Pequeno como um dinossauro: microconto, um gênero autônomo

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-01-19

Autores

de Souza, Vanderlei

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O presente estudo tem como objetivo demonstrar que composições literárias narrativas extremamente breves, ou seja, de até três linhas ou cinquenta palavras, aproximadamente, as quais chamamos, dentre outras denominações, microconto, não devem ser consideradas subgênero do conto literário, ainda que possam compartilhar de muitas de suas características. É, portanto, justo afirmar que o microconto hiperbreve deve ser reconhecido como um gênero discursivo e literário autônomo. Na esfera da Literatura, mais especificamente no estudo das micronarrativas, o assunto ocupa lugar de destaque e é alvo de constante reflexão e debate. Para sustentar nossa tese, buscamos, primeiramente, conhecer o objeto de estudo, suas origens, trajetória histórica, principais autores e textos, além de nos apropriarmos de sua estrutura linguístico/discursiva. A partir desse conhecimento, passamos a delimitar ainda mais o objeto no que tange a sua extensão para então selecionar o córpus que se compõe de obras extraídas da antologia Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004), do livro Linha única (Carrascoza, 2016), do estudo de Lagmanovich (2006), La extrema brevedad: microrrelatos de una y dos líneas e de sites da internet, principalmente o minicontos.com.br. Como categorias de análise estabelecemos as mesmas selecionadas por um dos principais detratores da tese que ora defendemos, David Roas (2006): traços formais, temáticos, discursivos e pragmáticos. Na verdade, categorias adaptadas do conceito de gênero de Bakhtin (2016) que pressupôs forma composicional, conteúdo temático e estilo, como bases da estrutura de qualquer gênero. O aparato teórico utilizado engloba concepções advindas de áreas como Teoria da recepção, Análise de Discurso, Linguística textual, Teoria Literária e Leitura Subjetiva.
El presente estudio tiene como objetivo demostrar que las composiciones literarias narrativas extremadamente breves, es decir, de hasta tres líneas o cincuenta palabras, aproximadamente, que llamamos, entre otras denominaciones, microrrelatos, no deben ser consideradas subgénero del relato literario, aunque puedan compartir muchas de sus características. Por lo tanto, es justo decir que el microrrelato hiperbreve debe ser reconocido como un género discursivo y literario autónomo. En el campo de la Literatura, más concretamente en el estudio de las micronarrativas, el tema ocupa un lugar destacado y es objeto de constante reflexión y debate. Para sostener nuestra tesis buscamos, en primer lugar, conocer el objeto de estudio, sus orígenes, trayectoria histórica, principales autores y textos, además de apropiarnos de su estructura lingüística/discursiva. A partir de este conocimiento, comenzamos a delimitar aún más el objeto en cuanto a su extensión, para luego seleccionar el corpus que está compuesto por obras extraídas de la antología Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004), del libro Linha Única (Carrascoza, 2016), del estudio de Lagmanovich (2006), La extrema brevedad: microrrelatos de una y dos lineas y sitios de internet, principalmente microcontos.com.br. Como categorías de análisis, establecimos las mismas categorías seleccionadas por uno de los principales detractores de la tesis que ahora defendemos, David Roas (2006): rasgos formales, temáticos, discursivos y pragmáticos. De hecho, categorías adaptadas del concepto de género de Bakhtin (2016) que presupuso forma compositiva, contenido temático y estilo, como bases de la estructura de cualquier género. El aparato teórico utilizado engloba conceptos de áreas como Teoría de la Recepción, Análisis del Discurso, Lingüística Textual, Teoría Literaria y Lectura Subjetiva.
This study aims to demonstrate that extremely brief narrative literary compositions, that is, of up to three lines or approximately fifty words, which we call, among other denominations, sudden fiction, should not be considered subgenre of the short stories, even though they may share many of its characteristics. It is therefore fair to say that the hyperbrief narratives should be recognized as an autonomous discursive and literary genre. In the field of Literature, more specifically in the study of micronarratives, the subject occupies a prominent place and is the subject of constant reflection and debate. To support our thesis, we seek, first, to know the object of study, its origins, historical trajectory, main authors and texts, in addition to appropriating its linguistic/discursive structure. Based on this knowledge, we began to further delimit the object in terms of its extension, then select the corpus that is composed of works extracted from the anthology Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004), from the book Linha Única (Carrascoza, 2016), from the study by Lagmanovich (2006), La extrema brevedad: microrrelatos de una y dos lineas and internet sites, mainly microcontos.com.br. As analysis categories, we established the same categories selected by one of the main detractors of the thesis that we now defend, David Roas (2006): formal, thematic, discursive and pragmatic traits. In fact, categories adapted from Bakhtin's (2016) concept of genre that presupposed compositional form, thematic content and style, as bases of the structure of any genre. The theoretical apparatus used encompasses concepts from areas such as Reception Theory, Discourse Analysis, Textual Linguistics, Literary Theory and Subjective Reading.

Descrição

Palavras-chave

Microconto, Gênero literário, Gênero discursivo, Teoria literária, Microrrelato, Género literario, Género discursivo, Teoría literaria, Sudden fiction, Literary genre, Discursive genre, Literary theory

Como citar