Entre a concessão e a adversidade: construções com aunque no espanhol peninsular falado sob a perspectiva da Gramática Discursivo-Funcional

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Data

2018-05-21

Autores

Felipe, Mariana Alves Machado Pelegrini

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Este estudo investiga as orações concessivas do espanhol falado introduzidas por aunque, juntor que, de acordo com os compêndios gramaticais, pode assinalar uma relação concessiva ou adversativa em língua espanhola. Sob a perspectiva da teoria da Gramática Discursivo-Funcional (GDF) (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), pretendemos averiguar como o fenômeno da sobreposição semântica entre concessão e adversidade é concebido e, de maneira específica, investigar as particularidades da relação concessiva que ocorre nos níveis e camadas do modelo da Gramática Discursivo-Funcional, especialmente no Nível Interpessoal. Diversos autores na literatura do espanhol afirmam que “as relações de concessão e de adversidade fazem referência a domínios nocionais muito próximos” apoiados no argumento de que ambas apresentam elementos de informação contrastantes entre si (FLAMENCO GARCÍA, 2000, p.3809). Em espanhol, algumas estruturas, quando introduzidas por aunque, podem comportar diferentes leituras, o que se comprova substituindo a conjunção aunque por pero, como se observa em: Parece tonto, aunque a veces sorprende e Parece tonto, pero a veces sorprende (CASCÓN MARTÍN, 2000, p.169). O presente trabalho parte do pressuposto de que todo uso de aunque é, na realidade, concessivo, e o que permite uma leitura adversativa é, na verdade, uma questão de ordem pragmática. Os dados mostram que as orações consideradas pela literatura como adversativas são as que se constituem entre Atos Discursivos e entre Movimentos, ambas do Nível Interpessoal. Nesse caso, tendem a ser não pressupostas, pois essas construções carregam a informação mais saliente do ponto de vista informativo ou simplesmente configuram casos nos quais o falante deseja mencionar/relembrar alguma informação, não importando se o ouvinte a conhece ou não; além disso, são construções que tendem à factualidade, alternam a forma verbal entre indicativo e subjuntivo (embora apenas os casos com verbo no indicativo aceitem substituição por pero) e tendem a aparecer em posição posposta ou independente. No que diz respeito à análise dos dados, o universo de investigação adotado consiste em amostras extraídas do Projeto PRESEEA.
This study investigates the concessive clauses from the spoken Spanish introduced by aunque, enconnective that, according to the gramatical compedia, can indicate a concessive or adversative relation in the Spanish language. From the perspective of the Functional Discourse Grammar (FDG) (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), we intend to inquire how the phenomenon of the semantic overlap between concession and adversity is conceived and, in a specific way, to investigate the particularities of the concessive relation that occurs in the levels and layers of the Discursive-Functional Grammar model, especially in the Interpersonal Level. Many authors in the Spanish literature claim that “the relations of concession and adversity make reference to very close notional domains” supported by the argument that both present contrasting elements of information (FLAMENCO GARCÍA, 2000, p.3809). In Spanish, some structures, when introduced by aunque, may have different readings, which is proven by substituting the conjunction aunque for pero, as seen in: Parece tonto, aunque a veces sorprende and Parece tonto, pero a veces sorprende (CASCÓN MARTÍN, 2000, p.169). The present work is based on the assumption that every use of aunque is, in reality, concessive, and what allows the adversative reading is, actually, a pragmantic matter. The data show that the clauses considered by literature as adversative are the ones that constitute between Discursive Acts and between Move, both in the Interpersonal Level. In this case, they tend to be non-pressuposed because these constructions carry more salient information from the informative point of view or simply configure cases in which the speaker wishes to emphasize some information, not being important if the listener knows it or not; in addition, they are contructions that tend to factuality, they alternate the verbal form between indicative and subjunctive (although only cases with the verb in the indicative accept the substitution for pero) and tend to appear in a postero or independent position. As for the data analysis, the universe of research adopted consists of samples extracted from the PRESEEA Project.
Este estudio investiga las oraciones concesivas del español hablado introducidas por aunque, conjunción que, según la perspectiva tradicional, puede indicar una relación concesiva o adversativa en lengua española. Desde el punto de vista de la Gramática Discursivo-Funcional (GDF) (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), pretendimos investigar cómo el fenómeno de la superposición semántica entre concesión y adversidad se concibe y, de modo específico, investigar las particularidades de la relación concesiva que ocurre en los niveles y camadas de la Gramática Discursivo-Funcional, especialmente en el Nivel Interpersonal. Diversos autores en la literatura del español dicen que “las construcciones concesivas y adversativas hacen referencia a dominios nocionales muy próximos”, apoyadas en el argumento de que las dos presentan elementos de información que contrastan entre ellos (FLAMENCO GARCÍA, 2000, p.3809). En español, algunas estructuras, cuando van introducidas por aunque, pueden permitir distintas lecturas, lo que se comprueba por la sustitución de aunque por pero, como en Parece tonto, aunque a veces sorprende e Parece tonto, pero a veces sorprende (CASCÓN MARTÍN, 2000, p.169). El presente estudio parte de la idea de que todo uso de aunque es, en realidad, concesivo, y lo que permite una lectura adversativa es una cuestión de orden pragmática. Los datos nos enseñan que las oraciones consideradas por la literatura como adversativas son las que se constituyen entre Actos Discursivos y entre Movimientos, en el Nivel Interpersonal. En estos casos, tienden a ser no presupuestas, pues llevan la información más saliente desde el punto de vista informativo o simplemente son casos en los cuales el hablante desea reforzar alguna información, sin importarse con el hecho de que su oyente la conozca o no; además, son construcciones que tienden a la factualidad, alternan la forma verbal entre indicativo y subjuntivo (aunque apenas los casos con verbo en indicativo aceptan sustitución por pero) y tienden a aparecer en posición pospuesta o independiente. En lo que se refiere al análisis de datos, el universo de investigación adoptado se constituye por amuestras del Proyecto PRESEEA.

Descrição

Palavras-chave

Concessão, Adversidade, Aunque, Espanhol peninsular falado, Gramática discursivo-funcional, Concession, Adversity, Spoken peninsular spanish, Functional discourse grammar, Concesión, Adversidad, Español peninsular hablado

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