Avaliação da ceramida na miopatia associada á insuficiência cardíaca
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Data
2021-11-29
Autores
Tosta, Ingrid Freitas
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
A insuficiência cardíaca (IC) induz fadiga e dispneia. Os sintomas podem ser decorrentes não somente de anormalidades cardiovasculares e pulmonares, mas também de alterações de músculos esqueléticos, já bem descritas na IC. O conjunto de anormalidades da musculatura esquelética foi denominado miopatia associada à IC. O metabolismo dos esfingolipídios representa importante aspecto da biologia muscular. A ceramida está associada a diversos efeitos deletérios como piora da captação muscular de glicose, indução de apoptose, disfunção mitocondrial, alteração do trânsito intracelular de cálcio, disfunção contrátil em células musculares, e aumento da produção de espécies reativas de oxigênio. O aumento do estresse oxidativo intensifica processos inflamatórios que levam a aumento da geração de ceramida e à formação de um círculo vicioso. Embora as ações da ceramida sugiram seu envolvimento em condições de redução da massa muscular, há poucos estudos nesta área. Como os esfingolipídios são abundantes no músculo esquelético, o melhor entendimento de seu papel pode ajudar a identificar estratégias para preservar e/ou recuperar a musculatura de indivíduos com doenças que cursam com redução da massa muscular. Nesta pesquisa, testamos a hipótese que a ceramida está aumentada no músculo esquelético durante a IC e associada a aumento do estresse oxidativo e atrofia muscular. O objetivo desse estudo foi de avaliar a produção de ceramida e sua associação com aumento do estresse oxidativo e atrofia do músculo esquelético sóleo de ratos com IC induzida por infarto do miocárdio. Também foram avaliados os efeitos da administração prolongada do antioxidante N-acetilcisteína na prevenção ou atenuação de alterações musculares associadas à insuficiência cardíaca. Os objetivos específicos incluem a avaliação das seguintes variáveis no músculo sóleo: expressão proteica de N-SMase; concentração muscular do marcador de estresse oxidativo; e avaliação da área seccional do músculo esquelético sóleo. O ecocardiograma inicial apresentou alterações nos parâmetros estruturais do coração. No ecocardiograma final também foram constatadas alterações nos parâmetros estruturais. A análise morfológica do coração mostrou que não houve diferença significativa no tamanho do infarto entre os grupos IM e IM+NAC. Na avaliação histológica do músculo sóleo, foi constatado que a área seccional das fibras não diferiu entre os grupos. A expressão proteica da N-SMase pela técnica de Western Blot não diferiu entre os grupos assim como os valores de MDA e carbonilação. No nosso estudo foi constatado que a administração de NAC não alterou a remodelação cardíaca e o músculo sóleo não apresentou diferença significativa na expressão proteica de N-SMase – enzima que catalisa a reação para produção da ceramida - na concentração de marcadores de estresse oxidativo ou no trofismo muscular dos animais.
Descrição
Palavras-chave
Insuficiência cardíaca, Ratos, Músculo esquelético, Ceramida