Os conselhos proletários como "não-estado": antítese dialética do sistema sociometabólico do capital e estratégia revolucionária

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2018-07-06

Autores

Rodrigues, Natalia Scartezini [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O objeto desta pesquisa são os Conselhos proletários: formas organizativas das quais as classes trabalhadoras lançam mão em situações de ascenso revolucionário e de acirramento das contradições classistas, com vistas a exercerem a autogestão política e produtiva. A tese aqui defendida é que estes Conselhos possuem intrínseco potencial revolucionário, uma vez que superam o trabalho assalariado e a produção de capital - mediante a socialização dos meios de produção - e o Estado enquanto estrutura de dominação própria do sistema sociometabólico do capital e essencial à sua reprodução. Denominando-os como “não-Estado” defende-se, portanto, a tese de que os Conselhos proletários são a antítese dialética do Estado – e não uma forma específica dele -, e por isso, são dotados de efetiva potencialidade disruptiva com o metabolismo social vigente. Sustenta-se ainda como tese secundária que as prerrogativas teóricometodológicas acerca do Estado determinaram e ainda determinam proposições estratégicas específicas aos movimentos revolucionários. Assim, compreende-se que a centralidade depositada na fórmula da “conquista do Estado” e/ou “construção de um Estado proletário” acabou por fazer esmaecer as iniciativas autônomas dos trabalhadores, de maneira a lhes tolher sua potencialidade emancipatória. Desta maneira, este trabalho se estrutura de forma a apresentar as principais características constitutivas dos Conselhos proletários e do Estado, evidenciando as relações que se estabelecem entre estas esferas no âmbito de uma teoria da transição e das experiências históricas.
The object of this research is the proletarian councils: organizational forms of which the working classes resort to situations of revolutionary rise and intensification of class contradictions, with a view to exercising political and productive self-management. The thesis defended here is that these councils have intrinsic revolutionary potential, since they outcome wage labor and the production of capital - through the socialization of the means of production - and the state as a structure of domination proper to the sociometabolic system of capital and essential to its reproduction. Denoting them as “non-state”, therefore, the thesis defended is that the proletarian councils are the dialectical antithesis of the state - and not a specific form of it - and, therefore, they are endowed with an effective disruptive potentiality with the metabolism in force. It is still held as a secondary thesis that the theoretical and methodological prerogatives about the state have determined and still determine specific strategic propositions to the revolutionary movements. Thus, it is understood that the centrality deposited in the formula of the “conquest of the state” and/or “construction of a proletarian state” ended up mitigating the workers’ autonomous initiatives, in order to block their emancipatory potentiality. In this way, this work is structured in such a way as to present the main constitutive characteristics of proletarian and state councils, evidencing the relations that are established between these spheres within the scope of transition theory and historical experiences.
El objeto de esta investigación son los Consejos proletarios: formas organizativas de las cuales las clases trabajadoras lanzan mano en situaciones de ascenso revolucionario y de intensificación de las contradicciones clasistas, con miras a ejercer la autogestión política y productiva. La tesis aquí defendida es que estos Consejos poseen intrínseco potencial revolucionario, una vez que superan el trabajo asalariado y la producción de capital- a través de la socialización de los medios de producción- y el Estado como estructura de dominación propia del sistema sociometabólico del capital y esencial a la su reproducción. Denominándolos como “no-Estado” se defiende, por tanto, la tesis de que los Consejos proletarios son la antítesis dialéctica del Estado -y no una forma específica de él-, y por eso, están dotados de efectiva potencialidad disruptiva con el metabolismo social vigente. Se sostiene todavía como tesis secundaria que las prerrogativas teórico-metodológicas acerca del Estado determinaron y aún determinan proposiciones estratégicas específicas a los movimientos revolucionarios. Así, se comprende que la centralidad depositada en la fórmula de la “conquista del Estado” y/o “construcción de un Estado proletário” acabó por hacer palmar las iniciativas autónomas de los trabajadores, de manera que les tolera su potencial emancipatorio. De esta manera, este trabajo se estructura de forma a presentar las principales características constitutivas de los Consejos proletarios y del Estado, evidenciando las relaciones que se establecen entre estas esferas en el marco de una teoría de la transición y de las experiencias históricas.

Descrição

Palavras-chave

Teoria da transição, Conselhos proletários, Autogestão, Transition theory, Proletarian councils, Self-management, Teoría de la transición, Consejos proletarios, Autogestión

Como citar