Levantamento epidemiológico do uso de drogas entre estudantes universitários da UNESP

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Data

2013

Autores

Silva, Meire Luci da [UNESP]
Rego, Franciele dos Santos [UNESP]
Roque, Nathalia Fagundes [UNESP]
Santos, Nathalia Marina Ribeiro dos [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A dependência química é um problema não só da área médica, mas também social e saúde pública e, devido sua complexidade e magnitude pode trazer sérias consequências físicas, psicológicas, emocionais, econômicas e sociais, afetando significativamente a qualidade de vida dos usuários e da população em geral. O uso de substâncias psicoativas pela população estudantil tem sido objeto de vários estudos no Brasil. Este estudo teve como objetivo caracterizar o uso de substâncias psicoativas entre os universitários matriculados no 1° e 4° de todos os cursos oferecidos pela UNESP - Campus de Marília. Para coleta de dados foi elaborado um questionário, de autopreenchimento, baseado em instrumentos de avaliação padronizados. Este questionário foi composto de questões relacionadas aos tipos de substâncias psicoativas usadas, uso abusivo, frequência, tempo de uso, autocrítica em relação ao uso indevido, consequências do uso em relação à saúde e delitos sob a influência de substâncias psicoativas. A amostra contou com a participação de 268 estudantes, sendo que destes foram analisados 183 (68,3%), os quais apresentavam respostas positivas ao uso de substâncias psicoativas em algum momento da vida. O restante 85 (31%) questionários tiveram respostas negativas ao uso. Em relação à primeira droga experimentada, 77,9% dos universitários relataram o uso de álcool, seguido de 10,9% tabaco e 7,6% maconha. A primeira substância psicoativa de uso foi o álcool, seguido pelo tabaco e maconha. Atualmente, 79,2% dos universitários responderam fazerem uso, sendo a frequência de uso predominante entre 1 e 2 ou mais vezes por semana. Quando os universitários usuários foram questionados sobre ser ou tornar-se dependentes, 92,3% responderam que não eram ou não se tornariam. Estes resultados indicaram a negação da dependência química pelos universitários, usuários, porém estes mesmos, ao serem questionados quanto ao uso ser prejudicial à saúde, 67,8% referiram que estas substâncias são nocivas à saúde, o que demonstrou a conscientização do uso ser prejudicial à saúde, porém este fato não os impedem de continuarem o uso. Os resultados não só apontaram para a contradição entre respostas e comportamento dos estudantes, usuários, quando estes não se consideram grupo de risco, porém referem que o uso é prejudicial à saúde, o que evidencia a falta de informação, sensibilização e aceitação em relação à dependência. É evidente a importância de continuar com a investigação do fenômeno de dependência entre os universitários a fim de futuramente, desenvolver e implantar programas de prevenção e intervenção junto à população estudantil. Acreditamos que através da prevenção e atenção, será possível evitar a deterioração dos casos, o baixo desempenho acadêmico e outras graves consequências.

Descrição

Palavras-chave

Dependência química, Universitários, Uso de substâncias psicoativas

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09659