Tecidos e tessituras: representação do feminino em María Rosa Lojo

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2017-01-31

Autores

Hernandes, Luciana Carneiro [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Centralizando-se nos relatos de Amores insólitos de nuestra historia (2001, 2011) e nos romances Finesterre (2005), Árbol de família (2010) e Todos éramos hijos (2014), o presente trabalho aborda como María Rosa Lojo articula o conceito de texto com a metáfora do tecido e como esse tecido/texto também está associado à vestimenta, às máscaras e à atuação performática dos personagens em geral, sempre associada ao ato de escrever e ao ato de apropriar-se, em especial no caso das mulheres, ou de outros personagens ex-cêntricos (HUTCHEON, 1991), de seu próprio corpo. A opção pela obra da escritora argentina contemporânea Maria Rosa como corpus desta tese justifica-se pelo painel que traça, em seus livros, da história argentina e pela maneira peculiar como constrói a sua teia narrativa, como elabora o seu bordado. Ao desconstruir mitos fundacionais e questionar a constituição identitária rio-platense, Lojo propõe ressignificar o próprio conceito de humanidade. Envolvendo os leitores, proporciona fruição poética e reflexão profunda. Ao resgatar autoras do século XIX, conta uma nova história da história e possibilita demonstrar como a mulher vai construindo uma forma própria de se colocar na literatura. Portanto, a questão que norteia o presente trabalho é em que medida a autora tece a história da Argentina para recriar-se argentina? Como ela constrói sensorial e sinestesicamente a trama–teia–texto de sua própria argentinidade? Também ela teria sido beneficiária do poder curativo do bordar e do narrar (BENJAMIN, 1994, 1997; GAGNEBIN, 1985), expurgando o sentimento da “exilada-filha” tantas vezes mencionado em entrevistas e artigos (também textos, também teias) e o da loucura, tema anunciado do próximo livro? Como principal suporte teórico da investigação foram utilizados textos de Showalter (1998), Rapucci (2011), Cunha (2004), Schmidt (1995, 2009, 2012) e Bonnici (2007), no que tange a estudos de gênero e autoria feminina; de Esteves (2010, 2011, 2013), Perkowska (2006), Trouche (2006) e Rivas (2004) sobre narrativas de extração histórica; Crespo Buiturón (2008, 2009), Molina (2010), Luesakul (2014) e Marques (2016), a respeito da estética e da autoria lojeana, além de textos críticos da própria escritora.
Focusing on the reports of Amores insólitos de nuestra história (2001, 2011) and the novels Finesterre (2005), Árbol de familia (2010) and Todos éramos hijos (2014), this paper addresses how María Rosa Lojo articulates the concept of text with the metaphor of the fabric and how this fabric/text is also associated with the dress, the masks and the performance of the characters in general always associated with the act of writing and the act of appropriation, especially in the case of women, or other excentric characters (HUTCHEON, 1991), of his/her own body. The option for the work of the contemporary Argentine writer Maria Rosa as a corpus of this thesis is justified by the panel that traces, in her books, the history of Argentina and the peculiar way in which she constructs her narrative web, how she elaborates her chain-stitch.By deconstructing foundational myths and questioning the rioplatense identity constitution, Lojo proposes to re-signify the very concept of humanity. Involving readers, provides poetic enjoyment and deep reflection. By rescuing authors from the nineteenth century, she tells a new history of history and makes it possible to demonstrate how women are building their own way of putting themselves in the literature. Therefore the question that guides this work is to what extent the author weaves the history of Argentina to recreate herself an Argentinian? How does she construct sensory and sinesthetically the webtext-plot of her own argentinity? Had she also been benefited from the curative power of embroidery and narration (BENJAMIN, 1994, 1997; GAGNEBIN, 1985), expunging the feeling of the "exile-child" so often mentioned in interviews and articles (also texts, also webs) and of madness, the theme of the next book announced? As the main theoretical support of the research, texts from Showalter (1998), Rapucci (2011), Cunha (2004), Schmidt (1995, 2009, 2012) and Bonnici (2007) were used in gender studies and female authorship; Esteves (2010, 2011, 2013), Perkowska (2006), Trouche (2006) and Rivas (2004) on historical extraction narratives; Crespo Buiturón (2008, 2009), Molina (2010), Luesakul (2014) and Marques (2016), regarding aesthetics and Lojeana authorship, as well as critical texts by the writer herself.
Centralizándose en los relatos de Amores insólitos de nuestra historia (2001, 2011) y en los romances Finesterre (2005), Árbol de familia (2010) y Todos éramos hijos (2014), el presente estudio aborda cómo María Rosa Lojo articula el concepto de texto con la metáfora de tejido y como ese tejido/texto también se asocia con la vestimenta, con las máscaras y la actuación performativa de los personajes en general, siempre vinculada al acto de escribir y al acto de apropiarse, en especial en el caso de las mujeres, o de otros personajes ex céntricos (HUTCHEON, 1991), de su propio cuerpo. La opción por la obra de la escritora argentina contemporánea María Rosa como corpus de esta tesis se justifica por el panel que describe, en sus libros, de la historia argentina y por la manera peculiar como construye su tela narrativa, como elabora su bordado. Al deconstruir mitos fundacionales y cuestionar la constitución de identidad rioplatense, Lojo propone replantear el propio concepto de humanidad. Envolviendo a los lectores, proporciona disfrute poético y reflexión profunda. Al rescatar autoras del siglo XIX, cuenta una nueva historia de la historia y permite demostrar como la mujer va construyendo una forma propia de colocarse en la literatura. Por lo tanto, la pregunta que guía el presente trabajo es: ¿en qué medida la autora teje la historia de Argentina para recrearse argentina? ¿Cómo ella construye sensorial y sinestésicamente la trama–tela–texto de su propia argentinidad? ¿También ella habría sido beneficiaria del poder curativo de bordar y narrar (BENJAMIN, 1994, 1997; GAGNEBIN, 1985), expurgando el sentimiento de ―exilada-hija‖ tantas veces mencionado en entrevistas y artículos (también textos, también telas) y el de la locura, tema anunciado del próximo libro? Como principal soporte teórico de la investigación fueron utilizados textos de Showalter (1998), Rapucci (2011), Cunha (2004), Schmidt (1995, 2009, 2012) y Bonnici (2007), con respecto a los estudios de género y autoría femenina; de Esteves (2010, 2011, 2013), Perkowska (2006), Trouche (2006) y Rivas (2004) sobre narrativas de extracción histórica; Crespo Buiturón (2008, 2009), Molina (2010), Luesakul (2014) y Marques (2016), con respecto a la estética y a la autoría lojeana, además de textos críticos de la propia escritora.

Descrição

Palavras-chave

María Rosa Lojo, Nação e identidade, Literatura de autoria femenina, Narrativas de extração histórica latino-americanas, Ficção argentina - Escritoras, Nation and identity, Female Authorship Literature, Latin American historical extraction narratives, Argentine fiction – Women writers, Nación e identidad, Literatura escrita por mujeres, Narrativas de extracción histórica latinoamericanas, Ficción argentina – Escritoras

Como citar