Qualidade de sono e nível de atividade física no contexto dos idosos com dor lombar

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Data

2019-02-22

Autores

Morelhão, Priscila Kalil [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: A população está em processo de envelhecimento com o aumento da expectativa de vida mundial, consequentemente, gerando desafios para o sistema de saúde. Idosos sofrem com inúmeras comorbidades, dentre elas, destacam-se a dor lombar e a má qualidade de sono. Estudos prévios indicam uma relação entre a dor lombar crônica e os distúrbios de sono em adultos. Estudos mais recentes mostram que níveis elevados de atividade física influenciam positivamente para o curso clínico da dor lombar e dos distúrbios de sono, entretanto, as evidências sobre essa relação em idosos são ainda escassas na literatura. Objetivos: Investigar a associação bidirecional entre qualidade de sono e intensidade da dor lombar na população idosa, e examinar se os domínios de atividade física são capazes de predizer os desfechos de qualidade de sono, dor e incapacidade funcional nestes indivíduos. Métodos: Dois estudos foram conduzidos neste projeto: o Estudo 1 tem um delineamento longitudinal com seguimento de 6 meses; enquanto que o Estudo 2 investigou se os domínios de atividade física de idosos com dor lombar predizem dor, incapacidade funcional e qualidade de sono aos 6 e 12 meses. Resultados: Os achados mostraram que a má qualidade de sono prediz maior intensidade de dor aos 6 meses (B=0,12, IC95%: 0,01 a 0,24), mas o contrário não se confirmou (B=0,03; IC 95%: -0,16 a 0,23). Os domínios de atividade física não foram capazes de predizer melhora nos desfechos clínicos de dor, incapacidade e qualidade de sono nos idosos com dor lombar no seguimento de 6 a 12 meses. Conclusão: Portanto, os resultados são consistentes para afirmar que a má qualidade de sono prediz altas intensidade de dor lombar e que os domínios de atividade física não influenciaram na intensidade de dor, incapacidade e qualidade de sono em idosos com dor lombar. Futuros estudos devem investigar se intervenções que atuem para melhorar a qualidade de sono podem melhorar a intensidade de dor nessa população. Além disso, considerando a falta de associação entre níveis de atividade física e desfechos clínicos e qualidade de sono em pacientes com dor lombar, outras variáveis devem ser investigadas como possíveis mediadores da relação entre qualidade de sono e dor em idosos com dor lombar, como por exemplo o número de comorbidades.
Introduction: The global aging process is growing rapidly and, consequently, creating challenges in the health field. Elderly patients suffer from numerous comorbidities, such as low back pain and poor sleep quality. Previous studies indicate a relationship between chronic low back pain and sleep disorders in adults. More recent studies have shown that high levels of physical activity positively influence the clinical course of low back pain and sleep disorders. However, the evidence on this relationship in the elderly is still scarce in the literature. Objectives: To investigate the bidirectional association between sleep quality and pain intensity in the elderly population with low back pain, and to examine whether the domains of physical activity are capable of predicting the outcomes of sleep quality, pain and functional disability in the elderly with low back pain. Methods: Two studies were conducted in this project. Study 1 is a longitudinal delineation study with a follow-up of 6. Study 2 is a longitudinal study that will investigate whether the physical activity domains of the elderly with low back pain predict the outcomes of pain, functional disability and sleep quality following a 6 to 12 months. Results: The study findings showed that poor sleep quality predicts a higher intensity of low back pain in a 6-month follow-up (B = 0.12, 95% CI: 0.01 to 0.24), but the opposite was not confirmed (B = 0.03, 95% CI: -0.16 to 0.23). Regarding the domains of physical activity, they were not able to predict improvement in the clinical outcomes of pain, disability and quality of sleep in the elderly with low back pain in the follow-up of 6 to 12 months. Conclusions: Our results are therefore consistent with the assertion that poor sleep quality predicts high intensity of low back pain but physical activity domains did not influence the intensity of pain, disability and quality of sleep in the elderly with low back pain. Future studies should investigate whether interventions that act to improve sleep quality may improve pain intensity in this population. In addition, considering the lack of association between physical activity levels and clinical outcomes and sleep quality in patients with low back pain, other variables, such as the number of comorbidities, should be investigated as a possible mediator of the relationship between sleep quality and pain in the elderly with low back pain.

Descrição

Palavras-chave

Qualidade de sono, Idosos, Dor lombar, Atividade física, Epidemiologia, Sleep quality, Older adults, Low back pain, Physical activity, Epidemiology

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