Pesquisa de células neoplásicas em medula óssea de cadelas com tumor de mama

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2019-07-19

Autores

Corsini, Talita Beani [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A glândula mamária é o segundo sítio mais comum de desenvolvimento tumoral em cadelas. Uma das formas de estadiamento destes tumores é avaliar a presença ou ausência de metástase à distância, inclusive na medula óssea. Este achado, na Medicina, associa-se a baixa sobrevida de mulheres com tumores mamários, porém na Medicina Veterinária esse estadiamento clínico é mais utilizado para pacientes com linfomas e mastocitomas. Estudos que utilizem a biópsia de medula óssea como método de pesquisa de estadiamento em tumores mamários são escassos. Desta forma o presente estudo teve como objetivo avaliar lesões mamárias e a medula óssea de 36 cadelas, buscando-se células tumorais disseminadas ou focos metastáticos. Para isso realizou-se a análise histopatológica dos tumores de mama, linfonodos e medula óssea dessas cadelas, corados com Hematoxilina e Eosina. Na medula óssea também foram utilizadas a coloração com Tricrômio de Masson, para avaliação de fibrose medular, e a imunohistoquímica, para a pesquisa de micrometástase. O carcinoma em tumor misto grau I fora o mais observado (18,08%), não havendo diferença estatística com relação ao tamanho tumoral e a presença de metástase em linfonodos. Na medula óssea de uma cadela com carcinossarcoma (4,35%) houve marcação citoplasmática de uma provável célula tumoral disseminada, de origem epitelial, com o anticorpo citoqueratina-19 pela imunohistoquímica. Nenhuma das cadelas que apresentou diminuição da celularidade ou fibrose medular (Tricrômio de Masson) ou tiveram marcação celular para citoqueratina. Conclui-se então que a avaliação da medula óssea pode ser utilizada como um método de estadiamento do tumor de mama em cadelas, pois células tumorais disseminadas apresentam potencial de se tornarem lesões secundárias bem como se disseminarem para focos distantes, causando metástases terciárias num período de tempo indeterminado.
The mammary glands are the second most common site of tumour development in female dogs. One way of staging these tumours is evaluate the presence or absence of distant metastasis, including those in the bone marrow. In Medicine, this finding is associated with the low survival of women with breast tumours, but in Veterinary Medicine this clinical staging is more used for patients with lymphomas and mast cells tumours. Studies using bone marrow biopsy as a method of staging research in breast tumours are scarce. Thus, the present study aimed to evaluate mammary lesions of 36 female dogs, as well as the bone marrow of them, searching for disseminated tumour cells or metastatic foci. For this, we performed histopathological analysis of mammary gland tumours, lymph node and bone marrow of these dogs, stained with Hematoxylin and Eosin. The Masson's trichrome staining was also used for the evaluation of bone marrow fibrosis and immunohistochemical technique for a micrometastasis research. Carcinoma in grade I mixed tumour was the most observed (18.08%), with no statistical difference between tumour size and lymph-node metastasis. In the bone marrow of a bitch with carcinosarcoma (4.35%) a probable disseminated tumor cell of epitelial origin was found using cytokeratin-19 antibody by immunohistochemistry technique. None of the female dogs presented decreased cellularity or bone marrow fibrosis (Masson's trichrome) or had cell labeling for cytokeratin. It is concluded that bone marrow evaluation can be used as a method of staging mammary tumour in female dogs, since disseminated tumor cells have the potential to become secondary lesions as well as spread to distant foci, causing tertiary metastases in an undetermined period of time.

Descrição

Palavras-chave

Biópsia medular, Cão, Citoqueratina, Micrometástase, Neoplasia mamária, Medular biopsy, Female dog, Cytokeratin

Como citar