Dissertações - Letras (mestrado profissional) - FCLAS

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  • ItemDissertação de mestrado
    A escrita constitutivamente heterogênea: uma análise de textos argumentativos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-06-29) Stein, Ivone Santana Vom; Lopes-Damasio, Lúcia Regiane [UNESP]
    A presente pesquisa objetiva descrever e analisar a tradição discursiva argumentativa e as tradições discursivas que a constituem, em textos escritos por alunos regularmente matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental público. Busca alcançar conclusões acerca das relações entre as tradições textuais e a heterogeneidade constitutiva da escrita, a partir de uma descrição analítica realizada à luz da relação fala/escrita e oralidade/letramento, a fim de colaborar com a formação, em análise linguísticodiscursiva, dos professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental. Fundamentase na concepção de escrita constitutivamente heterogênea (CORRÊA, 1997), definida como um processo constitutivo entre o falado e o escrito, analisado a partir de um espaço de observação da escrita fundado em três eixos metodológicos de representação de sua heterogeneidade, a saber: (i) o eixo da gênese da escrita; (ii) o eixo do código escrito institucionalizado; e (iii) o eixo da dialogia entre o já falado/escrito e ouvido/lido. Para contribuir com essa concepção, a tradição discursiva (KABATEK, 2005a, 2005b, 2012) é tomada como matéria e produto da linguagem, enquanto todo tipo identificável de tradição de dizer/escrever, formada via repetição e evocação, e que promove, portanto, atualização e tradição ao mesmo tempo. O córpus é constituído de 10 textos, pertencentes à tradição discursiva argumentativa, escritos por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, regularmente matriculados na escola estadual Prof. Francisco Balduíno de Souza, município de Quatá-SP. A metodologia de análise conjuga as abordagens qualitativa e quantitativa, a partir da observação de rastros, na materialidade linguística dos textos, da imagem de escrita dos escreventes, mediante a relação entre o oral/falado e letrado/escrito, orientada pelos três eixos metodológicos de observação da heterogeneidade da escrita, conforme proposta de Corrêa (1997).As análises do primeiro e do segundo eixo apresentaram indícios da circulação dos escreventes pelo que imaginam ser a gênese da escrita e o código escrito institucionalizado, materializados por meio de diferentes marcas linguísticas, representando um atravessamento dos sujeitos por: práticas orais mais informais, correspondendo ao que muito frequentemente, mas não exclusivamente, é identificado, pelo professor, como “erro”, no caso do eixo 1; e por práticas letradas, mais e menos formais, correspondendo ao que muito frequentemente, mas também não exclusivamente, é identificado, pelo professor, como “acerto”, no caso do eixo 2. Esse atravessamento se deixa ver em mesclas de TDs, apoiadas numa imagem de argumentação que se alinha às ideias de convencimento e persuasão e que ganha contornos discursivos distintos a depender das condições de produção dos textos e da circulação histórica desses sujeitos por práticas discursivas distintas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Slam na sala de aula: ouvir as vozes (silenciadas) dos alunos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-31) Alevato, Fernanda Rodrigues Castanharo; Garcia, Daniela Nogueira de Moraes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A presente pesquisa visa romper com antigas práticas e, por outro lado, também se abre à perspectiva de inovação no tocante à leitura e produção de textos, em sala de aula, com práticas didáticas voltadas às metodologias ativas, ao multiletramento e ao desenvolvimento do protagonismo e da criticidade. A leitura no ambiente escolar valoriza o cânone literário e deslegitima autores que fogem dessa vertente. A fim de sugerir uma nova prática pedagógica articulada com o mundo, abordamos um gênero discursivo presente em nossa sociedade, o gênero Slam e promovemos o debate dos problemas sociais enfrentados pelos alunos dentro e fora do ambiente escolar: bullying, racismo, preconceito, misoginia, suicídio, etc. Assim, esta pesquisa tem como tema o estudo do trabalho de um gênero discursivo diversificado e estimulante para as aulas de Língua Portuguesa no 9º ano do ensino fundamental. O objetivo primordial é refletir sobre o uso desse gênero para melhorar o interesse pela leitura, promover a oralidade e desenvolver a escrita na escola para que os adolescentes e jovens interajam entre si, falem sobre seus problemas, desenvolvam a criticidade e, desta forma, transformem seus espaços de vivências. O aluno precisa perceber que, através das leituras e escritas diversificadas, conseguimos questionar, criar, confrontar e relacionar o mundo à nossa volta. Zilberman e Silva (2005) enfatizam sobre a importância de se aprender a ler, para que o leitor ascenda instrucional e socialmente, caminhando para o sucesso. Os diferentes gêneros discursivos, quando abordados e trabalhados de maneira significativa, colaboram para a formação protagonista e cidadã dos discentes. A abordagem do multiletramento, torna o processo de ensino-aprendizagem mais inclusivo e diverso, alinhado com as demandas atuais, como forma de refletir e promover cidadãos conscientes e questionadores. Segundo Rojo (2012), os multiletramentos estão associados à multiplicidade cultural e à multiplicidade semiótica de construção dos textos. A pesquisa fundamentou-se na análise da produção textual escrita dos alunos, as poesias slam, na observação dos participantes e de suas performances. Os resultados indicam que, se dar voz aos oprimidos é uma característica da slam, há êxito em se dar espaço a esse gênero na escola, pois sustenta seu potencial crítico e democratizante. Contudo, ainda há um percurso a ser trilhado para que possamos caracterizar melhor as produções textuais e as performances de modo a realmente realizarmos uma batalha de slam escolar. Esperamos que as constatações aqui feitas suscitem novas investigações relacionadas às questões aqui expostas.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudos de parábolas no ensino da produção textual, no 6º ano do Ensino Fundamental
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-05) Rodrigues, Juliete; Sant'Anna, Marco Antonio Domingues [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este trabalho, desenvolvido no Programa de Mestrado Profissional em Letras-Profletras, visa a proporcionar ao aluno do 6º ano do Ensino Fundamental ensino de parábolas antigas e contemporâneas para auxiliá-lo a realizar produções de textos, como parábolas, contos e fábulas de forma compreensível para o interlocutor, atingindo o objetivo de escrever de maneira correta. Esse ano escolar foi escolhido porque compreende-se que muitos alunos possuem muitas dificuldades na escrita nesse período; sendo assim, podem-se explorar várias maneiras de ensinar o gênero em questão, a fim de diminuir essas dificuldades. Além disso, será feito um estudo bibliográfico de como o ensinamento das parábolas pode auxiliar os discentes em sala de aula na construção de propostas de redações eficientes. Desse modo, de início será explicado aos alunos a história das parábolas, ou seja, o porquê foram utilizadas no passado e qual sua importância para a sociedade atualmente. Como os alunos, inegavelmente, apresentam muita dificuldade em realizar uma produção textual de qualidade, assim, o objetivo principal desta dissertação é incentivar o entendimento da escrita. Dessa maneira, serão analisadas parábolas, o que auxiliará na compreensão do texto narrativo e suas características. Ao final, o que se espera é que cada aluno construa parábolas que possam ajudá-los a compreender a maneira correta de se escrever e transmitir suas opiniões. Em suma, cada aluno deverá apreender o gênero parábola e, ainda, produzir textos compreensíveis por ele e pelo seu leitor.
  • ItemDissertação de mestrado
    Literatura infantil e formação do leitor: em busca de uma subjetividade antirracista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-10) Russo, Araceli Simão Gimenes; Ferreira, Eliane Aparecida Galvão Ribeiro; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O presente estudo, a partir do aporte teórico da Estética da Recepção (JAUSS, 1994; ISER, 1996, 1999), refletiu sobre a formação de leitores no Ensino Fundamental I, mais especificamente, nos Anos Iniciais. Para tanto, utilizou-se o Método Criativo e o Método Recepcional, preconizados por Vera Teixeira Aguiar e Maria da Glória Bordini (1993), como propostas metodológicas. Esses métodos supõem uma relação do homem com o mundo, em que o alvo é a fruição estética associada à capacidade de criação artística. A atitude criativa se pauta por duas características; intuição e subjetividade, a primeira é a capacidade de aprender o mundo e a segunda é o predomínio do sujeito sobre o objeto. Para leitura e recepção, foram utilizadas obras dotadas de valor estético de literatura africana, afro-brasileira e de temática africana de potencial recepção infantil, que compõem os acervos do Programa Nacional Biblioteca na Escola – PNBE; do Programa Nacional do Livro Didático Literário – PNLD; e a Sala de Leitura da EMEF Etelvino Rodrigues Madureira, situada no município de Bauru, no Estado de São Paulo. Partiu-se do pressuposto de que a leitura dessas obras tinha potencialidades para promover a ampliação do horizonte de expectativa dos alunos participantes, bem como formá-los como leitor estético (ECO, 2003). Construiu-se a hipótese de que sua recepção, por assegurar o contato com a diversidade e a literariedade, poderia ampliar o repertório cultural dos alunos, seu imaginário e, em especial, promover uma educação antirracista.
  • ItemDissertação de mestrado
    Variação linguística: um desafio no ensino de língua materna
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-03) Paiva, Silvana da Costa de; Beccari, Alessandro Jocelito; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As questões de ensino e variação linguística tornam-se complexas pela dificuldade de lidar com elas em sala de aula. Diversos autores constatam que o ensino de língua materna ainda está alicerçado numa visão monológica que ignora a oralidade tão rica do aluno. Considerando tais questões, nosso objetivo nessa pesquisa é promover uma reflexão sobre a variação linguística na sala de aula, assim como a concepção que o professor tem de língua/linguagem e o que isso implica no ensino de língua materna. Nessa perspectiva, pretende-se desenvolver no aluno e aluna uma consciência linguística em sua própria realidade escolar, por meio da análise de material audiovisual e de textos, levando-o(a) a refletir sobre os fenômenos linguísticos e suas relações na apropriação do seu conhecimento. Levá-lo(a) a entender as questões das diferenças linguísticas, desenvolver o respeito a essas diversidades e ao mesmo tempo aprender a lidar com o preconceito linguístico arraigado em nossa sociedade que se arrasta de geração em geração. A pesquisa foi desenvolvida com alunos e alunas do 7º ano do ensino fundamental da escola pública Noêmia Kuester Pisani Gerulis, Distrito de Pederneiras, São Paulo. Este trabalho se desdobra a partir de estudos da Sociolinguística Educacional, pensada por Stella Maris Bortoni-Ricardo (2004), com respaldo teórico nos postulados da Linguística Aplicada, da Linguística de Texto, em documentos oficiais BNCC (1998), PCN (1997, 1998) em trabalhos como o de Antunes (2003, 2009), Bagno (1999, 2007, 2022), Basso e Gonçalves (2014), Bortoni-Ricardo (2004),Cagliari (1993), Castilho (2010, 2021), Faraco (2006, 2020, 2021), Fávero e Koch (2012), Geraldi (2011, 2012), Gomes (2009), Koch e Elias (2007, 2021), Marcuschi (2008), Passarelli (2012), Soares (2021), Souza-e-Silva e Koch (2011, 2012),Trask (2011), Travaglia (2009), entre outros e os pressupostos teóricos de Bakhtin (2011, 2016), Bakhtin/Volóchinov (2014).
  • ItemDissertação de mestrado
    Letramento literário nas séries iniciais: desafios pós-pandemia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-04) Felicetti, Regina de Fátima Marques; Carvalho, Kelly Cristiane Henschel Pobbe de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este trabalho trata da relevância da leitura literária para a formação do leitor das séries iniciais frente às dificuldades encontradas quanto ao ensino de literatura na escola, principalmente após o retorno das aulas presenciais em decorrência da pandemia causada pela COVID-19, mais precisamente nos anos de 2020 e 2021. Enquanto docente, percebo a grande necessidade em buscar estratégias frente à lacuna deixada na aprendizagem das crianças, após o período de ensino remoto. Objetivamos, assim, com este trabalho, promover o letramento literário através de metodologias e estratégias que auxiliem na motivação e prática leitora dos alunos, considerando a leitura como fator imprescindível para o desenvolvimento cognitivo e criativo do indivíduo, além de ampliar a visão e interpretação do aluno sobre o mundo, sobre si mesmo e sua atuação no contexto social. Para isso, propomos uma sequência básica de atividades, de acordo com os fundamentos do letramento literário de Rildo Cosson (2014), direcionada para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, propondo formas de tornar a leitura literária uma atividade mais prazerosa e significativa, de descoberta, de fruição e enriquecimento sociocultural, assim como a aquisição da escrita. Como aporte teórico, apoiamo-nos em Cosson (2014), Candido (2017), Todorov (2009), Kleiman (2005), Lajolo e Zilberman (2007), Soares (2005), Bordini e Aguiar (1988), Rojo (2009), entre outros que versam sobre a importância da literatura e do letramento literário. A partir deste estudo, foi possível observar a relevância do letramento literário nas séries iniciais, momento decisivo no processo do ensino-aprendizagem. Por fim, este trabalho apresenta uma proposta interventiva para sala de aula, uma sequência básica, observando os desafios apresentados na pós-pandemia, ressaltando a relevância da literatura e a formação do leitor. Palavras-chave: Leitura Literária. Letramento Literário. Formação do Leitor. Séries Iniciais.
  • ItemDissertação de mestrado
    Língua portuguesa na educação básica: a utilização de sequência didática e letramento na pandemia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-19) Burini, Giseli Carminati; Garcia, Daniela Nogueira de Moraes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este trabalho faz parte do Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras), desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (UNESP) e se propôs a aplicar uma sequência didática (SD) de letramento em sala de aula de uma turma do 6º ano do ensino fundamental. A pesquisa tem abordagem qualitativa, de cunho interventivo, fundamentada na pesquisa de campo. A pesquisa foi desenvolvida a partir da observação da pesquisadora, que identificou necessidades de melhorias na qualidade do ensino de língua portuguesa, assim como nas fragilidades no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, acentuadas após a suspensão das aulas presenciais, devido à pandemia da COVID-19. Sendo assim, com base nos estudos teórico-metodológicos de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), este trabalho busca adaptar a sequência didática de gêneros (SDG), criada por esses pesquisadores do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), focada no ensino da produção textual, para o ensino da leitura e escrita com base no gênero “conto”, direcionada para uma turma de 6º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, em aulas de Língua Portuguesa, a pesquisadora desenvolveu uma sequência didática com os alunos do 6º ano em momento de retomada do ensino presencial, no ano de 2021; fomentando letramentos a partir do gênero conto; buscando suporte nas tecnologias para leitura; elaborando atividades de leitura e escrita. Os dados foram coletados por meio de um questionário, do registro da aplicação da SD e das produções dos alunos. A análise possibilitou verificar a articulação entre o ensino da leitura e escrita com os princípios metodológicos que embasaram a pesquisa. Os resultados evidenciaram que o desenvolvimento de uma SD com bases teórico-metodológicas e objetivos bem definidos podem auxiliar o processo de ensino/aprendizagem por meio de práticas significativas e articular uma atmosfera significativa que contemple as demandas e desafios da sala de aula.
  • ItemDissertação de mestrado
    Letramentos na educação de jovens e adultos: ressignificando identidades
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-21) Procópio, Ana Paula Fernandes; Ramos, Karin Adriane Henschel Pobbe [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Brasil, sempre esteve vinculada a questões de luta e de resistência. Nesse contexto, trabalhar questões ligadas à Língua Portuguesa deveria estar alicerçado em uma perspectiva de linguagem mais ampla, entendida como prática social, cada vez mais exigida para a participação ativa na sociedade moderna. Acreditamos que, para muitos dos alunos de EJA, o ambiente escolar seja o único espaço para que essa prática se efetive com êxito e que seus resultados sejam colhidos também em outros setores sociais. Desse modo, o objetivo desta pesquisa é investigar as experiências de letramentos de alunos de EJA, a fim de compreender os processos de constituição de identidades, bem como a formação crítica, que os torna aptos a circular em diferentes esferas de atividade humana, como sujeitos de direitos, que produzem significados e atuam como agentes de transformação. Nesse sentido, o presente estudo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, a partir da tipologia do Estudo de Caso, o qual consistiu na investigação nas aulas de Língua Portuguesa, das representações pessoais, formativas e das vivências educativas em relação ao letramento de três alunos que frequentam uma sala de sétimo ano do Ensino Fundamental em uma escola municipal de Ourinhos-SP que oferta a EJA. Para tanto, utilizou-se como instrumentos de coleta de dados, 03 questionários com questões abertas e fechadas acerca da temática pesquisada. Desse modo, usou-se como procedimento de análise de dados a Análise de Conteúdo de Bardin (1977), a partir da elaboração de três eixos de discussão, sendo eles: (I) Perfil dos sujeitos pesquisados; (II) Sobre a EJA; (III) Entre histórias e memórias: representações dos alunos da EJA sobre a prática de leitura e escrita. Diante disso, verificou-se que grande parte dos sujeitos deixaram seus estudos por questões econômicas, tão logo voltaram à escola almejando melhores oportunidades de trabalho; a maioria também concebe a EJA como uma oportunidade de estudar, e como meio de aprender a ler e escrever melhor, por isso acreditam que as aulas de Língua Portuguesa devem basear-se mais na decodificação mecânica dos signos. Sendo assim, faz-se necessário uma melhora formativa dos docentes que trabalham com alunos de EJA, de modo que articulem, dialeticamente, a escrita e a leitura e levem seus alunos a conceber a linguagem como via de ressignificação e transformação crítica e social.
  • ItemDissertação de mestrado
    Aprendizagem baseada em projetos: relacionando práticas para os Multiletramentos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-10) Faccioli, Aline de Almeida Porto; Messias, Rozana Aparecida Lopes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Considerando os impactos da internet nas formas de comunicação e no uso das linguagens, é inerente à escola uma reflexão sobre o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação na sala de aula. Assim, essa dissertação apresenta práticas que buscam colaborar para que o ensino não fique indiferente à multiplicidade de linguagens no mundo tecnológico, e que evidenciam as vivências e experiências dos alunos como ponto de partida para a construção do conhecimento. Objetivamos, nessa pesquisa, elaborar um projeto didático pautado nas concepções teóricos-metodológicas da Aprendizagem Baseada em Projetos, trazidas, principalmente, por Bacich e Moran (2018), utilizando as TDIC e, ainda, criar um produto final com tema de interesse e escolha dos alunos, baseados nos princípios do multiletramentos, com destaque às proposições de Roxane Rojo (2015, 2018, 2019). Para isso, contamos com a participação de alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais, de uma escola pública do município de Martinópolis, SP; utilizando a abordagem qualitativa de pesquisa, estudo de caso, caracterizada pela obtenção de dados descritivos, a partir do contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatizando mais o processo do que o produto; e preocupando-se em retratar a perspectiva dos participantes. O projeto didático considerou a possibilidade de ampliação de conhecimentos, formação do aluno como leitor e produtor crítico e reflexivo, letrado digitalmente, capaz de desenvolver as habilidades e competências propostas pela BNCC. Foi possível observar que os discentes se motivam facilmente com atividades relacionadas a web e sentem-se integrados. A proposta de deixá-los escolher a maneira como significariam e transmitiriam todo o conhecimento construído, deu a eles a autonomia para elencarem o jogo digital como mídia multimodal, que é de fácil acesso, sem custo, além de fazer parte do cotidiano dos alunos. Essa ferramenta trabalhou o desenvolvimento da autonomia, das habilidades de tomar decisões, pensamento estratégico, e domínio de diferentes semioses. Como resultado, os alunos desenvolveram um jogo digital com a temática do bullying na escola. Contudo, até chegarem à produção do game, eles vivenciaram novas práticas de "letramento", como entrevistas, rodas de conversas, comentários e opiniões por escrito, descrições, manuseio do Google Forms, e outras ferramentas webs, como a plataforma utilizada para a elaboração do jogo. Desta forma, considerando as práticas de multiletramentos, essa pesquisa conseguiu promover a utilização das TDIC de maneira funcional e crítica; criando um jogo digital, e desenvolvendo novas práticas e leituras multimodais.
  • ItemDissertação de mestrado
    Mulheres na vida, na arte, nas ciências e na educação: protótipo de ensino para trabalho com feminismos nas aulas de língua portuguesa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-27) SOUZA, Douglas Neris; Paula, Luciane de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta pesquisa, desenvolvida dentro do Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras-UNESP) e com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES), busca alinhar o trabalho com gêneros do discurso (BAKHTIN, 2010a; 2010b; 2016; BAKHTIN e VOLÓCHINOV, 1995; MEDVÍEDEV, 2012; VOLÓCHINOV, 2013, 2017) no ensino de língua portuguesa à pedagogia dos multiletramentos (ROJO, 2013) e à elaboração e análise de um protótipo de ensino (ROJO, 2012, 2013; 2017) destinado aos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental de duas escolas públicas do interior do estado de São Paulo. O protótipo de ensino aborda a presença das multissemioses no ensino de língua portuguesa, com enunciados (obras) de e sobre Frida Kahlo, pintora mexicana expoente do feminismo e do surrealismo-mágico na América Latina, em aproximação ao expoente brasileiro da pintura do mesmo período, Tarsila do Amaral. Os enunciados de Tarsila do Amaral – “A Negra” (1923), “Maternidade” (1932) e “Operários” (1933) e de Frida Kahlo – “Umas facadinhas de nada” (1935), “Mi Nana y Yo” (1937), “As duas Fridas” (1939) e “O veado ferido” (1946), são compreendidos em diálogo com outros enunciados na construção e compreensão de pressupostos dos feminismos, e têm a finalidade de abordar os diferentes processos de constituição das identidades sociais feitas dentro e fora do espaço escolar. Condicionado a isso, conceitos-chave advindos da teoria de Bakhtin e seu Círculo alicerçam a análise verbivocovisual (PAULA, 2017a; PAULA; SERNI, 2017; PAULA; LUCIANO, 2020a; 2020b; 2020c; 2020d) na compreensão dos enunciados como um todo e que engendram discursos dentro e fora da sala de aula. Diante de medidas protetivas que suspenderam as aulas presenciais no ano de 2020, a proposta de intervenção foi adequada a uma pesquisa teórica e à proposição de um protótipo de ensino, pensado ao professor, com a intenção de aproximar o ensino de língua portuguesa a temas feministas. O resultado da pesquisa é um material didático digital interativo (PDF-navegável) (ROJO, 2012), constituído de vários protótipos de ensino (ROJO, 2012; 2013; 2017), intitulado As asas que eu quero! A proposta objetiva discutir e refletir a formação das identidades de gênero a partir do cotejo entre vida, arte e ciência. Como protótipo é digital, o material é adaptado às tecnologias e ao uso das multimodalidades. O material didático digital As asas que eu quero! é uma via à discussão das diferenças e identidades sociais em sala de aula, buscando práticas transformadoras que visem à pedagogia dos multiletramentos.
  • ItemDissertação de mestrado
    O processo de escrita, revisão e reescrita e as questões das escolhas linguísticas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-25) Bernardo, Karina Cristine; Binato, Cláudia Valéria Penavel; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O ensino da escrita vem sendo alvo de estudos e pesquisas tanto de estudantes quanto de pesquisadores renomados na área da linguagem, nas mais variadas instituições educacionais, e põe em evidência os desafios que surgem, durante as aulas de produção textual, seja no planejamento de atividades de escrita, seja no modo de correção e intervenção realizadas pelo professor. Referente a essa questão, o presente trabalho se ocupou da pesquisa sobre escrita, revisão e reescrita como processo de aperfeiçoamento da modalidade escrita. Ao considerar que a escola precisa de estratégias que dinamizem as atividades de correção textual, o estudo recorreu à Concepção Dialógica, apresentada por Bakhtin (2006), que defende a linguagem como interação, e centrou-se na escrita como um trabalho que abrange: proposta bem elaborada, objetivo claro, interlocutor real, planejamento, revisão e reescrita. A proposição apresentada buscou exemplificar como a reescrita pode ser desenvolvida a fim de tornar o ato de correção textual ágil e assertivo, principalmente no que diz respeito à capacidade redacional do sujeito, enquanto autor de seu discurso. O objetivo deste projeto seria analisar que contribuição as atividades de reescrita textual podem dar para a evolução do aluno do Ensino Fundamental II, mediante progressiva aquisição da prática de escrever, revisar e reescrever, estando ele atento às questões linguísticas, na produção textual do gênero Comentário. Este trabalho seria realizado com alunos da Escola Estadual “Professora Matilde Vieira”, localizada no município de Avaré /SP, pertencente à Diretoria de Ensino dessa cidade, e tem por base teórica os trabalhos de SERAFINI (1984), GERALDI (1997), MENEGASSI (1998), RUIZ (1998), ANTUNES (2003), POSSENTI (2005) e PASSARELLI (2012), dando ênfase à mediação do professor na correção textual interativa, por meio da “contrapalavra”, durante as atividades de revisão e reescrita, bem como ao caráter dialógico da relação entre o sujeito-autor e o professor-revisor, interlocutores desse processo. No entanto, devido à pandemia e ao contexto atual em que se encontram as atividades escolares desde março de 2020, o Conselho Gestor do Programa Profletras considerou o distanciamento social necessário para o enfrentamento da Covid 19, causadora da crise sanitária que impediu a realização das atividades presenciais de intervenção didática. Assim, como resultado desta pesquisa foi elaborado um caderno pedagógico, com um roteiro detalhado de atividades de escrita, revisão e reescrita, que deverá servir de elo entre a teoria estudada e a prática da sala de aula.
  • ItemDissertação de mestrado
    A inclusão de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) nos anos iniciais do ensino fundamental I: possibilidades e práticas para aprendizagem da linguagem oral e escrita
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-23) Omena, Leise Cecília de; Binato, Cláudia Valéria Penavel; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A literatura científica aponta a linguagem funcional como essencial para o desenvolvimento de habilidades pertencentes ao currículo formal, em razão de ser ela, como pretendemos demonstrar, um dos fatores que facilita a participação ativa dos sujeitos em sociedade. Durante este trabalho, constatamos que alunos, dentro do diagnóstico do espectro autista, têm muita dificuldade em relação à linguagem funcional, uma vez que eles apresentam atraso na fala ou resistência/relutância em falar ou, até mesmo, linguagem oral não-desenvolvida em momentos de interação. Dessa forma, na presente pesquisa, buscamos não somente observar o comportamento comunicativo de um aluno com características autísticas, mas também, identificadas suas habilidades pré-adquiridas, mediar situações de aprendizagem que o estimulassem em um grupo com vinte e quatro alunos, em uma sala de ensino regular. Antes de tudo, verificamos as condições arquitetônicas da escola, pois a acessibilidade era muito importante para que, tanto esse aluno como sua família, se sentissem apoiados e seguros; além disso, foi importante conhecer a opinião dos pais dos demais alunos sobre inclusão para depois, então, construir um plano de ação cujo propósito era estimular o desenvolvimento e a progressão de habilidades do grupo, uma vez que todos estavam em processo de alfabetização. A pesquisa teve início em 2019 com alunos na idade entre seis e sete anos, regularmente matriculados no primeiro ano do ensino fundamental I, e teve continuidade no início de 2020, quando esses mesmos alunos já haviam avançado para o segundo ano do ensino fundamental I. Porém, em março do mesmo ano, as aulas foram interrompidas em sua forma presencial devido à pandemia da COVID-19. Infelizmente, a interação entre os alunos foi muito prejudicada. No entanto, podemos afirmar que, mesmo diante dos muitos obstáculos, desenvolvemos as atividades programadas, pois contamos com a valiosa ajuda dos pais que nos apoiaram em todas as etapas da pesquisa. No ano de 2019, observamos atenta e constantemente a sala, construímos um plano de ensino individual para o aluno com TEA, confeccionamos para ele materiais adaptados com imagens e favorecemos momentos de interação com o grupo. Pretendemos ainda demonstrar a importância da inclusão, considerada não apenas para que a lei seja cumprida no ambiente escolar, mas também para que os sujeitos respeitem as diferenças, contribuindo para que haja evolução no processo de aprendizagem de todos os envolvidos. O professor deve mediar tais interações e fazer as adaptações necessárias nas intervenções pedagógicas. Ressaltamos que, no currículo escolar, existem diversos campos a serem trabalhados. Contudo, como este trabalho está vinculado ao Mestrado PROFLETRAS, cujos objetivos se referem à investigação no campo das linguagens, restringimo-nos a apresentar ações que contribuíram para o desenvolvimento das linguagens oral e escrita.
  • ItemDissertação de mestrado
    Intercâmbios pedagógicos entre escola e sociedade: multiletramentos em cena
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-11) Milesk, Josiani Kely; Paula, Luciane de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O presente estudo objetivou refletir acerca de práticas discursivas multimidiáticas vivenciadas e situadas no contexto escolar do cronotopo pandêmico. Nossa proposta se centra na análise de discursos presentes em poemas-slams e nos gêneros digitais multimodais post e vídeo-minuto que orbitaram a cena das aulas síncronas e assíncronas de modo periférico. As produções são pensadas e realizadas junto a uma turma mista de estudantes dos 8º e 9º anos de uma escola pública de Marília/SP, inseridos no evento “aula remota”. A partir da temática contemporânea transversal do racismo/antirracismo – eleita pelos sujeitos da pesquisa – propõe-se a elaboração de projetos de dizer nestes diferentes gêneros e materialidades. Intencionamos, com essa discussão, provocar a ampliação da consciência racial, o posicionamento antirracista, a constituição de sujeitos críticos e humanizados, assim como, o desenvolvimento de competências linguístico-discursivas requeridas na contemporaneidade. Ademais, por meio de intercâmbios pedagógicos realizados com estudantes e pessoas de outros solos sociais, os alunos-sujeitos tiveram um contato vivo com a língua/linguagem – em interação no espaço virtual –, experenciando uma aprendizagem de cunho dialógico, mediada pelas novas tecnologias e mídias. Para isso baseamo-nos na pedagogia dos multiletramentos (ROJO, 2012, 2013, 2015, 2019), na teoria dos letramentos multimidiáticos (LEMKE, 2010) e na concepção de linguagem, sujeito, ideologia, enunciado e gêneros discursivos do Círculo de Bakhtin (2011). As incursões analíticas engendram-se sob as categorias de: alteridade, exotopia, cronotopia e dialogia, orientadas pelo caráter dialético-dialógico e o cotejo, uma vez que consideram os enunciados construídos em constante relação com outros discursos, importando o jogo e a interação na produção de sentidos. Defendemos que a escola e suas práticas não devem ignorar a realidade dos sujeitos que a compõe, tampouco os impactos causados por fenômenos locais, regionais ou globais, seja na seleção de suas abordagens temáticas, conteudísticas, ou em sua conduta didático-pedagógica, moldadas por tais efeitos. Os resultados alcançados denotam o alargamento de consciências e saberes concernentes às linguagens da hipermodernidade em convívio multicultural, assim como, a desconstrução de preconceitos sobre a poética marginal-periférica e seus principais atores. Arquitetamos, por fim, um protótipo de ensino no qual nossas ações e movimentos pedagógicos foram explicitados, que servirá de inspiração para outros docentes.
  • ItemDissertação de mestrado
    Letramento literário em uma sala inclusiva: uma proposta de trabalho com o gênero conto
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-05-07) Fabris, Gabriela Miranda Lima; Longo, Giovanna [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A inclusão escolar de pessoas com deficiência vem acontecendo ao longo das últimas décadas no Brasil. Por isso, as escolas regulares têm recebido alunos com diversas deficiências e precisam adequar-se e engajar-se na construção de uma educação realmente inclusiva. Trazemos, neste trabalho, a inquietação sobre os caminhos da leitura literária no Ensino Fundamental II, sobre o letramento literário do aluno cego e a importância do braille nesse processo, buscando desencadear reflexões que nos guiem a um processo de inclusão que se faça de forma digna, atendendo a demanda legal, social e humana que a questão envolve. Tendo em vista tal demanda, o presente trabalho tem como objetivo a promoção do letramento literário em uma sala de aula regular de nono ano em uma escola municipalizada, em Lucélia-SP, da qual faz parte um aluno cego. Para tanto, elaborou-se uma sequência expandida (COSSON, 2018) com enfoque nos pressupostos da Leitura Subjetiva (ROUXEL; LANGLADE; REZENDE, 2013) e utilização de Diários do Leitor. A sequência expandida é composta por sete etapas que conduzem a leitura de uma obra literária: motivação, introdução, leitura, primeira interpretação, contextualização, segunda interpretação e expansão (COSSON, 2018), e foi proposta para a leitura do conto “Um cinturão” (1947), de Graciliano Ramos. Dentre o referencial teórico no qual este trabalho se embasou destacam-se Soares (2001, 2004) e Rojo (2017), nas questões sobre letramento, e, também, Zilberman (2008), Cosson (2018, 2019), Candido (2017) e Rouxel, Langlade e Rezende (2013), no que diz respeito à formação do leitor literário e à importância da literatura na escola. A pesquisa que deu origem a esta dissertação é qualitativa de natureza aplicada, sendo definida como pesquisa-ação quanto aos procedimentos (GIL, 2008; THIOLLENT, 1986). Os resultados desta pesquisa mostram que o uso do braille precisa ser incentivado na sala de aula regular, transformando-se em rotina de forma a combater o processo de desbrailização (GEHM; SILVA, 2017) que se encontra em curso na sociedade, sendo a literatura um caminho eficaz para tal inclusão, beneficiando todos os alunos para além dos aspectos relacionados à melhora da escrita e leitura, em razão de seu potencial humanizador.
  • ItemDissertação de mestrado
    O podcast nas aulas de Língua Portuguesa: práticas de multiletramento na escola
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-03-22) Cardoso, Gabriela Pedroso; Garcia, Daniela Nogueira de Moraes [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Pensar a sociedade atual sem as tecnologias parece inviável, principalmente em um momento histórico em que as interações presenciais estão cada vez mais difíceis e, em contrapartida, as relações virtuais vêm crescendo exponencialmente. Num contexto educacional em que as TDICs têm sido essenciais para o processo de ensino e aprendizagem, este trabalho busca compartilhar as experiências e os resultados de uma pesquisa cujo foco é o desenvolvimento de práticas de multiletramento, a partir do uso do podcast como ferramenta de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental – anos finais. Justifica-se a relevância da pesquisa considerando a possibilidade de ampliação de conhecimentos, formação do aluno como cidadão crítico e re- flexivo e o letramento digital, além das expectativas de aprendizagem e habilidades previstas pela BNCC (2017). Alguns estudos que oferecem suporte teórico à pesquisa são os do multiletramento, propostos por Rojo (2015; 2019), Kleiman (2014) e Soares (2001), assim como algumas pesquisas que atestam os benefícios educacionais do podcast, como em Freire,E. (2013) e Bottentuit Jr (2007, 2019). A pesquisa, de cunho qualitativo, realiza-se por meio do método da pesquisa-ação, a qual é pertinente ao contexto da sala de aula, colaborando para o desenvolvimento do professor-pesquisador. Os resultados da pesquisa confirmaram as expectativas de que o podcast é uma ferramenta com grande potencial educacional.
  • ItemDissertação de mestrado
    Alfabetização e letramento no 5º Ano do Ensino Fundamental: problemas de aprendizagem e proposta de intervenção
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-23) Leite, Leandro Butier; Carvalho, Kelly Cristiane Henschel Pobbe de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    No Brasil, ao longo da história, o fracasso perante os processos de alfabetização e letramento evocam problemas relacionados a uma escola que parece não ser eficiente no ensino da língua materna, fato que implica uma troca recorrente de paradigmas teóricos para se estabelecer uma mudança no cenário educacional brasileiro, mesmo sem o consenso de especialistas no assunto. Tendo isso em vista, procuramos, nesta pesquisa, desenvolvida no âmbito do ProfLetras, responder a seguinte questão: como compreender melhor o processo de alfabetização buscando refletir sobre formas de interferir no trabalho pedagógico de modo mais consciente, responsável e incisivo, apoiados em referenciais teóricos, considerando como diferencial, o período que compreende a etapa final dos anos iniciais do Ensino Fundamental? Dessa forma, o estudo recorre à teoria da “Psicogênese da escrita”, exposta por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1985), aos trabalhos mais recentes de Magda Soares (2004, 2016), e à perspectiva da teoria Fonológica (ADAMS, 2004 e MORAIS, 2012, 2019). A pesquisa teve como objetivo, mais especificamente, diagnosticar e analisar o processo de aprendizagem da escrita, por alunos que não foram alfabetizados, ou plenamente alfabetizados, e já cursam o 5º ano do Ensino Fundamental. Para tanto, foram elaboradas sondagens diagnósticas iniciais de modo a revelar a realidade de alunos de um contexto específico, oriundos de uma escola municipal da cidade de Porto Feliz (SP). Mediante os resultados analisados, foi apresentada uma proposta de intervenção (DAMIANI, 2012), embasada na pesquisa de Morais (2012, 2019) e Soares (2016, 2020), buscando entrelaçar a perspectiva psicogenética com a fonológica e observando pressupostos de uma vertente sociocognitivista. Desta forma, adotamos a abordagem metodológica quanti-qualitativa observando a proposta conceitual da pesquisa do tipo intervenção (DAMIANI, 2012) para delinear este trabalho. A partir deste estudo, foi possível observar a relevância de práticas dialógicas que possam promover reflexões sobre a parte fonológica da língua e como tais reflexões são importantes no processo de alfabetização. Por fim, este trabalho apresenta uma proposta interventiva para sala de aula observando os problemas linguísticos levantados durante a pesquisa, sem deixar de destacar o letramento ressaltando a perspectiva social interativa.
  • ItemDissertação de mestrado
    O letramento literário por intermédio da leitura de Filosofias de Vó Maria: crônicas de um cotidiano caboclo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-10) Andrade, Geisa Alexandreli Borges de; Criscuolo, Ana Carolina Sperança; Ferreira, Eliane Aparecida Galvão Ribeiro; Souza, Aline Pereira de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Este trabalho traz uma proposta de atividades que têm, como objetivo, despertar nos alunos do Ensino Fundamental II o prazer pela leitura de textos literários. Surgiu da necessidade de promover experiências significativas de ensino-aprendizagem da Literatura, o que se denomina letramento literário. A motivação se deu no 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública estadual, situada na cidade de Iepê — SP, onde já atuamos como professora. Em nossa proposta, a partir da leitura de uma obra local, trabalhamos com textos literários e, por meio deles, ativamos o diálogo com a história do município. Nossa pesquisa fundamenta-se, principalmente, em Antonio Candido (1972; 1992; 2003; 2017), no que se refere ao estudo da literatura e à análise do gênero textual crônica, e, em Rildo Cosson (2018), no tocante ao conceito de letramento literário e aporte à proposta de intervenção pedagógica. Também nos ancoramos, para a fundamentação bibliográfica desse trabalho e discussão dos temas letramento literário, leitura literária e gênero textual crônica, em Lajolo (1993), Lerner (2002), Sá (1987), Costa (2020), Arrigucci Jr. (2001), entre outros. A proposta foi elaborada a partir de uma sequência de atividades que priorizam a prática de leitura e a interpretação de textos literários, de acordo com os fundamentos do letramento literário de Cosson (2018), tendo por base o livro Filosofias de Vó Maria: Crônicas de um Cotidiano Caboclo, de Nê Sant´Anna (2017), autora iepense que, a partir de sua memória afetiva, resgatou, por meio de crônicas, as histórias que ouviu no meio em que cresceu, sobre sua avó, a qual não conheceu.
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    Práticas de oralidade: o gênero debate e a argumentação através das fábulas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-01-27) Moraes, Rosemeire Lozano; Criscuolo, Ana Carolina Sperança; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O ensino da língua em sua modalidade oral tem sido compreendido, em algumas abordagens, como livre expressão, discussão, troca de opinião, ou oralização de textos escritos. Desenvolver a oralidade é uma das habilidades que se espera nos primeiros anos de escolaridade, no entanto, no ensino fundamental, o estudo sistematizado da modalidade oral ainda é uma prática muito pouco oportunizada. Nesse sentido, objetivamos investigar a importância de se abordar os gêneros orais argumentativos em sala de aula, especificamente o debate de opinião, gênero que tem por finalidade discutir uma questão controversa entre interlocutores, para o desenvolvimento do domínio da oralidade e ampliação da capacidade argumentativa. Esta pesquisa justifica-se pelo fato de a argumentação ser um processo cognitivo e social que fomenta a construção de conhecimentos e instaura processos discursivos através da linguagem humana. Busca-se discutir, especificamente, a importância do trabalho com a oralidade em sala de aula, tendo como ancoragem teórica Marcuschi (2003; 2005; 2007; 2008; 2010), Schneuwly e Dolz (2011), Bakhtin (2000) Ribeiro (2009) e Castilho (1990), entre outros. Como proposta de intervenção, utilizaremos o modelo de sequência didática apresentado por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2011), com o propósito de ajudar o aluno a dominar melhor o gênero oral debate, permitindo-lhe falar de maneira adequada numa dada situação de comunicação. Espera-se que essa proposta possa contribuir para o desenvolvimento das habilidades e competências relacionadas à oralidade e à argumentação.
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    A formação do leitor em âmbito escolar: análise e recepção de contos de Marina Colasanti
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-01-13) Lino, Joelma de Oliveira; Ferreira, Eliane Aparecida Galvão Ribeiro; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta pesquisa foi motivada pelas inquietações que os desafios da prática em sala de aula do Ensino Fundamental I deflagaram. Os questionamentos suscitaram a reflexão sobre a formação do leitor estético ou crítico. O problema da pesquisa que direcionou a investigação foi a seguinte questão: como favorecer a formação desse leitor (ECO, 2003) em âmbito escolar? Diante de tal questionamento, o presente estudo foi norteado pelo objetivo de formar leitores críticos, por meio da recepção dos contos que compõem a obra Uma ideia toda azul (2006), de Marina Colasanti. À vista disso, apresentamos uma proposta de recepção da obra colasantiana, com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I, pautada no Método Recepcional preconizado por Vera Teixeira de Aguiar e Maria da Glória Bordini (1993). Construímos a hipótese de que esse Método (BORDINI; AGUIAR, 1993) favorece a formação do leitor crítico. A partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção (JAUSS, 1994) e do Efeito (ISER, 1996 e 1999), este trabalho analisa os dez contos que constituem a obra de Colasanti (2006), visando a refletir sobre a comunicabilidade que essas narrativas estabelecem com seu leitor implícito de maneira a favorecer a formação do leitor crítico e a ampliação de seu horizonte de expectativas. Os contos colasantianos tratam de temas como: a busca pela própria identidade, o conceito de felicidade, a solidão, o consumismo exacerbado, entre outros, por meio de uma linguagem com sonoridade poética dotada de valor estético e discurso emancipatório. Por serem ambientados em lugares imaginários como castelos, bosques e reinos distantes, possuírem viés crítico e dialogarem com os contos de fadas, possuem apelo para cativar o jovem leitor em formação e levá-lo à reflexão sobre as relações humanas em sociedade.
  • ItemDissertação de mestrado
    Constituição de identidades e novas perspectivas de vida: protótipo para o trabalho com memes nas aulas de língua portuguesa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-11-05) Pitta, Francieli Major [UNESP]; Carvalho, Kelly Cristiane Henschel Pobbe de; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O presente trabalho, desenvolvido no âmbito do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS-UNESP), elaborou um protótipo de ensino (ROJO, 2017) para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior do estado de São Paulo com o objetivo de formular uma proposta de trabalho com o meme na perspectiva do gênero discursivo, baseada na teoria de Bakhtin (2010a). Essa proposta foi elaborada sob a temática da igualdade de gêneros entre homens e mulheres, bem como o papel mulher em nossa sociedade, de modo a contribuir para instaurar, junto aos alunos, processos de reflexão e promover a constituição de sujeitos mais conscientes de sua posição no mundo e com novas perspectivas de vida, que não se limitem apenas ao trabalho braçal e ao casamento, haja vista a realidade local. Para tanto, este estudo pretendeu ser de natureza interventiva, seguindo os critérios e princípios da pesquisa-ação elaborados por Thiollent (2011), entretanto, devido ao contexto pandêmico vivenciado histórica e mundialmente por causa Novo Coronavírus, o COVID-19, as aulas presenciais, no ano de 2020, foram suspensas como medida de segurança, o que impossibilitou a intervenção. Dessa forma, este trabalho configurou-se como pesquisa teórica com proposta de trabalho que fundamentou-se nos estudos dos letramentos e novos multiletramentos estabelecidos por Kleiman (1995) e Rojo (2012), os quais permeiam os documentos oficiais da rede de educação, sendo eles os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997), as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013), o Plano Nacional da Educação (PNE, 2014) e os documentos pautados nestas leis: o Currículo Paulista do Ensino Fundamental (2019) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017). Embora não tenha sido possível a intervenção, esta pesquisa resultou na elaboração de um protótipo de ensino dentro dos parâmetros instaurados por Rojo (2017) intitulado “Quem sou eu, quem é o outro?” que tem por finalidade discutir e refletir sobre o papel social da mulher e as violências pelas quais sofre. Além disso, o desenvolvimento da pesquisa impactou indubitavelmente minha formação docente. Em outras palavras, esta pesquisa devolveu à sala de aula uma profissional mais comprometida e consciente de seu fazer docente; uma profissional alinhada às teorias que fundamentam e legitimam o trabalho em sala de aula e atenta às necessidades dos alunos.