A influência das barreiras fluviais, clima e topografia nas regiões biogeográficas dos anuros na Floresta Amazônica

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Data

2017-05-02

Autores

Godinho, Marcela Brasil de Castro [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A distribuição espacial da biodiversidade não é explicada por um modelo único e simples, isso depende da combinação de cenários mais complexos. Aqui, avaliamos cinco hipóteses definindo regiões biogeográficas para espécies de anfíbios na floresta amazônica. Para isso, os mapas de amplitude de ocorrência de anfíbios foram sobrepostos em células de grade de 50 × 50 km, para obter uma matriz binária. Esta matriz foi submetida a uma análise de cluster para determinar o padrão e o número de regiões biogeográficas para o conjunto de dados. Em seguida, exploramos a importância relativa de variáveis de clima contemporâneo e histórico, complexidade topográfica, barreira fluvial e estrutura da vegetação explicando as regiões biogeográficas identificadas. Nós encontramos nove regiões biogeográficas de anfíbios na floresta amazônica. Nossa análise mostra que vários fatores interagem para determinar a distribuição das espécies. Os principais rios da Amazônia foram a maior contribuição explicando a variabilidade nas regiões biogeográficas de anfíbios, seguido de variáveis climáticas e topografia. O efeito de barreira parece ser forte para alguns rios tais como Amazonas e Tapajós, mas pouco eficaz para outros rios. Além disso, variáveis climáticas e topograficas fornecem um gradiente ambiental definindo a riqueza de espécies e a distribuição de anfíbios. Atualmente, desmatamento, mudanças climáticas e atividades econômicas insustentáveis estão ameaçando a integridade dos ecossistemas amazônicos, alterando os padrões de distribuição das espécies. Considerando isso, nossos resultados poderiam ser usados para abordar questões de conservação da diversidade de anfíbios para florestas tropicais do mundo.
It is recognized that the spatial distribution of faunal are not explained entirely by any simple model, but it depends on the combination of complex scenarios. Here, we evaluated five hypotheses correlates biogeographic regions for anuran species in the Amazonian forest. For this, we overlaid range maps of anurans into grid cells at 50 × 50 km to generate a binary matrix. This matrix was subjected to a cluster analysis to determine the pattern and number of biogeographic regions for the dataset. Then, we explored the importance relative of contemporary and historical climate variables, topographic complexity, riverine barrier and vegetation structure explaining the biogeographic regions identified. We found nine biogeographic regions for anuran in the Amazonian forest. Our analysis shows that multiple factors interplay to determine the species distributions. The major rivers in the Amazon made the largest contribution explaining the variability in anuran biogeographic regions, followed by climate variables and topography. The barrier effect seems to be strong for some rivers such Amazon and Tapajós, but it seems not be an effective barrier for other Amazonian rivers. Furthermore, climate and topographic variables provide an environmental gradient driving the number of species richness and anuran range-size distribution. Currently, deforestation, climate change and unsustainable economic activities are threatening the integrity of the Amazonian ecosystems and they will force alterations in the patterns of species distribution. In this scenario, our results provide a spatially explicit framework that could be used to address questions in conservation management of anuran diversity for the largest tropical forests in the world.

Descrição

Palavras-chave

Anuros, Amazônia, Recluster, Regionalização, Variáveis ambientais, Anurans, Amazon forest, Regionalization, Environmental variables

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