Territorialização e resistência de "camponeses irrigantes" na Chapada do Apodi-Ceará

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2018-10-09

Autores

Cassundé, José Ricardo de Oliveira

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Há políticas agrárias que fomentam a territorialização do agronegócio nacional e internacional através de megaprojetos, que com uso intensivo de insumos químicos produzem em grande escala para exportação. Estes grandes projetos impactam os territórios das populações locais, ampliando as desigualdades com a expropriação dos agricultores familiares que são submetidos à proletarização precarizada. E há políticas agrárias que fomentam a territorialização da agricultura familiar e camponesa através de projetos de assentamentos e de fortalecimento da agricultura local. Ainda há a luta pela terra que resiste aos processos de subordinação e desterritorialização, procurando minimizar as desigualdades. Nesta pesquisa, estudamos um exemplo desta resistência camponesa na Chapada do Apodi, no estado do Ceará, polo da fruticultura irrigada para exportação com aporte estratégico de políticas do Estado para o agronegócio. Nosso objetivo é analisar os desafios da territorialização e da resistência de camponeses irrigantes na Chapada do Apodi, por meio de restrições pelo Estado à Política Nacional de Irrigação ao campesinato. Mesmo em condições de negação aos meios de produção: terra e água, os camponeses constroem, apesar destas adversidades, diversas experiências de luta pela terra para produção com foco na transição agroecológica. A partir do debate paradigmático, analisamos o agroextrativismo como modelo de exploração do agronegócio e utilizamos do procedimento de vivência em campo para realização de entrevistas com agricultores familiares, trabalhadores acampados e funcionários das empresas; pesquisa bibliográfica e documental, técnicas de registro visual para analisar esta realidade.
There are agrarian policies that foster the territorialization of national and international agribusiness through mega-projects, which with intensive use of chemical inputs produce on a large scale for export. These large projects impact the territories of local populations, widening inequalities with the expropriation of family farmers who are subjected to precarious proletarianization. And there are agrarian policies that foster the territorialization of family and peasant agriculture through settlement projects and the strengthening of local agriculture. There is still the struggle for land that resists the processes of subordination and deterritorialization, seeking to minimize inequalities. In this research, we studied an example of this peasant resistance in the Chapada do Apodi, in the state of Ceará, a pole of irrigated fruit production for export with a strategic contribution of State policies for agribusiness. Our objective is to analyze the challenges of territorialization and resistance of irrigating peasants in the Chapada do Apodi, through restrictions by the State to the National Policy of Irrigation to the peasantry. Even in conditions of the negation of the means of production: land and water, the peasants, build, despite these adversities, diverse experiences of the struggle for land for production with a focus on the agroecological transition. From the paradigmatic debate, we analyze agroextractivism as a model of agribusiness exploration and use the field experience procedure to conduct interviews with family farmers, camped workers and company employees; bibliographic and documentary research, visual recording techniques to analyze this reality
Hay políticas agrarias que fomentan la territorialización del agronegocio nacional e internacional a través de megaproyectos, que con uso intensivo de insumos químicos producen a gran escala para exportación. Estos megas proyectos impactan los territorios de las poblaciones locales, ampliando las desigualdades con la expropiación de los agricultores familiares que son sometidos a la proletarización precarizada. Y hay políticas agrarias que fomentan la territorialización de la agricultura familiar y campesina a través de proyectos de asentamientos y de fortalecimiento de la agricultura local. Todavía hay la lucha por la tierra que resiste a los procesos de subordinación y desterritorialización, procurando minimizar las desigualdades. En esta investigación, estudiamos un ejemplo de esta resistencia campesina en la Chapada del Apodi en el estado de Ceará, polo de la fruticultura irrigada para exportación con aporte estratégico de políticas del Estado para el agronegocio. Nuestro objetivo es analizar los desafíos de la territorialización y de la resistencia de campesinos irrigantes en la Chapada del Apodi, por medio de restricciones por el Estado a la Política Nacional de Riego al campesinado. Incluso en condiciones de negación a los medios de producción: tierra y agua, los campesinos vienen construyendo, a pesar de estas adversidades, diversas experiencias de lucha por la tierra para producción con foco en la transición agroecológica. A partir del debate paradigmático, analizamos el agroextrativismo como modelo de explotación del agronegocio y utilizamos el procedimiento de vivencia en campo para realizar entrevistas con agricultores familiares, trabajadores acampados y funcionarios de las empresas; investigación bibliográfica y documental, técnicas de registro visual para analizar esta realidad.

Descrição

Palavras-chave

Territorialização, Camponeses irrigantes, Resistência, Perímetros Públicos de Irrigação, Transição agroecológica, Territorialization, Irrigating peasants, Resistance, Public Perimeters of Irrigation, Agroecological transition

Como citar