Caracterização ecofisiológica da germinação de sementes de Araucaria angustifolia em campo e laboratório

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Data

2016

Autores

Santos, Thales Barbosa dos [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Seeds of Araucaria angustifolia have great economic and ecological importance. However, there are few studies concerning the germination performance of these seeds under field conditions. It is known that its seeds are recalcitrant and the best germination performance is between 20º-25ºC. Moreover, seed dispersal occurs between March and July, when temperatures are lower than 20º C. The objective of this study was to evaluate the influence of different conditions of temperature and humidity in germination of A. angustifolia seeds, both in natural and laboratory conditions. Mature seeds of A. angustifolia were harvested in Campos do Jordão, SP, at the beginning of pine seeds fall (March). In the field, two conditions of germination were tested: seeds buried at a depth of ± 7 cm and seeds placed on the soil surface, inside exclusion cages. During the experiment, we measure germination percentage (%G), soil and seeds humidity, and also precipitation data was collected. We measured daily soil and air temperature oscillation. At the laboratory, seeds were incubated inside germination chambers, simulating daily temperature oscillation of soil and air observed on field. On field, germination of buried seeds started after 15 days and reached maximum rate %G (97%) after 60 days. Seeds above the soil started germination after 30 days and maximum rate (79%) occurred after 75 days, coinciding with the maximum precipitation. At the laboratory, there were no significant differences in germination percentage among treatments. We concluded that the burial of Araucaria angustifolia seeds (considering casual dispersers) provided better conditions for germination, both in relation to humidity and temperature, when compared to seeds left on the surface of the Araucaria forest
As sementes de Araucaria angustifolia têm grande importância econômica e ecológica. Porém, pouco se sabe a respeito do desempenho germinativo dos pinhões em campo. Sabe-se que suas sementes são recalcitrantes e que a temperatura ideal para germinação está entre 20-25°C. Entretanto a dispersão ocorre entre março e julho, quando as temperaturas são menores que 20°C. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência das condições de temperatura e umidade na germinação de sementes de Araucaria angustifolia em condições naturais e em laboratório. Sementes de A. angustifolia foram coletadas em Campos do Jordão, SP. Em campo, logo após a dispersão (março), avaliaram-se duas condições para a germinação: sementes enterradas à ± 7 cm de profundidade e sementes sobre o solo, no interior de gaiolas de exclusão. Ao longo do experimento, medimos a porcentagem de germinação (%G), as umidades do solo e das sementes, e levantamos dados de precipitação. Sensores de temperatura do ar e do solo registraram a variação diária da temperatura no campo. Em laboratório, as sementes foram postas para germinar em câmaras de germinação do tipo BOD com rampas, simulando as oscilações diárias das temperaturas do ar e do solo coletadas em campo. No campo, a germinação dos pinhões enterrados iniciou-se após 15 dias e atingiu %G máxima (97%) após 60 dias. Já a germinação das sementes sobre o solo iniciou-se após 30 dias e o valor máximo de %G (79%) ocorreu após 75 dias, coincidindo com a precipitação máxima. Em laboratório, não houveram diferenças significativas em relação à germinação entre os dois tratamentos. A partir dos dados obtidos, concluimos que o enterrio de sementes de Araucaria angustifolia (considerando possíveis dispersores) proporciona melhores condições para germinação, tanto em relação à umidade quanto à temperatura quando comparado com sementes dispersas sobre o solo

Descrição

Palavras-chave

Sementes, Pinheiro-do-parana, Umidade, Temperatura, Seeds

Como citar

SANTOS, Thales Barbosa dos. Caracterização ecofisiológica da germinação de sementes de Araucaria angustifolia em campo e laboratório. 2016. 19 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Ciências Biológicas) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências (Campus de Rio Claro), 2016.