O habitar na reabilitação psicossocial: análise entre dois Serviços Residenciais Terapêuticos

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Data

2021-03-31

Autores

Acebal, Júlia Souza [UNESP]
Barbosa, Guilherme Correa [UNESP]
Domingos, Thiago Da Silva
Bocchi, Silvia Cristina Mangini [UNESP]
Paiva, Aline Tieme Uemura [UNESP]

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Editor

Centro Brasileiro de Estudos de Saúde

Resumo

Buscou-se analisar a interlocução das condições e das necessidades de moradia dos usuários em sofrimento psíquico grave dos Serviços Residenciais Terapêuticos em relação à inserção social e à autonomia. Pesquisa transversal realizada com 74 moradores dos Serviços Residenciais Terapêuticos de um município do interior do estado de São Paulo. Foi aplicado Instrumento para Estudos das Condições de Moradias de Portadores de Transtorno Mental Grave. O tratamento dos dados ocorreu por meio do programa Statistical Package Social Sciences, utilizando medidas descritivas e análise estatística com o teste qui-quadrado, considerando Intervalo de Confiança de 95% e p-valor<0,05. Entre os participantes, predominaram: sexo feminino, cor branca, não alfabetizado, sem parceiros e sem vínculo empregatício, morando mais que dois anos no serviço residencial e, em média, há 38 anos em tratamento psiquiátrico. Identificaram-se diferenças entre os serviços residenciais em relação à inserção social e à autonomia dos usuários e se discute a influência da localização geográfica desses serviços. A centralidade das residências terapêuticas à rede de saúde implica a promoção de inserção, autonomia e satisfação dos usuários em sofrimento psíquico grave. Assim, a fragilidade do habitar compromete a efetivação da reabilitação psicossocial compreendida no tripé: trabalho, rede social e moradia.

Descrição

Palavras-chave

Desinstitucionalização, Saúde mental, Serviços de saúde mental, Pesquisa sobre serviços de saúde, Habitação

Como citar

Saúde em Debate. Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, v. 44, n. 127, p. 1120-1133, 2021.