Estudo do potencial antitumoral da cordialina A em sistema nanoemulsionado para tratamento de linhagens celulares de tumor cervical humano

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Data

2018-02-25

Autores

Baveloni, Franciele Garcia [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Atualmente, o câncer cervical é considerado o terceiro tumor mais frequente nas mulheres do Brasil e o seu desenvolvimento, na maioria dos casos, esta relacionado com o Papilomavírus Humano (HPV). Frente ao exposto, tornam-se necessários à busca por tratamentos alternativos no combate do câncer cervical a partir dos produtos naturais, como a cordialina A, isolada da planta Cordia verbenacea DC. A cordialina A possui forte atividade antineoplásica, como também insolubilidade em meio aquoso. Dessa forma, os Sistemas Nanoemulsionados Lipídicos (SNL) têm sido explorados como ferramentas para aumentar a solubilidade de bioativos poucos polares em meio aquoso, como também aumentar a sua eficácia terapêutica. Assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar, in vitro, a atividade antineoplásica e os mecanismos de morte celular promovidos pela cordialina A, encapsulada e não encapsulada no SNL, nas linhagens celulares de câncer de colo uterino HPV-16 (SiHa), de HPV negativo (C-33A) e de queratinócitos humanos normais (HaCaT). Para a formulação do SNL foi acrescido de colesterol, tampão fosfato e sistema tensoativo composto por polioxietileno 20-cetil éter e Fosfatidilcolina de Soja (FS). O diâmetro de partícula encontrado nas formulações foi de 159,53 ± 8,0444 nm e 107 ± 0,3333 nm, o índice de polidispersão (PDI) médio foi de 0,38 ± 0,0466 e 0,214 ± 0,0126 e o potencial zeta foi de -16,83 ± 3,15 mV e -20,16 ± 1,68 mV para SNL e cordialina A + SNL, respectivamente. As fotomicrografias obtidas por microscopia de força atômica (AFM) demonstraram que SNL e SNL + cordialina A apresentaram morfologia ovalada. A atividade citotóxica foi realizada pelo ensaio de Sulforrodamina B (SRB), sendo obtida a Concentração Inibitória 50% (CI50) do tratamento com a cordialina A de 106,58 μM, 83,55 μM e 55,9 μM e para a cordialina A + SNL os CI50 encontrados foram de 0,89 μM, 0,186 μM e 0,35 μM, para as linhagens SiHa, C-33A e HaCaT, respectivamente. O tratamento da cordialina A + SNL promoveu o tipo de morte celular por apoptose e necrose, assim como o dano ao DNA para todas as linhagens celulares por meio dos ensaios de Hoesch/Iodeto e Cometa, respectivamente. Por último, o ensaio com vesículas unilamelares (LUVs) indicou que o tratamendo com cordialina A + SNL possivelmente possui pouca interação com a porção apolar da membrana plasmática. Os resultados sugerem que o sistema desenvolvido é promissor para o tratamento do câncer cervical.

Descrição

Palavras-chave

Câncer cervical, HPV, cordialina A, Nanoemulsão, Apoptose, Nanoemulsion

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