Contração uterina em ratas prenhes: comparação entre as técnicas de biosusceptometria de corrente alternada e banho de órgãos isolados.

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Data

2021-11-17

Autores

Bittencourt, Gabriela Nogueira [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A contração muscular uterina é um processo fisiológico característico das fibras musculares. Durante o período gestacional, o útero passa por diversas alterações visando o desenvolvimento sadio do feto. Sendo assim, o monitoramento das contrações uterinas durante a gravidez é fundamental para fornecer dados acerca da saúde materna e fetal e consequentemente, garantir que a gestação transcorra bem. Em experimentação animal, a técnica de banho de órgãos isolado é a mais utilizada. No entanto, se faz necessário o desenvolvimento de metodologias in vivo para monitorar esse processo. A Biosusceptometria de Corrente Alternada (BAC) é uma técnica in vivo capaz de detectar e monitorar materiais magnéticos em sistemas biológicos. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo a validação da BAC (in vivo) com a técnica de Banho de Órgãos Isolado (ex vivo) para avaliação da contratilidade uterina de ratas prenhes. Foram utilizadas vinte e oito ratas Sprague-Dawley com 60 dias de idade, distribuídas aleatoriamente em três grupos: dia 0 (n = 6), dia 14 (n = 5) e dia 21 (n = 17) de prenhez. Cada animal foi submetido a medidas no sensor de BAC e em seguida foram eutanasiados e tiras do corno uterino foram preparadas para análise no banho de órgãos isolados. Os evento de contratilidade uterina obtidos por ambas as técnicas foram classificados em oscilações basais e contrações intensas. Os perfis registrados pela BAC nos dias 0 e 14 foram similares, em contraste com o perfil obtido no dia 21. Com relação aos perfis obtidos através do banho de órgãos isolados, foi registrado um padrão de contrações intensas e regulares em todos os dias de prenhez analisados. A análise dos resultados obtidos pela BAC mostrou que o útero exibe perfis de contrações distintos ao longo da prenhez, sendo caracterizado por um período de quiescência e próximo ao parto, contrações intensas e regulares. A diferença entre os perfis obtidos entre as duas técnicas sugerem que hormônios sexuais exercem um papel fundamental na regulação das contrações durante a prenhez. Este estudo sugere que a BAC pode ser uma ferramenta interessante para estudos in vivo, podendo contribuir para estudos futuros envolvendo patologias, hormônios e fármacos que podem alterar a contratilidade uterina durante a gestação.

Descrição

Palavras-chave

Contrações uterinas espontâneas, Contratilidade uterina, Prenhez

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