Quantificação e elaboração de modelo de predição do gasto energético de homens e mulheres jovens fisicamente ativos nos exercícios resistidos supino reto e leg press

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Data

2019-06-07

Autores

Magosso, Rodrigo Ferro

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Apesar de diversos avanços científicos, mesmo após mais de 200 anos de aplicação da primeira calorimetria com humanos e todas as possibilidades criadas pelas tecnologias desenvolvidas, em especial os aparatos portáteis, o gasto energético (GE) dos exercícios resistidos ainda permanece, de certa forma, elusivo. Desta forma, o presente estudo foi conduzido com o objetivo geral de Quantificar e criar um modelo matemático para a predição do gasto energético de homens e mulheres jovens fisicamente ativos nos exercícios supino reto (SR) e leg press (LP). 11 homens (grupo masculino – GM), com idade (média ± desvio padrão) de 28,7 ± 5,5 anos, altura de 1,77 ± 0,07m, massa corporal de 81,40 ± 8,17kg e percentual de gordura de 16,36 ± 6,79% e 11 mulheres (grupo feminino – GF), com idade de 27,6 ± 4,6 anos, altura de 1,67 ± 0,06m, massa corporal de 60,05 ± 5,76kg e percentual de gordura de 20,20 ± 2,73% se voluntariaram para o estudo. Cada voluntário se apresentou ao Laboratório de Fisiologia do Exercício da UFSCar em oito ocasiões: na primeira visita, os voluntários foram informados sobre os objetivos e procedimentos do estudo, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, os dados antropométricos mensurados e realizado o ajuste da biomecânica dos exercícios e teste de 1 repetição máxima (1RM) nos exercícios SR e LP. Após 48 a 72 horas, na segunda visita, os voluntários foram submetidos ao reteste de 1RM. Nas seis visitas seguintes, os voluntários foram submetidos ao protocolo de determinação do GE nas intensidades de 40%, 60% e 80% de 1RM, nos exercícios SR e LP, de maneira que apenas um exercício e uma intensidade eram realizados no mesmo dia. O intervalo respeitado para a realização do mesmo exercício foi de 48 a 72 horas. O GM apresentou diferença no gasto energético total entre os exercícios SR e LP, mas este efeito não foi observado quando o gasto energético foi quantificado em calorias por repetição (KCal/rep). Já o grupo feminino teve maior gasto energético no LP comparado ao SR tanto na quantidade total de KCal como em KCal/rep. Também foi verificado, para os dois grupos, que o gasto energético por tonelada de trabalho é maior no exercício SR comparado ao LP, para ambos os grupos. Os resultados do presente estudo também permitiram a elaboração de equações de predição do gasto energético, em KCal/rep, em função da intensidade do exercício expressa em percentual de 1RM. Conclui-se, com estes dados, que, a partir do conhecimento da intensidade dos exercícios resistidos SR e LP, é possível predizer o gasto energético de homens e mulheres jovens fisicamente ativos.
Despite many scientific advances, even after over 200 years of the first calorimetry on humans and all the possibilities made especially by portable apparatus, energy expenditure (EE) still remains somehow elusive. In this sense, the present study was conducted to quantify and create a model to predict EE of young physically active men and women on the bench press (BP) and leg press (LP) exercises. 11 men (male group – GM) with age (mean ± standard deviation) 27.8 ± 5.5 years, height 1.77 ± 0.07m, body mass 81.40 ± 8.17kg and body fat percentage of 16.36 ± 6.79% and 11 women (female group – GF) with age 27.6 ± 4.6 years, height 1.67 ± 0.06m, body mass 60.05 ± 5.76kg and body fat percentage of 20.20 ± 2.73% volunteered for the study. Volunteers came to the Exercise Physiology Laboratory of UFSCar on eight visits: in the first visit, volunteers were informed of the aims and proceedings of the study, signed an informed consent and had their anthropometric data analyzed, biomechanical adjustments made and perform 1 repetition maximum (1RM) test on both exercises. After 48 to 72 hours, volunteers came to the second visit to perform 1RM re-test. In the six following visits, volunteers were submitted to the EE protocol at 40, 60 or 80% of their 1RM on the BP and LP exercises. Interval for evaluations of the same exercise were 48 to 72 hours. GM had a significant difference in total energy expenditure between exercises, but such effect was not observed when EE was quantified as calories per repetition (KCal/rep). The GF presented higher EE on LP compared to BP in total calories and KCal/rep. For both groups, our results show that EE per ton of work is higher on BP compared to LP. The results of the present study have also allowed the elaboration of prediction equations of EE, quantified as KCal/rep as a function of exercise intensity as percentage of 1RM. Thus, it is concluded from these data that from exercise intensity it is possible to predict energy expenditure in BP and LP exercises of physically active young men and women.

Descrição

Palavras-chave

Exercícios resistidos, Gasto energético, Percentual de 1RM, Ergogênese, Resistance exercise, Energy expenditure, Percentage of 1RM, Ergogenesis

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