Dados clínicos na fase aguda do acidente vascular cerebral como preditores do não uso aprendido

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Data

2019-02-28

Autores

Costa, Rafael Dalle Molle da

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Aproximadamente 55 a 85% dos indivíduos após AVC apresentam comprometimento no membro superior. Um dos fenômenos que acometem o membro superior afetado na fade crônica é o não uso aprendido, podendo ocorrer por fatores motores e comportamentais, fazendo com que o deixe de usar o membro superior nas atividades do cotidiano. Nos últimos anos o crescente número de unidades de AVC permite que a reabilitação se inicie em fases mais precoces, porém os fatores clínicos associados na fase aguda para o desenvolvimento do não uso aprendido não estão estabelecidos. Objetivo: Avaliar quais são os fatores preditivos na fase aguda do paciente após AVC para desenvolvimento do não uso aprendido do membro superior comprometido. Método: Trata-se de um estudo de coorte prospectiva não concorrente com amostra de 38 pacientes com diagnóstico de AVC isquêmico. Foi realizado da coleta na alta hospitalar dos dados clínicos e sociodemográficos, fatores de risco, escalas de gravidade e incapacidade (NIHSS, mRS e Barthel), avaliação neuromuscular (tônus muscular e preensão palmar) e sensorial. Após 90 dias da alta hospitalar foram avaliados a escala MAL para detectar o não uso aprendido, além da qualidade de vida por meio da Euroqol. Foi realizado teste T para análise univariável comparando os indivíduos com e sem o não uso aprendido, e modelo linear generalizado para encontrar possíveis preditores. Os dados foram considerados significantes se p<0,05. Resultados: Na análise comparativa dos 2 grupos encontrou-se significância entre os grupos ao analisar as variáveis clínicas (idade e creatinina), motoras (preensão palmar), sensorial (hipoestesia tátil), gravidade (NIHSS da alta) e incapacidade (mRS e Barthel da alta) com p<0,05. Em relação à qualidade de vida foi demonstrado que a mobilidade, cuidado pessoal, atividades usuais, ansiedade e depressão e percepção de qualidade de vida tiveram valores médios menores no grupo não uso aprendido. No modelo linear generalizado foi encontrado associação da idade (p=0,006), NIHSS da alta (p=0,036), preensão palmar (p=0,000), sensibilidade alterada (p=0,011), mRS na alta (p=0,009) e Barthel na alta (p=0,011) com o não uso aprendido. Conclusão: Com base nos resultados, a idade, gravidade, incapacidade e comprometimento neuromuscular e sensorial são preditores do não uso aprendido na fase crônica do AVC.
Introduction: Stroke causes 55 - 85% impairment in the upper limb of affected individuals. One of the phenomena affecting the upper limb affected is the nonuse learned, a phenomenon that occurs by motor and behavioral factors, the patient in the chronic phase stops using the affected upper limb. In recent years the increasing number of stroke units allows rehabilitation to begin at earlier stages, but non-use learned is a proven theory in chronic patients, but which clinical factors and motor impairment lead to non-use learned in the acute phase of stroke. Objective: Evaluate the predictive capacity of the clinical data in the acute phase of the patient after stroke regarding the use of the affected upper limb. Method: Prospective noncompetitive cohort study with a sample of 38 patients. It was performed from Rankin and NIHSS admission hospital and discharge, thrombolysis, creatinine and risk factors and performed 1 month after discharge from NIHSS and Rankin current, MAL scale to detect non-use learned, hand grip of affected upper limb , quality of life through Euroqol and Barthel Index for ADLs. After separating into a non-use group and using group the MAL scale, a T-test was performed for univariate analysis, Pearson correlation for the correlation coefficients of the variables, and multivariate analysis corrected for the confounding factors with significance of p <0.05. Results: In the comparative analysis of the 2 groups, significance was found between groups when analyzing clinical, motor and quality of life variables with p <0.05. We found 90% sensitivity in the ROC curve of the NIHSS discharge with the MAL, 81% sensitivity was demonstrated with the rankin discharge. In the multivariate analysis the NIHSS discharge showed significance (p = 0.036). Conclusion: NIHSS and Rankin discharge are predictors of not learned nonuse and data such as hand grip, tactile sensitivity, NIHSS and current Rankin have correlation with learned nonuse.

Descrição

Palavras-chave

Acidente vascular cerebral, Reabilitação, Extremidade Superior, Stroke, Rehabilitation, Upper extremity

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