Avaliação do aproveitamento da casca do coco verde para a produção de etanol 2G

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Data

2021-05-19

Autores

Bronzato, Giovana Roberta Francisco

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O Brasil, anualmente, produz aproximadamente 2 bilhões de cocos verdes, sendo que 70% desses frutos são utilizados no comércio de água de coco. Com isso é gerada uma grande quantidade de resíduos. O seu descarte, mesmo que na forma correta em aterros, causa problemas devido ao grande espaço que esse resíduo ocupa e, além disso, sua decomposição é lenta, levando aproximadamente uma década. Esta biomassa residual tem cerca de 35% de celulose em sua composição, o que faz da casca do coco verde uma matéria-prima alternativa interessante para a produção de etanol de segunda geração (E2G). Neste trabalho, foram estudadas as etapas de pré-tratamento e de hidrólise enzimática do processo de produção de E2G a partir do resíduo do coco verde. Para isso, a casca do coco foi quimicamente tratada com clorito de sódio 10% em meio de ácido acético. Os parâmetros temperatura, tempo, quantidade de adição de reagentes e concentração do ácido acético, estudados no pré-tratamento, foram avaliados por métodos matemáticos de otimização de funções, resultando em uma diminuição de 68% de lignina, em comparação com a fibra in natura. Na etapa de hidrólise enzimática foram estudados a quantidade de enzima e o tempo de reação. Sendo assim, a casca do coco pré-tratada foi hidrolisada por 24 horas e foram utilizados 155 µL de enzima por grama de biomassa seca, resultando em 13,8 g/L de glicose, a qual foi fermentada para a produção do etanol. Com esses resultados, calculou-se que com apenas 1 coco verde é possível produzir 6 mL de etanol. Sendo assim, a casca do coco verde apresenta-se como uma matéria-prima alternativa para a produção de E2G com todas as vantagens ambientais e econômicas da utilização desse resíduo.
Brazil produces approximately 2 billion green coconuts annually, 70% of which are used for coconut water production. This generates a large amount of waste in the form of coir husk. Its disposal, even if correctly performed in landfills, causes problems due to the large space that this waste occupies, and its slow decomposition may take about a decade. This residual biomass has about 35% of cellulose in its composition, a fact that renders, the green coconut husk as an interesting and alternative raw material for second-generation ethanol (E2G) production. In this work, the pretreatment and enzymatic hydrolysis steps of the E2G production process from the green coconut residue were studied. Husk from coconut waste was chemically treated with 10% sodium chlorite in acetic acid medium. Parameters such as temperature, time, amount of reagent addition and acetic acid concentration, studied in the pretreatment were evaluated by mathematical methods of function optimization, this resulted in an 68% lignin decrease when compared to the fiber in natura. In the enzymatic hydrolysis step, the amount of enzyme and the reaction time were studied. The pre-treated coconut husk was hydrolyzed for 24 hours, and 155 µL of enzyme per gram of dry biomass were used, resulting in 13.8 g / L of glucose, later, fermented for ethanol production. From these results, calculations indicated that a single green coconut could produce 6 mL of ethanol. Thus, green coconut husk presents itself as an alternative interesting raw material for the production of E2G with all the environmental and economic advantages using this residue.

Descrição

Palavras-chave

Casca de coco, Economia circular, Etanol 2G, Pré-tratamento químico, Hidrólise enzimática, Coconut husk, Circular economy, Ethanol 2G, Chemical pretreatment, Enzymatic hydrolysis

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