Identificação de plantas

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2001

Autores

Monteiro, Reinaldo [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Desde a criação do Departamento de Botânica na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1958, para atender principalmente a formação de licenciados em História Natural, a atividade de coletas e identificação de plantas no município de Rio Claro e áreas circunvizinhas foi implementada como rotina pelos docentes, técnicos e alunos estagiários. No entanto, somente com a crescente necessidade de testemunhos de pesquisa é que o Departamento estabeleceu, no final da década de 1960, o Herbário Rioclarense (HRCB, pelas normas internacionais). Embora sem registro oficial no âmbito internacional, o Herbário desenvolveu-se acompanhando as mudanças de estrutura da Institutição de Ensino e os requerimentos técnicos das normas internacionais para os museus de patrimônios da biodiversidade vegetal, ou seja, os Herbários. Em 1976 a Faculdade de Filosofia desmembrou-se nos Institutos de Biociências e de Geociências do campus de Rio Claro da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ficando o HRCB no Instituto de Biociências. Posteriormente, em 1977, o Herbário teve seu registro e aceitação internacionais, ano em que também foi criado, no primeiro curso de pós-graduação no Instituto, a obrigatoriedade de depósito e identificação de todo material vegetal testemunho de dissertação e/ou tese. Neste contexto, a identificação de plantas tornou-se rotina e suporte à pesquisa e à docência (graduação e pós-graduação), e ao atendimento de demanda proveniente da sociedade (extensão) e da comunidade científica internacional. No entanto, dado o crescimento intenso e ininterrupto destas atividades, a modernização e a atualização aliadas às ampliação da área física são fundamentais ao bom funcionamento do Herbário : meios eletrônicos de curadoria do acervo, aquisição e acesso à bibliografia recente e a mobiliário adequado, o intercâmbio e/ou permuta de coleções e experiências e, também, divulgação e acesso ao material para o público interessado, especializado ou não. A atividade requer as seguintes etapas : obtenção do material (coleta no campo); preparo do material para inclusão como ítem do acervo; registro apropriado; identificação (através de comparação com acervo já existente, ou com uso de literatura específica, ou consulta a especialistas); guarda e manutenção para estudos locais ou disponibilização para intercâmbio com instituições congêneres. Os agentes envolvidos na implementação destas atividades são docentes, pesquisadores, alunos e técnicos especializados em Ciências Biológicas e com experiência em museologia ou técnicas de curadoria de coleções, além de um mínimo de apoio de serviços de secretaria. Sem estas características como orientadoras da atividade, sua implementação pode ser possível, mas não imediatamente exequível. O desenvolvimento da atividade, se feita de forma concomitante com a inserção de uma instituição de apoio, como o Herbário ou um Departamento de Ensino, é mais proveitosa e duradoura, podendo mesmo receber apoio financeiro específico, uma vez que existem áreas nas instituições de fomento à pesquisa próprias para o estudo dos recursos naturais e suas devidas amostragem e catalogação. É imprescindível que a atividade tenha, além da estruturação em programas de ensino e pesquisa, também a inserção em projetos temáticos interinstitucionais, como produção de flórulas, floras, estrutura e dinâmica de remanescentes de vegetação e revisões taxonômicas. Há muitos resultados benéficos à comunidade científica que resultam da atividade de identificação de plantas, dos quais são destacados : facilidade para comunicação; conhecimento e reconhecimento dos organismos estudados; aumento do conhecimento sobre o nível de heterogeneidade ambiental (biodiversidade) e, estabelecimento das instituições (Herbário, Instituto e Universidade) como referências nos níveis regional, nacional e mundial. A sociedade leiga se beneficia na proporção da qualidade de vida alcançada com o melhor conhecimento do meio ambiente e como preservá-lo, conservá-lo, e com ele interagir.

Descrição

Palavras-chave

Como citar