A política dos Estados Unidos para a China na América Latina no início do século XXI: acomodação versus confrontação

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2019-08-26

Autores

Magnotta, Fernanda Petená [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

No início do século XXI, a China aumentou significativamente o seu engajamento na América Latina, uma região tratada desde a Doutrina Monroe como a “área natural de influência” dos Estados Unidos. A partir de então, houve um aumento significativo no fluxo de comércio e investimento entre esses países, seguido de avanços diplomáticos e institucionais. Considerando tal cenário, o principal objetivo dessa tese de doutorado é analisar, com o uso de literatura especializada, documentos primários e entrevistas inéditas, de que modo os Estados Unidos perceberam a aproximação entre a China e a América Latina no período, e como o governo norteamericano reagiu a esse movimento. Considera-se, como marco temporal da análise, o intervalo compreendido entre 2001 e 2012, incluindo os dois mandatos do presidente George W. Bush (2001-2008) e o primeiro mandato do presidente Barack Obama (2009-2012), com foco no período ativo do U.S.- China Latin America Sub Dialogue (2006-2012). A hipótese aqui aventada é de que prevaleceu, por parte dos Estados Unidos, uma política de acomodação da China na América Latina, com momentos de cooperação direta, em vez de uma abordagem predominantemente propensa à contenção ou ao conflito. Como resultado, a análise dos materiais evidencia que não houve harmonização irrestrita de interesses, e que traços de desconfiança mútua marcaram os movimentos na região. Além disso, a pesquisa mostrou que, durante o período estudado, a relação não foi pautada por absoluta linearidade, mas por oscilações, e por momentos em que a falta de consensos ficou evidente. Assim, embora tenha prevalecido durante a maior parte do tempo uma política propensa à acomodação, houve, no fim da década, certo tensionamento e propensão à confrontação.
In the early 21st century, China significantly increased its engagement in Latin America, a region treated since the Monroe Doctrine as the “natural area of influence” of the United States. Since then, there has been a significant improvement in the trade and investment between these countries, followed by diplomatic and institutional advances. Considering this scenario, the main objective of this doctoral thesis is to analyze, using specialized literature, primary documents and unpublished interviews, how the United States has perceived the approximation between China and Latin America in the period, and how the American government reacted to that. The timeframe of the analysis reaches from 2001 to 2012, including President George W. Bush's two terms in office (2001-2008) and President Barack Obama's first term (2009-2012), focusing on the active period of the US-China Latin America Sub Dialogue (2006-2012). The hypothesis raised here is that prevailed a policy of accommodating China in Latin America, with moments of direct cooperation, rather than a predominantly contention or conflict-oriented approach. As a result, the analysis of the materials shows that there was no unrestricted harmonization of interests, and that mutual distrust marked many movements in the region. In addition, the research has shown that, during the analyzed period, the relationship between the United States and China was not based on absolute linearity, but on oscillations, and eventual lack of consensus. Thus, although a policy prone to accommodation predominated for the most part of the time, there was, at the end of the decade, some tension and a confrontation propensity.
A principios del siglo XXI, China aumentó significativamente su participación en América Latina, una región tratada desde la Doctrina Monroe como "área natural de influencia" de los Estados Unidos. Desde entonces, ha habido un aumento significativo en el flujo de comercio e inversión entre estos países, seguido de avances diplomáticos e institucionales. Considerando este escenario, el objetivo principal de esta tesis doctoral es analizar, utilizando literatura especializada, documentos primarios y entrevistas no publicadas, cómo los Estados Unidos percibieron la aproximación entre China y América Latina en el período, y cómo el gobierno estadounidense respondió a este movimiento. El periodo del análisis es de 2001 a 2012, incluidos los dos períodos de mandato del presidente George W. Bush (2001-2008) y el primer mandato del presidente Barack Obama (2009-2012), centrándose en el período activo del U.S.- China Latin America Sub Dialogue. La hipótesis planteada aquí es que prevaleció una política de acomodar a China en América Latina, con momentos de cooperación directa, en lugar de un enfoque predominantemente contencioso o propenso a conflictos. Como resultado, el análisis de los materiales muestra que no hubo una armonización irrestricta de intereses, y que las huellas de desconfianza mutua marcaron los movimientos en la región. Además, la investigación ha demostrado que, durante el período de estudio, la relación no se basó en la linealidad absoluta, sino en las oscilaciones, y en momentos en que la falta de consenso era evidente. Por lo tanto, aunque una política propensa a acomodaciones prevaleció en su mayor parte, al final de la década, hubo cierta tensión y una propensión de confrontación.

Descrição

Palavras-chave

Estados Unidos, China, América Latina, Sub dialogue, Relações exteriores, United States, Latin America, Foreign policy, Relaciones exteriores

Como citar