Ação da própolis, apitoxina e melitina de Apis mellifera e suas influências nos fatores de virulência de Staphylococcus aureus

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2017-07-28

Autores

Pereira, Ana Flávia Marques [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A busca por novos fármacos é uma constante, especialmente para aqueles obtidos a partir de produtos naturais, que apresentem melhor eficácia e vários efeitos terapêuticos. A própolis e o veneno (apitoxina) da abelha Apis mellifera, além da melitina, uma fração da apitoxina, possuem ação antimicrobiana reportada na literatura. As ações antibacterianas do extrato hidroalcoólico de própolis (EHP), de apitoxinas obtidas das abelhas Apis mellifera submetidas a floras apícolas diferentes (Api 1 - flora apícola silvestre, Api 2 - flora apícola de eucalipto, Api 3 - flora apícola de laranjeira, Api 4 - flora apícola silvestre associada com alimentação artificial) e de melitina foram testadas sobre isolados clínicos de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) utilizando metodologia da microdiluição (Resazurin Microtiter Assay Plate – REMA) para obtenção dos respectivos valores de concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM). Ensaios também foram realizados para verificação de sinergismo entre o EHP, as diferentes apitoxinas e a melitina em combinação com a oxacilina sobre uma linhagem de MRSA ATCC e um isolado clínico de MRSA utilizando metodologia da curva de sobrevivência (time kill curve). Foram realizados ensaios inéditos objetivando verificar também se a Api 1 e melitina inibem a produção de enterotoxinas sobre cepas ATCC de S. aureus SEA, SEB, SEC, SED e se inibem a produção de biofilme sobre a cepa ATCC de S. aureus. A microscopia eletrônica de transmissão foi utilizada para verificar alterações morfológicas e estruturais provocadas pela Api 1 e melitina sobre MRSA e E. coli. Todas as apitoxinas testadas e a melitina apresentaram ação antibacteriana frente ao MRSA além de sinergismos com efeitos bactericidas quando em combinação com a oxacilina, especialmente para melitina e Api 1. O EHP mostrou um alto valor de CIM e também um sinergismo bacteriostático com a oxacilina. A Api 1 e melitina não foram capazes de inibir a produção e/ou liberação de enterotoxinas de S. aureus e Api 1 mostrou uma baixa porcentagem de redução sobre a produção de biofilme (35,1%) enquanto a melitina mostrou ser um produto eficiente na redução de produção de biofilme (66,3%). Assim, conclui-se que a melitina e Api 1 se mostram potencialmente adequados para o desenvolvimento de fármacos no futuro.
The search for new drugs is a constant, especially those obtained from natural products with better efficacy and many therapeutic effects. The propolis, bee venom (apitoxin) from Apis mellifera bee and melittin, a fraction of apitoxin, have reported antibacterial activity in the literature. We verified the antibacterial action of hydroalcoholic extract of propolis (HEP), the bee venom corresponding to different bee blossoms (Api 1 - Wild bee blossom, Api 2 - Eucalyptus bee blossom, Api 3 - Orange tree bee blossom, Api 4 – Wild bee blossom associated with artificial food) and melittin on strains of Methicillinresistant Staphylococcus aureus (MRSA) through microdilution assays (Assay Resazurin Microtiter Plate - REMA) to obtaining the minimum inhibitory concentration (MIC) and minimum bactericidal concentration (MBC). We performed assays to verify synergism of EHP, the different apitoxins and melittin in combination with oxacillin on a strain of MRSA ATCC and a clinical isolate of MRSA using time-kill curve methodology. Unpublished trials were carried out to verify also if Api 1 and melittin inhibit the enterotoxins production of S. aureus ATCC strains (SEA, SEB, SEC, SED) and biofilm production of S. aureus ATCC strain We did the transmission electron microscopy to check the phenotypic changes caused by Api 1 and melittin on MRSA and E. coli. All the tested apitoxins and melittin showed an antibacterial action against MRSA and bactericidal synergisms in combination with oxacillin, especially for melittin and Api 1. The HEP showed a high value MIC and a bacteriostatic synergism with oxacillin. Api 1 and melittin were not able to inhibit the production and or the release of enterotoxins. Api 1 showed a low reduction percentage on biofilm production (35,1%) while melittin showed to be a good product to reduce biofilm production (66,3%). Therefore, we concluded that melittin and Api 1 are potentially suitable for the development of drugs in the future.

Descrição

Palavras-chave

Atividade antibacteriana, Biofilme, MRSA, Sinergismo, Veneno de abelha, Antibacterial activity, Bee venom, Biofilm, Synergism

Como citar