas. Resultados: Foi possível observar por meio da análise das filmagens que durante o reconto da primeira história as crianças necessitaram a todo o momento da intervenção das terapeutas para auxiliar na organização das frases, o que não foi observado na segunda história, em que ocorreu menos intervenção das terapeutas. Também foi observado o aumento do repertório lexical, visto que o conteúdo de algumas figuras foi utilizado em outros contextos que não faziam parte da atividade. Na estratégia do reconto, as crianças utilizaram além das figuras do programa utilizado outras formas de expressão como gestos representativos, expressões faciais, risos, fala e emissão de sons ininteligíveis. O recurso de comunicação suplementar e alternativa foi um recurso importante no processo de interação dos alunos deficientes, favorecendo tanto a linguagem expressiva quanto a linguagem receptiva, permitindo aos alunos deficientes não-falantes demonstrarem seus potencias e suas habilidades.

Descrição

Palavras-chave

Humanas, Saúde

Como citar

Revista Ciência em Extensão, v. 3, n. 1, p. 222, 2007.