Dissertações - Educação Física (mestrado profissional) - FCT

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https://hdl.handle.net/11449/193551

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Análise das abordagens dos esportes nas aulas de educação física: um estudo comparativo entre o método global funcional e o analítico sintético
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 4-09-23) Correa, Mauricio Martin; Silva, Camila Buonani da [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Ao refletirmos sobre a Educação Física Escolar (EFE), suas particularidades, importância e práticas pedagógicas, é necessário destacar a sua importância no ambiente escolar, sociedade e na formação dos alunos, onde é possível observar que através de sua prática, diversas experiências são proporcionadas aos alunos, além de permitir o acesso a diversas culturas e contribuir na formação integral dos educandos. Neste sentido, busca-se abordar neste estudo a relação em que a Educação Física (EF) estabelece com o ambiente escolar, os aspectos relacionados à saúde, a relevância que os esportes apresentam na EFE, a diversidade e utilização de alguns métodos de ensino dos esportes, especialmente os métodos de ensino Global Funcional (MGF) e Analítico Sintético (MAS), tendo como objetivo analisar o nível de satisfação e o impacto de diferentes métodos de ensino do esporte, em indicadores de saúde e desempenho esportivo, de escolares submetidos ao MAS e MGF, nas aulas de EFE. Essa pesquisa se caracteriza como quantitativa, atuando sobre um problema humano ou social, baseando-se no teste de uma teoria que é composta por variáveis quantificadas em números, as quais são analisadas de modo estatístico, com o objetivo de determinar se as generalizações previstas na teoria se sustentam ou não. Participaram deste estudo, 57 escolares, dos quais eram 28 meninas e 29 meninos, com idade entre 12 e 13 anos, matriculados em uma escola da rede pública estadual, na cidade de Teodoro Sampaio – SP. Os resultados apresentaram um bom nível de satisfação de ambos os grupos de alunos, em relação aos conteúdos abordados através do MGF e MAS, além de apresentar melhora nos níveis de aptidão física voltados à saúde e ao esporte. Devido à falta de estudos encontrados na literatura, sugere-se novos estudos sobre a relação entre o MGF e MAS, o nível de satisfação dos alunos nas aulas de EFE, e o possível impacto que ambos os métodos de ensino, possam provocar em indicadores de saúde e esporte.
Sistematização das práticas educativas em consonância com a BNCC: uma perspectiva do trabalho colaborativo.
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-22) Ferreira, Bruno José de Oliveira; Albuquerque, Denise Ivana de Paula [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A presente pesquisa teve como principal objetivo construir e organizar, a partir das demandas do grupo pedagógico da escola campo de pesquisa, um plano de ação formativa educativa para a sistematização de experiências da cultura corporal do movimento para a Educação Infantil, sendo que esse plano de ação se constituirá no Produto Educacional exigido para este trabalho. Assim, esta pesquisa, de natureza quanti-qualitativa, foi desenvolvida com um grupo de professores da Educação Infantil e o instrumento utilizado para a coleta de dados foi o grupo focal (KRUEGER; CASEY, 2000). Os dados foram coletados em 4 reuniões de HTPC, divididos em quatro temas geradores para a exploração do grupo, seguindo um roteiro de questões previamente elaboradas. Os conteúdos obtidos através de áudio e vídeo nos encontros foram transcritos e analisados. Com base nos pressupostos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2006), foram escolhidas as categorias de análise a partir das perguntas dos roteiros que direcionaram o grupo focal. Após a escolha das categorias, foram realizadas a análise quantitativa e a qualitativa. A análise quantitativa foi feita por meio da utilização do software IRAMUTEQ® (RATINAUD, 2009), que realiza estatísticas textuais. Já a discussão qualitativa, realizada com base nos pressupostos da Análise de Conteúdo, permitiu analisar os trechos significativos dos discursos dos participantes por meio de inferências e interpretações. A técnica do grupo focal se mostrou produtiva para esta pesquisa. As discussões propostas pelas questões norteadoras possibilitaram aos professores momentos de reflexão e aprofundamento sobre a questão da cultura corporal do movimento para a Educação Infantil. Nos levantamentos estatísticos, foi notada a ausência de vocabulário específico na fala dos docentes, o que pode revelar lacunas nas formações inicial e continuada dos professores polivalentes no que diz respeito à construção de conhecimentos específicos da área de Educação Física. A partir da avaliação das falas dos participantes do grupo focal, foi possível notar que há um desejo deles de melhor conhecer a área e desenvolver um trabalho realmente significativo, mas, muitas vezes, faltam conhecimentos específicos que construam uma base teórica sólida para a atuação desses docentes. Portanto, essa compreensão evidencia que realmente se faz necessária a elaboração e veiculação de um plano de ação formativa educativa que se ancora nas experiências da cultura corporal do movimento, e que seja construído de forma colaborativa com a equipe pedagógica da escola, com o objetivo de apresentar diretrizes para a Educação Física escolar na Educação Infantil, de forma a contribuir para a qualificação dos docentes e da educação de modo geral.
O parkour como prática corporal contemporânea: uma proposta de sistematização didática na educação física escolar
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-10-29) Silva, Henrique Camargo Alves; Albuquerque, Denise Ivana de Paula [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2017, trouxe uma perspectiva ampliada dos conteúdos da Educação Física. Destacamos a referência sobre a área de linguagens, o enfoque sociocultural no seu tratamento e o surgimento da unidade temática práticas corporais de aventura. Neste estudo, o eixo temático abordado foi a prática corporal de aventura. Nesse sentido, o trabalho se caracterizou em organizar e implementar para as turmas do 5o ano do ensino fundamental, uma proposta da prática corporal contemporânea Parkour, que se caracteriza por movimentos de transposição, saltos aterrisagem, observados principalmente em áreas urbanas e não possui intenção de competitividade. O objetivo desta pesquisa foi organizar e implementar uma proposta de sistematização didática da prática do Parkour na Educação Física escolar, a partir da concepção de uma prática corporal de aventura urbana, considerando as dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais dos conteúdos. Esta pesquisa trata-se de um estudo de natureza qualitativa, o instrumento escolhido para a coleta de dados foi o Diário de Campo, no qual foram descritas/anotadas as principais observações no decorrer das intervenções. A análise dos dados, foi embasada pelos pressupostos da análise de conteúdo e, organizada em categorias: análise e compreensão; experimentação e fruição e reflexão sobre a ação. Como resultado na categoria 1, observou-se a compreensão da lógica interna dos movimentos do Parkour e seu desdobramento em outras tarefas motoras no cotidiano do aluno. Na categoria 2, percebeu-se nos alunos um aprendizado significativo acerca dos movimentos do Parkour, sobre seus limites, adotando uma postura cooperativa na prática, refutando a competição e os movimentos estéticos sem eficiência ou utilidade. Na categoria 3, construiu-se conhecimentos contextualizados sobre a prática do Parkour, que podem ser estendidas para a vida do sujeito. Os resultados demonstraram os benefícios da intervenção pedagógica do Parkour nas aulas de Educação Física, com base na sua Filosofia e planejado e avaliado a luz das dimensões dos conteúdos propostos pela BNCC.
Proposta para uma escola mais ativa e colaborativa: ênfase no nível de satisfação e conscientização sobre a importância da prática da atividade física em escolares
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-10-06) Franco-Papoti, Renata; Romero, Luiz Rogério [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Considerando que crianças e adolescentes não realizam o mínimo de atividade física recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que a Educação Física Escolar (EFE) não é suficiente para contemplar essas recomendações e ainda que a Educação entre Pares (EP) apresenta-se como uma interessante estratégia de ensino, com potencial para ser utilizada na promoção da prática da atividade física (AF), o objetivo da presente dissertação foi desenvolver os fundamentos e elaborar uma proposta colaborativa para promoção do aumento do nível de AF diário dos estudantes, bem como a elevação da satisfação e da conscientização a respeito da importância dessa prática durante o período escolar. Para elaboração do presente documento, utilizou-se de levantamento bibliográfico sobre programas de incentivo à prática de AF entre escolares, que foram didaticamente “agrupados”, no programa denominado “Escola mais Ativa e Colaborativa (E+A&C)”. A trajetória metodológica da presente dissertação envolveu três etapas, sendo a descrição da proposta (1ª etapa); disseminação da proposta (2ª etapa), realizada por meio da elaboração de materiais didáticos no formato de minicurso e palestra; e análise crítica dos meios de divulgação da proposta (3ª etapa). Foram elaboradas questões fechadas e abertas, cujos dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa. Para o tratamento dos dados qualitativos das respostas dissertativas, utilizou-se a metodologia da Análise Temática (AT), associada à técnica da confecção de “nuvem de palavras”. Os principais achados foram que, de modo geral, a proposta apresenta-se como exequível para a realidade brasileira, demonstra potencial de aceitação entre os profissionais envolvidos com a educação e os conteúdos propostos podem ser adequadamente transmitidos por meio de plataformas digitais no formato de minicurso e palestra.
Licenciandos de Educação Física no contexto do Estágio Curricular Supervisionado: um estudo sobre indicadores de acolhimento
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-11) Mota, Diane Lima; Costa, Miguel Ataíde Pinto da; Santos, José Henrique dos; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Nos cursos de formação docente, o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) é uma importante etapa curricular obrigatória. Com o objetivo de favorecer a iniciação a docência, o graduando tem oportunidade de antecipar aspectos fundamentais do futuro ambiente profissional, aproximando-se de situações institucionais e práticas pedagógicas inerentes a profissão docente. A antecipação desse momento e a relação dialética reflexiva no ambiente escolar favorecerão o estagiário à construção do ser docente e de sua práxis pedagógica. Dentre várias situações problemas ainda presentes na realidade do estágio, uma delas é o acolhimento do estagiário na escola. O acolhimento é caracterizado pelo momento em que o estagiário se apresenta e como é orientado ao longo do período de estágio na escola. O objetivo desta pesquisa é caracterizar os modelos de acolhimento de estágio realizados pelos Professores Supervisores (PS) envolvidos no desenvolvimento do Estágio Curricular Supervisionado. A pesquisa recorreu ao método qualitativo, por meio de estudo de casos, a partir de uma perspectiva de modelo analítico descritivo. Os sujeitos da pesquisa foram duas duplas compostas, cada uma, de um Professor Supervisor de Educação Física da rede básica de ensino e de um estagiário de Educação Física. Os dados coletados pelos instrumentos de Observação (Notas de Campo), Entrevistas Semi-Estruturadas e Documento do Relatório Final do estagiário (oral e escrito) foram submetidos a uma análise interpretativa por meio da técnica de Análise de Conteúdo e explorados com o suporte de diferentes categorias. Os resultados dessa investigação revelam que os professores supervisores desenvolveram diferentes modelos de receptividade aos seus estagiários: na Escola A, o modelo foi de Recepção. O Professor Supervisor autorizou o início do estágio, porém sem o devido acolhimento e orientação necessários a estagiária e a percepção de ambos sobre o estágio vivenciado foi bem distinta; na Escola B, o modelo foi Acolhimento Formativo. O Professor supervisionou o estágio considerando as demandas do estagiário e o integrando as atividades laborais pedagógicas, com orientação e reflexão sobre a prática docente e a percepção de ambos sobre o estágio vivenciado foi bem similar. Os professores supervisores pesquisados concebem que o período de estágio supervisionado é importante para formação profissional do estagiário e que exercem papel valioso nesse processo, porém não tiveram qualquer formação para supervisionar um estagiário e, ainda, apresentaram não saber exatamente “o que fazer” e “como fazer” uma orientação de estágio.
Ampliação da participação de cadeirantes nas aulas práticas de educação física: reflexões e vivências de jogos populares tradicionais e adaptados como possibilidade
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-10-30) Passos, Ricardo da Silva [UNESP]; Costa, Miguel Ataíde Pinto da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A inclusão faz parte do cotidiano escolar, não apenas no ingresso dos alunos com deficiência, mas, principalmente, na permanência e aprendizagem dos mesmos. A Educação Física, pelas suas peculiaridades, é vista como uma disciplina que pode atuar positivamente nesse processo, mas como colocar isso em prática? A partir da proposta do presente estudo, elaborada com auxílio e diálogo com estudantes, foi criado um produto educacional em forma de sequência didática onde reflexões e vivências de jogos populares tradicionais e adaptados podem servir para ampliar a participação de alunos cadeirantes, entendendo a importância desse conteúdo curricular e o contexto histórico no qual foram criados (em que as pessoas com deficiência eram excluídas do convívio social). Esta sequência tem como principais objetivos: exercitar a empatia; estimular o senso de humanidade e coletividade; enriquecer o repertório motor, a partir da prática de diferentes jogos; mobilizar e envolver alunos a pensar criticamente sobre aspectos lúdicos, culturais e sociais. A sequência didática é uma metodologia de ensino pautada pela organização do conteúdo a partir de uma lógica estruturada que parte do diagnóstico do que os alunos entendem sobre o assunto, seguida pela escolha e adaptação dos jogos, aplicação dos mesmos e avaliação dos objetivos. Percebe-se que a reflexão e vivência pode melhorar a participação de estudantes como um todo, contribuir para melhora do senso coletivo especialmente em relação a ampliação da participação de alunos com algum tipo de deficiência e possibilitar o surgimento de outros protagonistas no decorrer das vivências. Pode-se afirmar que propostas de trabalho como esta contribuem para ampliar a discussão sobre os jogos populares nas escolas e suas possibilidades.
Proposta interventiva nas aulas de Educação Física na Educação Infantil na perspectiva da contemporaneidade
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-06) Gobbo, Maria do Carmo Silva; Albuquerque, Denise Ivana de Paula [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A Educação Infantil, como a primeira etapa da Educação Básica, tem um papel preponderante na vida das crianças, pois, todo o aprendizado nessa faixa etária irá reverberar por toda vida. Nesse sentido, é essencial garantir à criança uma educação pautada em princípios que promovam o seu desenvolvimento integral. Conforme está estabelecido no conjunto de Leis e normas para a Educação no país, a educação é um direito inalienável do sujeito e, portanto, é de responsabilidade do poder público definir as orientações que regem cada etapa de ensino, cabendo às instituições educacionais a devida aplicação. Ao longo das últimas décadas, vários documentos das Políticas Públicas para a educação, foram promulgados, o mais recente, a Base Nacional Curricular Comum (Brasil, 2017), apresenta um capítulo destinado à Educação Infantil. Com o intuito de compreender as implicações desse documento nas práticas pedagógicas, esta pesquisa buscou implementar uma sistematização de conteúdos nas aulas de Educação Física da Educação Infantil 1 e validar os objetivos propostos nos Campos” Eu, o Outro e Nós” e “Corpo, Gesto e Movimento” da BNCC, através das experiências de aprendizagens, com base nas dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal. Foi desenvolvido em uma escola pública da cidade de Álvares Machado, São Paulo. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, amparada nos pressupostos da pesquisa intervenção. Os dados foram coletados através do diário de campo e processados pelo software Iramuteq, utilizando a análise lexical, análise de similitude e a nuvem de palavras. Os resultados apontaram o aluno como o protagonista de sua aprendizagem, o brincar dirigido sendo efetivo no processo de ensino e aprendizagem e o professor sendo o mediador deste processo de intervenção. Em suma, o planejamento elaborado com pluralidade de conteúdos trouxe resultados positivos, indo ao encontro da formação integral do aluno, validando os objetivos propostos nos campos de experiências analisados.
A educação física na educação infantil: possibilidades e potencialidades
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-14) Silva, Tobias Lourençoni da; Carvalho, Augusto Cesinando de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O presente trabalho buscou investigar como um grupo de professores de educação física, que atua na educação infantil, de uma rede de ensino da Baixada Santista, estão organizando o planejamento de suas aulas e como os conhecimentos abordados estão dialogando com os referenciais e orientações para o trabalho pedagógico nesta etapa da educação básica. Para isto, fizemos uma pesquisa de natureza exploratória, com uma abordagem quantitativa e qualitativa, sobre os documentos de planejamento das aulas de 11 escolas da rede, seguida de uma intervenção junto a esses professores e um questionário para avaliar nossa mediação. Trouxemos como referencial um breve histórico da visão de infância, como esta concepção foi construída a partir da institucionalização da criança na escola, para refletir sobre as atuais políticas públicas que tratam da educação infantil, apresentando pontos de como o campo acadêmico e científico da educação física vem dialogando com estas orientações e referenciais. A partir da análise dos planejamentos pudemos constatar que os principais objetivos estão voltados para a melhoria das capacidades físicas e do desenvolvimento motor, as estratégias e atividades privilegiaram as ações motoras e a avaliação estava centrada na observação do professor e considerando apenas as capacidades individuais do aluno. Quando comparamos os objetivos do trabalho pedagógico transcrito nos documentos com aqueles sinalizados nas políticas públicas que tratam sobre assunto, detectamos que poucos estavam sendo priorizados, enquanto outros ficaram deficitários ou foram negligenciados. Ao apresentamos aos professores que produziram os planejamentos, as lacunas e problemáticas encontradas neste estudo, trouxemos reflexões para que estes considerem abordar outros objetivos, atividades/estratégias de ensino e formas de avaliação, sendo consideradas por eles como factíveis de serem desenvolvidas em sua prática pedagógica e se sentindo à vontade em aplica-los. Concluímos que está ocorrendo um erro no preenchimento do planejamento das aulas por este grupo de professores, ao organizarem sua intervenção de maneira disciplinar, abordando apenas objetivos e temas específicos, fragmentando o currículo, o que não condiz com os referenciais e orientações para o trabalho pedagógico na educação infantil.
Indisciplina nas aulas de educação física no ensino fundamental: propostas e ações
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-04-27) Machado, Thiago Henrique Mazeti; Moreira, Jaqueline Costa Castilho [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A indisciplina tem sido considerada uma causa relevante da desmotivação profissional em todas as áreas da educação, comprometendo o andamento das aulas, independentemente de qual seja a matéria ou a disciplina escolar. Este estudo tem como objetivo investigar ações pedagógicas realizadas por docentes de Educação Física no enfrentamento da indisciplina escolar e propor a disseminação de estratégias de intervenção e material didático aos distintos sujeitos educacionais, por meio de recurso pedagógico. Como procedimento metodológico, foi realizada uma pesquisa exploratória com levantamento bibliográfico. Para obter as informações do estudo, foi aplicado um questionário misto analisado com metodologia qualitativa, a 40 professores de Educação Física de Ensino Fundamental, Anos Iniciais. O principal resultado, tanto do ponto de vista dos professores participantes, quanto dos teóricos estudados, é a concordância de que o diálogo aberto, seja ele individual ou na forma de rodas de conversa com vários alunos, com vários professores, em formações ou em reuniões com equipes multidisciplinares, ajuda nas ações de enfrentamento da indisciplina escolar. Para fechamento do estudo, foi produzido um material didático com estratégias de enfrentamento, denominado “POKE para Indisciplina”. Disponibilizado como um ebook , compõe-se de um jogo de virtualização do corpo intitulado “LOL de quadra” voltado para os alunos; um jogo de cartas “POKE” para os professores e uma “Formação continuada de curta duração” especificamente sobre este tema. Como forma de contribuição às escolas, todos os resultados obtidos através deste trabalho foram disponibilizados em plataformas virtuais, com acesso livre e gratuito. A expectativa é de que as interações, através do “POKE para Indisciplina”, disseminem boas ações pedagógicas diante da indisciplina e que estas tragam harmonia social, a alunos, professores e a todos os sujeitos educacionais.
A interação entre alunos com e sem deficiência na educação infantil na perspectiva do professor de educação física: um modelo de intervenção na formação continuada
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-04-24) Lopes, Alana Dolmen; Carvalho, Augusto Cesinando de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A Educação Física é importante no desenvolvimento dos alunos, com deficiência ou não, sendo a interação um dos eixos norteadores das ações pedagógicas na Educação Infantil, que exige do professor, formação adequada que os capacite para os desafios da Educação Inclusiva. O estudo avaliou a percepção de professores de Educação Física da interação entre alunos com e sem deficiência na Educação Infantil e promoveu um modelo de formação continuada para minimizar as dificuldades. Foi utilizada uma abordagem metodológica quali-quantitativa, com a participação de 10 professores de Educação Física que ministravam ou já haviam ministrado aulas para alunos com deficiência na Educação Infantil. Foi aplicado um questionário identificando as características dos participantes, atitudes, estratégias e dificuldades em relação à inclusão e à percepção sobre a importância da formação continuada. A partir da análise estatística e de conteúdo categorial, observou-se, entre outras questões, que os professores nem sempre se sentem aptos a desenvolver atividades que possibilitem a interação entre os alunos, acarretando algumas dificuldades, nas quais se destacaram as referentes à questão “administrativo-escolar”; ao diagnóstico; à família; aos espaços e recursos pedagógicos e às estratégias de ensino. A partir dos resultados, foram planejadas e aplicadas 4 aulas que fizeram parte das ações formativas, com a participação de convidados, abordando os temas: 1) A interação entre alunos com e sem deficiência na Educação Física na Educação Infantil: PEI como uma ação prática para a inclusão; 2) Neurociências no aprendizado e memória; 3) O AEE e a Educação Física: o apoio colaborativo como uma estratégia de trabalho pedagógico; 4) Inclusão escolar e a fisioterapia, colaborando com o aprendizado: o aluno com deficiência física nas aulas de Educação Física, conceitos, orientações e estratégias. Para avaliar as aulas, utilizou-se um segundo questionário que buscou as considerações dos professores sobre o conteúdo, a dinâmica, o material didático e a colaboração das aulas para o desenvolvimento profissional em relação ao trabalho com alunos com e sem deficiência. Concluiu-se que, a formação continuada, partindo das reais necessidades do contexto escolar, colaborou para o aperfeiçoamento dos professores, promovendo a reflexão sobre a prática, gerando mudanças, indo ao encontro de uma Educação Física mais inclusiva.
Avaliação da aprendizagem em Educação Física Escolar: delineando uma síntese possível a partir da análise da própria experiência docente
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-06-29) Silva, Ederson Antonio da; Romero, Luiz Rogério [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Nosso objetivo maior neste estudo e pesquisa é socializar aos colegas professores e discentes em formação inicial junto à graduação, como observamos que a avaliação pode colaborar junto a aprendizagem do estudante, não apenas como ferramenta de melhoria do produto final, mas como componente ao processo de aprendizagem, meio de ressignificação da aprendizagem, dos temas e conteúdos abordados, do sistema educacional e até mesmo das identidades discente e docente. A partir da práxis filosófica e metodologia do materialismo dialético e histórico, realizaremos a análise dos documentos e auto relato das experiências docente, tomando como base a pesquisa bibliográfica. Esta análise tem como objetivo sistematizar estes conhecimentos na forma de referências e orientações ao planejamento da avaliação. A avaliação, sempre foi um grande enigma para a Educação Física na escola, hora sendo exacerbada, desconsiderada, abandonada. As inúmeras abordagens, perspectivas, embates teóricos na área, findam o processo inicial de formação, trazendo ao graduado muitas dúvidas e poucas assertivas no campo de atuação pedagógica na escola frente a avaliação da aprendizagem. Este não lugar, da avaliação, criou um vazio que passou a ser preenchido pelo conhecimento tácito que permeia a escola. Observamos o direcionamento e sistematização do ensinar com vistas não ao processo avaliativo, mas simplesmente guiado pela prova e para a prova sendo o método avaliativo e de ensino influenciado, ou determinado pelos sistemas externos de avaliação e premiação do estado de São Paulo, como o SARESP e a bonificação por resultados atribuída às escolas cujos alunos alcançam os índices apontados. Ao assumir a avaliação da aprendizagem como objeto central de estudo e pesquisa, percebemos que está possui papel fundamental na aprendizagem, contribuindo não apenas ao final do bimestre, processo de aprendizagem, ou ciclo de aprendizagem, mas sim a cada nova situação de aprendizagem desenvolvida. Identificamos que a prova escrita baseada em competências e habilidades curriculares, ao ser adotada como método avaliativo exclusivo negligencia a aprendizagem, o estudante e até mesmo a pluralidade cultural característica aos fazer pedagógico, temas e conteúdos abordados pela Educação Física escolar. Para tanto, os diferentes tipos de avaliação precisam ser compreendidos enquanto sua função e possibilidades, para que o professor possa em seu projeto curricular, selecionar, organizar e mediar da melhor forma possível a aprendizagem individual e coletiva. Desta forma, uma avaliação demanda conhecer ao estudante em sua totalidade e humanidade, compreender os métodos avaliativos, sua função e estar aberto a contate análise, diálogo e contradições, a partir das quais o trabalho docente pode a cada dia ser requalificado. Neste contexto, a formação, estudo, pesquisa e planejamento da avaliação tem papel fundamental junto ao processo de aprendizagem e desenvolvimento, bem como sua constante reavaliação.
BNCC, cultura digital e a educação física: contribuições para a formação docente
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-06-26) Sabino Neto, Benedito; Moreira, Jaqueline Costa Castilho [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A recente implementação da BNCC afetou o currículo da Educação Física em âmbito nacional, sobretudo ao propor práticas relevantes para os estudantes, que não são rotineiras nas escolas, a guisa de exemplo: a utilização dos Jogos Eletrônicos. Devido às demandas que muitas vezes exigem inovação por parte destes profissionais, esse estudo exploratório de natureza qualitativa, teve por objetivo elaborar um curso de formação continuada de 30h, on-line e gratuito que contribuísse com o conhecimento e com o trabalho dos professores de Educação Física escolar de ensino fundamental, no atendimento ao currículo oficial normatizado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O procedimento metodológico foi composto por etapas; sendo a primeira, uma revisão bibliográfica na qual houve a discussão sobre como a cultura digital se insere na BNCC e como estão articuladas questões relacionadas à tecnologia e Educação Física no documento. A segunda refere-se a uma coleta de campo realizada no município de Praia Grande-SP com quinze professores públicos de Educação Física, visando levantar os interesses desse coletivo em relação à temática proposta. E enfocando a criação do curso como um produto educacional do mestrado profissional, tem-se a última etapa. Os resultados da literatura foram apresentados em três capítulos abordando documentos oficiais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a BNCC. Desse material foram recuperados as novas necessidades do professor na era digital, e os limites e potenciais dos Jogos Eletrônicos na Educação Física. Na pesquisa de campo foi possível identificar conteúdos, estratégias e atividades relacionadas aos jogos eletrônicos que docentes da Praia Grande-SP desenvolvem em suas práticas. E agregando esse conhecimento, na terceira parte do trabalho foi evidenciado o curso de formação on-line para professores de Educação Física, denominado “EDUCAÇÃO FÍSICA, CULTURA DIGITAL E A BNCC. Pode-se concluir que: o objetivo do trabalho foi alcançado (do estudo crítico do tema, passando pela pesquisa de campo, chegando à criação do curso) e que diante dos desafios de retorno a nova rotina escolar e pedagógica, pesquisas como esta se tornem ainda mais necessárias, ao possibilitar aperfeiçoamento na formação docente para o trato com esses temas e com a utilização dessas ferramentas.
Capoeira para ouvir: práticas e oralidades: material de apoio didático ao ensino da Ed. Física
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-06-29) Mattge, Katiane; Moreira, Jaqueline Costa Castilho [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O objetivo geral deste trabalho é investigar os princípios afro-brasileiros que fundamentam a capoeira na escola e produzir com estes, um audiobook. São compreendidos como princípios afro- brasileiros: o axé, a circularidade, a tradição oral, a ancestralidade, a corporeidade, a musicalidade, a diversidade, a ludicidade e o espírito comunitário; Buscando levantar novas formas de observar o fenômeno da capoeira no ambiente escolar e como estes princípios podem ajudar na educação escolar, amparando reflexões e ações pedagógicas no trato das questões étnico-raciais. Com abordagem qualitativa e através de pesquisa exploratória, foram entrevistados 7 (sete) mestres e professores de capoeira que atuam no ambiente escolar ensinando a capoeira. Usando o método de análise de conteúdo, foram categorizados das falas como entendem e ensinam os princípios afro-brasileiros na capoeira. Como resultado temos uma prática ligada ao discurso, calcada pelas memórias africanas que se reestruturaram no encontro com o nativo brasileiro. Uma oralidade organizada em forma de audiobook, intitulado Capoeira para Ouvir: Práticas e Oralidades.
Educação Física nos anos iniciais do Ensino Fundamental: uma abordagem metodológica de ensino do conteúdo lutas
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-06-30) Doirado, Edmilson Fernandes; Albuquerque, Denise Ivana de Paula [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Os desafios vivenciados pelos professores de Educação Física no contexto escolar, no que se refere ao ensino e aprendizagem das diversas práticas da cultura corporal de movimento, nas aulas de Educação Física, sobretudo as lutas, vêm suscitar importantes discussões acerca da necessidade de organização e sistematização destes conteúdos. O ensino das lutas nas aulas de Educação Física escolar, assim como outros conteúdos específicos da disciplina, compreendem muitas vezes na prática pedagógica, apenas aspectos procedimentais do conteúdo, ou seja, o “saber fazer”, ao passo que, as atuais diretrizes curriculares apontam para um processo de ensino e aprendizagem que possa transcender esse “saber fazer”, que vise abranger durante as aulas aspectos de outras dimensões do conteúdo, como os conceitos, as atitudes e os valores. Diante destas questões o presente estudo, tem como objetivo principal, propor uma abordagem metodológica de ensino do conteúdo lutas nas aulas de Educação Física a partir das dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo, considerando as diretrizes educacionais propostas pela BNCC e CP. Nessa perspectiva, foi empreendido um estudo de natureza qualitativa, embasado nos preceitos da pesquisa-ação e da observação-participante e subsidiados por um Projeto de Intervenção Didático-Pedagógico. O Diário de Campo e a Autoavaliação foram utilizados como instrumentos para coleta de dados. Para análise e interpretação dos dados, foram considerados os registros do Diário de Campo, à vista das observações em aula e das gravações de vídeo e áudio, e também, os registros escritos pelos alunos em resposta às questões abertas da Autoavaliação. À luz dos pressupostos da análise de conteúdo categorial temática, os dados gerados, resultaram nas seguintes categorias: Dimensão conceitual – Categoria 1: Diferenças entre lutas e brigas; Categoria 2: Aspectos sócio históricos e culturais das lutas. Dimensão procedimental – Categoria 3: Percepção dos fundamentos técnicos das lutas; Categoria 4: Construção de novos saberes a partir do fazer. Dimensão atitudinal – Categoria 5: A cooperação presente no ensino e aprendizagem das lutas; Categoria 6: Atitudes de respeito e cuidado com o outro nas aulas de lutas. Com vista às mudanças constantes pelas quais a educação vem passando, especialmente com as novas diretrizes curriculares, sobretudo a Educação Física escolar, o presente estudo constitui-se um importante referencial teórico metodológico para os profissionais envolvidos com o ensino da Educação Física nos anos iniciais, visando assim contribuir para uma melhor atuação docente frente aos inúmeros desafios que se apresentam no cotidiano escolar, e desse modo garantir uma aprendizagem significativa e princípios de uma educação integral, que busque desenvolver nos alunos amplas habilidades e competências, tornando-os protagonistas no processo educativo.
Educação Física no Ensino Fundamental: os jogos e brincadeiras como proposta pedagógica para os anos finais
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-07-24) Campos, Valeria; Brandolin, Fabio; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A Educação Física é um componente curricular obrigatório da Educação Básica e apreciada por uma boa parte dos estudantes. Entretanto, é possível observar uma diminuição gradativa dessa preferência pelos alunos com o avançar da escolaridade, principalmente nos anos finais do Ensino Fundamental, levando a uma parcela significativa de alunos ao afastamento das aulas. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo geral: elaborar, aplicar e avaliar uma intervenção pedagógica baseada no conteúdo jogos e brincadeiras nas aulas de Educação Física, por um bimestre, nos anos finais do Ensino Fundamental. A referida proposta foi aplicada em duas escolas municipais, sendo uma na zona urbana e outra na zona rural da cidade de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, a fim de aumentar o interesse e a participação dos estudantes nas aulas. O público-alvo desta pesquisa foram todos os estudantes dos 8º e 9º anos, de ambos os sexos, das duas escolas investigadas, num total de 5 turmas com 90 estudantes. A proposta de intervenção foi organizada em três etapas: a primeira consistiu na apresentação dos conteúdos, a segunda na aplicação da intervenção pedagógica e a terceira no feedback dos alunos (grupo focal). De acordo com os dados do estudo, foi possível verificar que o planejamento de ensino foi adequado à idade e à realização desse planejamento de forma coletiva, em especial na escola 1, que contribuiu para a participação dos alunos nas aulas. As falhas na infraestrutura e escassez de material pedagógico não interferiram de forma significativa na adesão dos alunos nas aulas da escola 1. Nota-se que questões referentes às relações de hierarquização de gênero ainda persistem nas aulas mesmo com um conteúdo diversificado, mas não foram suficientes para mitigar o interesse dos alunos em ambas escolas investigadas. Percebe-se que tanto os alunos da escola 1 como os alunos da escola 2 aumentaram sua motivação e participação a partir das aulas da intervenção, porém a motivação dos alunos da escola 1 se apresentou de forma mais intensa. Verifica-se melhorias na relação professor-aluno e também nas interações entre os alunos, tanto na escola 1 como na escola 2. Nessa direção, abordar esses conteúdos nas aulas de Educação Física podem contribuir para amenizar o desinteresse dos alunos pelas aulas de Educação Física, o que ainda é uma realidade no contexto escolar.
Aplicabilidade da Prática Corporal "Esporte Orientação" no Espaço Escolar
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-06-12) Silva, Marion Costa da [UNESP]; Rocha, Hugo Paula Almeida da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A investigação aqui apresentada tem como o objeto de pesquisa a verificação de um produto pedagógico elaborado para promover vivências do Esporte Orientação no espaço escolar. O estudo privilegiou o diálogo entre o Esporte Orientação, a Educação Física e a Educação Ambiental, destacando as relações entre os estudantes e o espaço escolar, buscando responder à problemática: É possível o ensino do Esporte Orientação nas aulas de Educação Física Escolar (EFE)? O objetivo geral foi analisar a aplicabilidade da Cartilha elaborada para o Esporte Orientação, e a perspectiva desta prática corporal no contexto escolar, entre seus limites e possibilidades. Com base na abordagem Crítico - Superadora, enquanto compreensão teórica na área da EFE, o estudo se classifica como descritivo qualitativo, seguindo os seguintes passos metodológicos: Revisão de literatura, pesquisa com Survey e análise temática dos conteúdos coletados. Os sujeitos da pesquisa foram quatro (4) professores de Educação Física, sendo que três professores lotados em escolas da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), e um professor da 10ª CRE da Rede Municipal da Cidade do Rio de Janeiro. A revisão literatura foi realizada em diversas fontes, tais como livros, artigos em periódicos especializados, leis, diretrizes e parâmetros legais, com a finalidade de compreender os assuntos relacionados as prática corporais em ambientes naturais e suas possibilidades para as aulas de EFE. Para adquirir os dados foram aplicados dois questionários; o primeiro apresentando perguntas fechadas com objetivo de fazer uma diagnose sobre as condições para a aplicação da cartilha. Após aplicação da cartilha foi aplicado o segundo questionário de perguntas abertas para avaliar o material didático. Os dados foram analisados a partir da identificação de categorias e conceitos norteadores interconectados, e análise conforme informações fornecidas pelos sujeitos da pesquisa. Os resultados da pesquisa revelam que a Cartilha proporcionou aos professores, possibilidades pedagógicas para apresentar o Esporte Orientação, e tornando viável a prática do mesmo no ambiente escolar. Apesar dos objetivos alcançados, compreendeu-se a incompletude desta pesquisa, e que a continuação dessas discussões será imprescindível para o aprofundamento teórico e prático desta temática.
Métodos de avaliação nas aulas de educação física no primeiro segmento do ensino fundamental
(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-06-12) Alves, Flora Silva [UNESP]; Rocha, Hugo Paula Almeida da; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Esta pesquisa se propôs investigar quais são as práticas avaliativas utilizadas pelos docentes de uma escola do primeiro segmento do Ensino Fundamental, nas aulas de Educação Física. A escola está localizada no município do Rio de Janeiro, pertence à 10ª Coordenadoria Regional de Educação. O problema que norteou a reflexão deste estudo envolve angústias e inquietações a respeito da avaliação da aprendizagem nas aulas de Educação Física do primeiro segmento. Os professores de Educação Física realizam avaliação em suas aulas? Os professores de Educação Física sabem o que é avaliação? Ao longo dos anos, alguns debates foram desenvolvidos a respeito do processo de avaliação do ensino e aprendizagem afim de tornar a avaliação mais democrática, justa e qualitativa, diferente da avaliação tradicional que possuía características excludentes, punitivas e classificatórias. O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva. O método utilizado para coleta de dados foram dois questionários semiestruturados compostos de questões abertas, o primeiro com perguntas relacionadas a formação acadêmica e profissional, visando traçar um perfil docente e o segundo questionário, com questões voltadas para avaliação nas aulas de Educação Física. A análise dos dados foi realizada através de categorização dos resultados, através do método de análise de conteúdo de Bardin (2011). Participaram da pesquisa cinco professores de Educação Física de uma escola do município do Rio de Janeiro, pertencente à 10ª Coordenadoria Regional de Educação. Os resultados da pesquisa apontaram para o fato de que alguns professores não realizam avaliação nas aulas de Educação Física do primeiro segmento do Ensino Fundamental, de acordo com as respostas, isto está relacionado a falta de esclarecimento do que é avaliação, visto que a avaliação ainda é considerada sinônimo de atribuição de notas para alguns desses professores. Pensando em nortear o processo avaliativo realizado por esses professores, foi elaborada uma cartilha para que sirva de fonte de estudos, à quem interessar possa, com o tema avaliação, esta cartilha possui tópicos explicativos e esclarecedores pertinentes à avaliação nas aulas de Educação Física. Desta maneira, espera-se que este estudo possa contribuir como fonte de pesquisa para docentes estimulados a aprender mais sobre avaliação da aprendizagem nas aulas de Educação Física. Sugere-se a ampliação da discussão e reflexão que envolvam essa temática.

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