Corpo, afeto e sexualidade: a educação sexual junto a crianças e adolescentes

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Data

2005

Autores

Longo, Nayara Lima [UNESP]
Souza, Juliane Campos de [UNESP]
Ciani, Monalisa Maria [UNESP]
Barbosa, Tatiana Rodrigues [UNESP]
Teixeira Filho, Fernando da Silva [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O esteriótipo existente em torno da adolescência faz com que os jovens não sejam vistos em suas singularidades. Ao contrário, tal categoria homogeneíza sua condição de ser humano único e individual. Isto os dificulta a encontrarem meios que legitimem seu papel na sociedade enquanto cidadão, o respeito e cuidado para consigo e os outros, tornando-os mais vulneráveis as DSTs/AIDS e a gravidez precoce. Eles são, por conta de questões morais que inviabilizam a produção de políticas de educação mais inclusivas, muitas vezes, vistos como seres “assexuados”. Isto, além de deixá-los à margem de si mesmos e da sociedade, limitam-lhes quanto ao acesso às informações relacionadas à sexualidade como um todo. Paradoxalmente, é na adolescência que, biologicamente, o corpo humano “se desperta” para o erotismo e o prazer. Porém, o risco surge justamente porque os adultos não lhes dão informações precisas sobre sexo, emoções, relações de gênero, cidadania, direitos humanos e aspectos sociais, antropológicos e econômicos relacionados à vida e sexualidade. Entre os fatores que podem aumentar as vulnerabilidades dos adolescentes estão: 1) as questões de gênero, que envolvem relações desiguais de poder entre homens e mulheres, 2) as condições sócio-econômicas, as quais influenciam diretamente o acesso à saúde, à educação e à informação, 3) a possibilidade de reflexão sobre sua vida, bem como sua relação com a vivência do prazer e do desprazer. Objetivos: Levando em consideração os aspectos acima destacados, temos como objetivo do nosso trabalho na Casa da Criança, criar condições para que haja uma reflexão a respeito das vulnerabilidades apontadas junto a pré-adolescentes e adolescentes visando a redução das mesmas em relação as DSTs/HIV-Aids e gravidez precoce. Métodos: A metodologia escolhida para este trabalho foi o desenvolvimento de oficinas semanais, com a duração de uma hora e meia, aproximadamente, e ministradas por duas duplas de estagiárias, em diferentes dias da semana. Como público-alvo teremos púberes e adolescentes entre nove e treze anos. Escolheu-se este método por considerarmos serem as oficinas técnicas profícuas de criação e convivência, nas quais existem as possibilidades de expressão da diferença e afirmação da pluralidade da vida. Resultados: Esperamos com este trabalho capacitar os jovens para a reflexão quanto aos cuidados de si e do outro, entendendo que para além das “vontades biológicas” há uma série de lógicas das emoções e sentimentos que também precisam ser escutadas, elaboradas e vivenciadas, principalmente no que tange às relações de desigualdade entre os gêneros sexuais, que é uma variável importante na perpetuação da opressão e supressão do exercício da democracia e direitos humanos.

Descrição

Palavras-chave

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 034