Determinação de perfil clonal, resistência e virulência de Staphylococcus saprophyticcus isolado de pacientes com infecção urinária

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2017-02-14

Autores

Duarte, Katheryne Benini Martins

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

As infecções do trato urinário (ITU) estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, e Staphylococcus saprophyticus se destaca como o segundo agente etiológico mais isolado nessas infecções. Esse estudo objetiva caracterizar o perfil clonal, os fatores de virulência e o perfil de resistência aos antimicrobianos em isolados planctônicos e em biofilme de S. saprophyticus isolado de amostras de urina de pacientes com infecção do trato urinário, além de comparar a identificação de espécies de ECN obtida no Vitek 2 e no Maldi-TOF MS com a identificação genotípica. Foram utilizadas no estudo amostras de S. saprophyticus isoladas da urina de diferentes pacientes. As amostras utilizadas no estudo foram obtidas em estudo prospectivo conforme isolamento no Laboratório de Microbiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB) nos anos de 2013 e 2014, e comparadas com um banco de amostras previamente coletadas em 2008. As amostras foram coletadas de paciente procedentes de enfermarias, ambulatórios, pronto-socorro e unidades básicas de saúde de Botucatu e região. Foram estudadas 217 amostras de ECN de pacientes com ITU. A concordância do sistema automatizado Vitek 2 com o ITSPCR foi de 84,8%, com sensibilidade e especificidade de 98% e 100%, respectivamente. Maldi-TOF MS identificou corretamente todas as amostras de ECN. Os resultados obtidos através da análise de PFGE permitiram identificar 41 perfis distintos, entre os quais foram encontrados 11 clones entre as 169 amostras de S. saprophyticus. Várias amostras altamente relacionadas foram encontradas entre os isolados nos anos de 2008, 2013 e 2014. Além disso, sete clones estiveram dispersos em diferentes cidades. Das 169 amostras, 166 (98,2%) foram resistentes a oxacilina, 30 (17,7%) amostras foram resistentes a trimetoprim/sulfametoxazol, duas amostras (1,2%) apresentaram resistência intermediária a norfloxacina e todas as amostras foram sensíveis a 9 vancomicina e ciprofloxacina. O gene mecA foi encontrado em cinco amostras de S. saprophyticus, e quatro dessas amostras tiveram o SCCmec identificado e classificado como SCCmec tipo IV. Os genes uafA e aas que codificam proteínas de adesão foram encontrados em todas as amostras, enquanto o gene UafB foi encontrado em 1,2% e o gene sdrI em 8,9% das amostras. Quanto aos genes do operon icaADBC, em 59 amostras (34,9%) foi encontrado o operon ica completo e a produção de biofilme em 119 (70,4%) isolados. A produção de EEs não ocorreu em nenhuma das 113 amostras de S. saprophyticus portadoras de genes para enterotoxinas. Os isolados em sua forma planctônica foram sensíveis à maioria dos agentes antimicrobianos. Já as amostras em biofilme apresentaram considerável aumento da CIM quando comparadas com as planctônicas, com algumas amostras passando da categoria de sensíveis na condição de planctônicas para resistentes quando em biofilme.

Descrição

Palavras-chave

ITU, Staphylococcus saprophyticcus, fatores de virulência, resistência antimicrobiana

Como citar