Entre fissuras: a desterritorialização dos movimentos sociais da educação infantil e as políticas de gênero na pequena infância

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Data

2021-10-29

Autores

Silva, Peterson Rigato da

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A atual conjuntura política que assombra o Brasil, principalmente no âmbito da Educação nos coloca em posição de combate e defesa às políticas públicas, gratuitas e laicas para as infâncias brasileiras. Esta tese se propõe apresentar em formato de blocos, que não necessariamente se comunicam entre si, mas são autônomos no sentido de criar multiplicidades do pensar, vazado por fissuras as diferenças e enfrentamentos das infâncias brasileiras. A experiência de um educador andarilho que atravessa pelos Movimentos Sociais e que pauta a defesa da Educação Infantil e as relações que mantêm com os feminismos, os espaços-tempos da pequena infância, tendo as questões de gênero e infâncias como conexões presentes na constituição da docência na educação infantil, e do processo de produção das culturas infantis que são marcadas por sensações que se configuram em devires-afectos, inspirados em Deleuze, Guattari, Foucault e por pensadores/as pós-colonialistas que nos leva a uma pesquisa experiência. A pesquisa foi realizada em um espaço de educação infantil pública em uma rede municipal do interior de São Paulo, além da experiência como ativista do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB) e do Fórum Paulista de Educação Infantil (FPEI), tendo um caderno de registro que apresenta as sensações do Andaleço, além de imagens e fragmentos de relatos de professoras e gestoras da pequena infância, estudantes-estagiárias de pedagogia e ativistas. Neste diálogo, os pressupostos teóricos da Pedagogia da infância, dos Estudos de Gênero e da Filosofia das Diferenças estão presentes para sustentar tal investigação e, ao refletir sobre a potência do coletivo infantil e do coletivo de adultas/os, compreendendo como estes dois coletivos potentes produzem acontecimentos no processo inventivo da constituição da educação infantil e das questões de gênero e a sua impulsão como fluxo. As Políticas de gênero e a Pedagogia da Infância aparecem como um movimento de mão dupla produzindo outras lentes entre as fissuras e os blocos-linhas, enunciando e criando formas e práticas de poder, o que permite buscar significados para enfrentar e resistir/combater às ordens contemporâneas e ultraconservadora do capitalismo.
The current political situation that haunts Brazil, especially in the field of Education, puts us in a position to fight and defend public, free and laical policies for Brazilian childhoods. This thesis proposes to present in form of blocks, which do not necessarily communicate with each other, but are autonomous in the sense of creating multiplicities of thinking, filled with fissures, the differences and confrontations of Brazilian childhoods. The experience of a wandering educator who crosses social movements and guides the defense of Early Childhood Education and the relationships they maintain with feminisms, the space-times of early childhood, with gender and childhood issues as connections present in the constitution of teaching in Early Childhood Education, and the production process of children's cultures that are marked by sensations that configure themselves in becomings-affects, inspired by Deleuze, Guattari and by post-colonial thinkers that lead us to a research-experience. The research was conducted in a public early childhood education space in a municipal network in the interior of São Paulo, in addition to the experience as an activist of the Interforuns Movement of Early Childhood Education in Brazil (MIEIB) and the Forum of Early Childhood Education of São Paulo (FPEI), having a notebook that presents the sensations of Andaleço, as well as images and fragments of reports from teachers and managers of early childhood, pedagogy student-interns and activists. In this dialogue, the theoretical assumptions of Childhood Pedagogy, Gender Studies and the Philosophy of Differences are present to support this investigation and, when reflecting on the potency of the children's collective and the adult collective, understanding how these two powerful collectives produce events in the inventive process of the constitution of early childhood education and gender issues and its impulse as a flow. Gender policies and the Pedagogy of Childhood appear as a two-way movement, producing other lenses between the fissures and line-blocks, enunciating and creating forms and practices of power, which allows us to seek meanings to face and resist/combat orders contemporary and ultra-conservative capitalism.
La conjoncture politique actuelle qui hante le Brésil, notamment dans le domaine de l’Éducation, nous place dans une position de combat et de défense des politiques publiques, libres et laïques pour les enfants brésiliens. Cette thèse propose de présenter sous forme de « blocs », qui ne communiquent pas nécessairement entre eux, mais sont autonomes dans le sens où ils créent des multiplicités de pensée, fuites à travers les fissures, les différences et les confrontations des enfances brésiliennes. Il s’agit de l’expérience d’une éducateur itinérante qui traverse les mouvements sociaux et qui lutte pour la défense de l’éducation maternelle et des relations qu’elle entretient avec les féminismes, de l’espace-temps de la petite enfance, des questions de genre et d’enfance comme connexions présentes dans la constitution de l’enseignement dans l’éducation maternelle, et du processus de production des cultures de l’enfance qui sont marquées par des sensations qui se configurent en devenir-affects, inspirées par Deleuze, Guattari, Foucault et par les penseurs post-colonialistes qui nous conduisent à une expérience de recherche. La recherche a été réalisée dans un espace d’éducation maternelle publique, dans un réseau municipal de São Paulo, en plus de l’expérience en tant que militant du Mouvement Inter-forums d’Éducation de la Petite Enfance du Brésil (MIEIB) et du Forum Paulista d’Éducation de la Petite Enfance (FPEI), ayant un cahier d’enregistrement qui présente les sensations de l’Andaleço, en plus d’images et de fragments de rapports d’enseignants et de gestionnaires de l’Éducation maternelle, d’étudiants stagiaires en pédagogie et de militants. Dans ce dialogue, les hypothèses théoriques de la pédagogie de l’enfance, des études de genre et de la philosophie des différences sont présentes pour soutenir cette investigation et, en réfléchissant sur le pouvoir du collectif enfant et du collectif adulte, comprendre comment ces deux collectifs puissants produisent des événements dans le processus inventif de la constitution d’une éducation de la petite enfance et des questions de genre et son élan en tant que flux. Les politiques de genre et la Pédagogie de l’Enfance apparaissent comme un mouvement à double sens produisant d’autres perspectives entre les fissures et les barrières, énonçant et créant des formes et des pratiques de pouvoir, ce qui nous permet de chercher des significations pour affronter et résister/combattre les ordres contemporains et ultraconservateurs du capitalisme.

Descrição

Palavras-chave

Educação infantil, Movimentos sociais, Culturas infantis, Crianças pequenas, Relações de gênero, Early childhood education, Social movements, Children's cultures, Young children, Gender relations, Éducation de la petite enfance, Mouvements sociaux, Cultures d’enfants, Les jeunes enfants, Les relations de genre

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