Impacto de duas combinações de anticoncepcionais orais de baixa dose sobre a massa óssea de adolescentes: ensaio clínico não randomizado com dois anos de acompanhamento

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Data

2021-08-30

Autores

Caldeirão, Talita Domingues [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: A adolescência é um período crítico para estabelecer a saúde óssea, quando quase metade do pico de massa óssea é adquirido. Os marcadores de renovação óssea podem fornecer informações sobre a saúde óssea em adolescentes, mas foram pouco estudados neste grupo demográfico. Objetivo: Avaliar em adolescentes, ao longo de dois anos, a interferência sobre o incremento de massa óssea resultante ao uso de duas combinações de anticoncepcionais hormonais orais de baixa dose Etinilestradiol 20µg/ Desogestrel 150mg (ACHO1) ou Etinilestradiol 30µg/ Drospirenona 3mg (ACHO2), por intermédio da realização de densitometria óssea (BMD) e de biomarcadores de remodelação óssea. Desenho do Estudo: Ensaio clínico controlado paralelo não randomizado com participação de 127 adolescentes, divididas nos grupos controle e expostas a anticoncepcionais ACHO 1 e ACHO 2, submetidas à avaliação antropométrica, dos caracteres sexuais secundários (critérios de Tanner), da idade óssea (IO). Obtidos Densitometria Óssea por atenuação de raio X de dupla energia (DXA) e dosagem de biomarcadores ósseos fosfatase alcalina óssea (BAP) e osteocalcina (OC) e telopetídeo carboxiterminal (S-CT-x) no momento inicial e após 24 meses. Resultados: Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis analisadas entre as usuárias de ACHO 1, ACHO 2 e o grupo controle, no momento basal. Após 24 meses de observação, as não usuárias incorporaram mais massa óssea (conteúdo e densidade) que ambos os grupos que utilizaram anticoncepcional, sendo o impacto negativo mais evidente no grupo ACHO2 frente ao grupo ACHO 1. Redução significativa nos valores percentuais de fosfatase alcalina óssea e osteocalcina foram observados nas usuárias de contraceptivos orais. Conclusões: Observou-se prejuízo na aquisição de massa óssea em adolescentes usuárias de anticoncepcionais hormonais combinados sendo mais evidente o impacto nas adolescentes usuárias de anticoncepcionais que continham EE 30µg/Drospirenona 3 mg.
Aim: To evaluate the effect of two combinations of low-dose oral hormonal contraceptives [20 µg ethinyl estradiol (EE)/150 mg desogestrel (ACHO1) or 30 µg EE/3 mg drospirenone (ACHO2)] on bone mass acquisition in adolescents over two years by means of bone densitometry and measurement of biomarkers of bone remodeling. Study Design: Parallel-group, non-randomized controlled clinical trial of 127 adolescents divided into a control group and two groups receiving either ACHO1 or ACHO2. The participants were submitted to anthropometric assessment and evaluation of secondary sexual characteristics (Tanner criteria) and bone age. Bone densitometry by dual-energy X-ray absorptiometry and measurement of bone biomarkers (bone alkaline phosphatase, osteocalcin, and C-terminal telopeptide) were performed at baseline and after 24 months. Results: No significant differences in the variables analyzed were observed between ACHO1 or ACHO2 users and the control group at baseline. After 24 months, non-users had incorporated more bone mass (content and density) than either group of contraceptive users. This negative impact was more pronounced in the ACHO2 group than in the ACHO1 group. A significant reduction in the percentage values of bone alkaline phosphatase and osteocalcin was observed in users of oral contraceptives. Conclusions: Bone mass acquisition was compromised in adolescent users of combined hormonal contraceptives. The negative impact was more pronounced in adolescents using contraceptives that contain 30 µg EE/3 mg drospirenone.

Descrição

Palavras-chave

Anticoncepcionais, Biomarcadores, Densitometria, Remodelação óssea, Adolescent, Bone density, Bone remodeling

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