Práticas espaciais, saúde e complexo de Catalina: caminho do desenvolvimento no Brasil e na Colômbia

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Data

2017-10-10

Autores

Medina-Naranjo, Julián Eduardo

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Os governos latino-americanos da Colômbia e do Brasil oferecem serviços de saúde para as populações rurais que, segundo os próprios movimentos camponeses, na maioria das vezes, não contemplam suas necessidades específicas. Na busca de melhor entender essa realidade, foi realizada uma análise das experiências relacionadas à saúde e às práticas espaciais das comunidades camponesas no Brasil e na Colômbia, refletindo sobre suas condições, seus conhecimentos, as influencias que estes conhecimentos têm, procurando identificar a realidade dos atendimentos em saúde para estas comunidades e escutando a opinião da população rural sobre essa temática. Nosso estudo começa com um percorrer histórico, que se inicia com os serviços de atendimento em saúde nos tempos pré-colombianos, e conclui com a análise dos atuais sistemas de atenção nestes países. Refletimos, ainda, sobre a saúde entre o desenvolvimento e a vulnerabilidade e a importância de pensar num desenvolvimento sustentável, chegando às experiências no Brasil e na Colômbia, através das entrevistas semiestruturadas e das análises do discurso por meio dos Campos Semânticos e das Palavras Significativas. Aparecem, então, as noções sobre plantar a terra e morar no campo como intrinsecamente relacionadas com a noção de saúde e de qualidade de vida. Entendendo que a promoção à saúde está para além de somente morar no campo, ressaltamos ser necessário condições mínimas para garantir a qualidade de vida, através do cuidado com a natureza, com a água e com a alimentação. No Brasil, a forte influência da cidade no campo faz com que as comunidades estejam dependentes dos produtos e processos que a zona urbana oferece. Na Colômbia, o choque com as realidades urbanas tem sido ainda mais forte, uma vez que os indígenas têm precisado viver numa realidade que desconheciam nas suas comunidades ancestrais e tem precisado conviver com pessoas que não os escutam, nem os entendem, nem estão abertos a entendê-los. Esta constante dicotomia entre campo e cidade, nas duas realidades visitadas, faz com que as práticas espaciais passem por modificações constantemente. Da visita no resguardo indígena se aprendeu que a saúde tem se enfraquecido porque a ‘Madre Tierra’ não está sendo respeitada.
Los gobiernos latinoamericanos de Colombia y de Brasil ofrecen servicios de salud para las poblaciones rurales que, según los propios movimientos campesinos, la mayoría de las veces, no contemplan sus necesidades específicas. En búsqueda de mejorar entender esa realidad, fue realizado un análisis de las experiencias relacionadas a la salud y a las prácticas espaciales de las comunidades campesinas en Brasil y en Colombia, reflexionando sobre sus condiciones, sus conocimientos, las influencias que estos conocimientos tienen, procurando identificar la realidad de la atención en salud para estas comunidades y escuchando la opinión de la población rural sobre esa temática. Nuestro estudio comienza con un recorrido histórico, que inicia con los servicios de atención en salud en los tempos precolombinos, y concluye con el análisis de los actuales sistemas de atención en estos países. Reflexionamos, también, sobre la salud entre el desarrollo y la vulnerabilidad y cómo el pensamiento acomplejado de los pueblos, que denominamos Complejo de Catalina, dificulta pesar un desarrollo sustentable, llegando a las experiencias en Brasil y en Colombia, a través de las entrevistas semiestructuradas y de los análisis del discurso por medio de los Campos Semánticos y de las Palabras Significativas. Aparecen, entonces, las nociones sobre plantar la tierra y vivir en el campo como intrínsecamente relacionadas con la noción de salud y de calidad de vida. Entendiendo que la promoción a la salud está más allá de solo vivir en el campo, resaltamos las condiciones mínimas necesarias para garantizar la calidad de vida, a través del cuidado con la naturaleza, con el agua y con la alimentación. En Brasil, la fuerte influencia de la ciudad en el campo hace con que las comunidades sean dependientes de los productos y procesos que la zona urbana ofrece. En Colombia, el choque con las realidades urbanas ha sido todavía más fuerte, una vez que los indígenas han necesitado vivir en una realidad que desconocía sus comunidades ancestrales y han precisado convivir con personas que no los escuchan, ni los entienden, ni están abiertos a entenderlos. Esta constante dicotomía entre campo y ciudad, en las dos realidades visitadas, hace con que las prácticas espaciales pasen por modificaciones constantemente. De la visita en el resguardo indígena se aprendió que la salud se ha debilitado porque la ‘Madre Tierra’ no está siendo respetada.
The Latin American governments of Colombia and Brazil offer health services for the rural populations that, according to the peasant movements themselves, most of the time, do not contemplate their specific needs. In order to improve understanding of this reality, an analysis was made of the experiences related to health and spatial practices of the rural communities in Brazil and Colombia, reflecting on their conditions, their knowledge, the influences that this knowledge has, trying to identify the reality of health care for these communities and listening to the opinion of the rural population on this subject. Our study begins with a historical journey, which begins with health care services in pre-Columbian tempos, and concludes with the analysis of current care systems in these countries. We also reflect on the health between development and vulnerability and how the complex thinking of the people, which we call the Catalina Complex, makes it difficult to weigh a sustainable development, reaching the experiences in Brazil and Colombia, through semi-structured interviews and of discourse analysis through the Semantic Fields and Significant Words. Then, the notions about planting the land and living in the countryside as intrinsically related to the notion of health and quality of life appear. Understanding that health promotion is beyond just living in the countryside, we highlight the minimum conditions necessary to guarantee the quality of life, through care with nature, with water and with food. In Brazil, the strong influence of the city in the countryside makes the communities dependent on the products and processes that the urban area offers. In Colombia, the clash with urban realities has been even stronger, once the indigenous people have needed to live in a reality that was unknown to their ancestral communities and have needed to live with people who do not listen to them, understand them, or are open to understand them This constant dichotomy between the countryside and the city, in the two realities visited, means that spatial practices go through changes constantly. From the visit in the indigenous reservation it was learned that health has been weakened because the 'Mother Earth' is not being respected.

Descrição

Palavras-chave

Geografia rural, Desenvolvimento rural, Brasil, Colômbia, Serviços de saúde na zona rural, Saúde pública, Práticas espaciais, Complexo de Catalina, Desarrollo rural, Servicios de salud en la zona rural, Complejo de Catalina, Prácticas espaciales, Salud pública

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