Perfil do nível de atividade física na vida diária de pacientes portadores de DPOC no Brasil

Imagem de Miniatura

Data

2009-10

Autores

Hernandes, Nidia Aparecida
Teixeira, Denilson De Castro
Probst, Vanessa Suziane
Brunetto, Antonio Fernando
Ramos, Ercy Mara Cipulo [UNESP]
Pitta, Fábio

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Resumo

OBJETIVO: Avaliar as características de atividades físicas na vida diária de pacientes portadores de DPOC no Brasil e sua relação com diferentes variáveis fisiológicas. MÉTODOS: Foram avaliados 40 pacientes portadores de DPOC (18 homens; 66 ± 8 anos; VEF1 = 46 ± 16 % predito; índice de massa corpórea = 27 ± 6 kg/m²) e 30 idosos saudáveis pareados por gênero e idade quanto às atividades físicas na vida diária, utilizando-se um acelerômetro multiaxial por 12 h/dia durante dois dias consecutivos. Foram ainda avaliados as capacidades máxima e funcional de exercício através do teste incremental máximo e do teste de caminhada de seis minutos (TC6), respectivamente; PImáx e PEmáx; força muscular periférica através dos testes de uma repetição máxima e de força de preensão manual; qualidade de vida através de Saint George's Respiratory Questionnaire (SGRQ); estado funcional através do questionário London Chest Activity of Daily Living; e sensação de dispneia através da escala do Medical Research Council (MRC). RESULTADOS: Os pacientes portadores de DPOC apresentaram menor tempo de caminhada/dia quando comparados aos idosos saudáveis (55 ± 33 vs. 80 ± 28 min/dia; p = 0,001) e menor intensidade de movimento (1,9 ± 0,4 vs. 2,3 ± 0,6 m/s²; p = 0,004). Os pacientes com DPOC também tenderam a passar mais tempo sentados (294 ± 114 vs. 246 ± 122 min/dia; p = 0,08). O tempo de caminhada/dia correlacionou-se com TC6 (r = 0,42; p = 0,007), carga máxima de trabalho (r = 0,41; p = 0,009), idade, escala MRC e domínio atividade do SGRQ (-0,31 < r < -0,43; p < 0,05 para todos). CONCLUSÕES: Apesar de serem mais ativos do que pacientes europeus estudados previamente, pacientes portadores de DPOC no Brasil foram menos ativos em comparação a idosos saudáveis. O tempo de caminhada/dia desses pacientes correlacionou-se apenas moderadamente com a capacidade máxima e funcional de exercício.

Descrição

Palavras-chave

Doença pulmonar obstrutiva crônica, Atividade motora, Tolerância ao exercício

Como citar

Jornal Brasileiro de Pneumologia. São Paulo, SP, Brazil: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v. 35, n. 10, p. 949-956, 2009.