Canto coral em meio ao distanciamento físico em SP

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Data

2021-12-14

Autores

Gonçalves, Felipe Sardinha

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Este trabalho estudou o canto coral em SP em meio ao distanciamento físico da pandemia de COVID-19. Usamos metodologia de abordagem quali-quanti com base em dois pilares fundamentais: revisão bibliográfica e aplicação de questionário online. Nosso principal objetivo foi estudar aspectos da realidade coral paulista antes e durante o distanciamento, cobrindo entre março de 2020 a abril de 2021. Buscamos mensurar, registrar e comparar os diferentes graus de impacto do distanciamento nos coros estudados. Buscamos relevância por ser um tema atual e não haver obras publicadas que o abordam no Brasil. Levantamos uma bibliografia atual internacional e nacional, colhemos dados atuais e inéditos de uma amostra populacional de 67 coros paulistas em nosso questionário. A partir dos resultados, pudemos mensurar, por um lado, um dos maiores impactos sofridos, cerca de 39% (Grupo A) dos coros participantes interromperam totalmente suas atividades, enquanto ~61% (Grupo B) dos coros continuaram e vasta maioria com atividades remotas usando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). ~83% B fizeram ensaios remotos, ~22% ensaios presenciais e ~85% performances remotas de coros virtuais (CVs), e ainda ~10% B com raras performances presenciais, mas também sofreram impactos. Houve perda de 5 a 10 coralistas por coro, a frequência de performances (e repertório) caiu mais da metade, houve menos ensaios e mais curtos, além de dificuldades de acesso às TIC e a sentida perda da possibilidade de cantar juntos em sincronia. Ainda assim, para a maioria do B houve: maior divulgação e alcance pelos CVs; desenvolvimento musical e vocal individual; e aprendizado de recursos e estratégias com perspectivas de serem mantidas pós-pandemia, como materiais de apoio e novas produções de CVs com indícios de surgirem coros híbridos, isto é, virtuais e presenciais. Por fim, muitos participantes (~68% A+B) mostraram graus otimistas quanto ao futuro do canto coral pós-pandemia (coros A graus neutros de otimismo). Também registramos que as minorias sofreram os maiores impactos. Pensamos que nosso trabalho pôde trazer quantidades e qualidades de dados inéditos acerca do impacto do distanciamento físico em nossa amostra populacional de coros de SP. Pudemos trazer dados interessantes e atuais, assim como análises e comparações entre diversos aspectos que trouxeram reflexões e registros significativos que ainda podem gerar ou mais aprofundamentos ou quem sabe abrir portas para futuros estudos relacionados.
This paper studied choral singing in São Paulo (SP), Brazil, amid the physical distancing of the COVID-19 pandemic. We used a quantitative and qualitative methodology based on two major pillars: literature review and application of an online questionnaire. Our main objective was to study aspects of the São Paulo choral reality before and amid the distancing, covering from March 2020 to April 2021. We measured, recorded and compared the different degrees of impact that the distancing had on the choirs studied. The rationale for its relevance is that this is a current topic and there are no published works on the subject in Brazil. We have collected an international and national up-to-date bibliography, with updated and unpublished data from a sample of 67 choirs from the state of São Paulo in our questionnaire. On the one hand, the results showed one of the biggest impacts suffered: ~39% (Group A) of the participating choirs completely interrupted their activities; while on the other ~61% (Group B) of the choirs carried on, the vast majority of them with remote activities using Information and Communication Technologies (ICT). Around 83% of Group B conducted remote rehearsals, 22% in-person rehearsals, and 85% were virtual choirs (VCs) who performed remotely; ~10% of Group B conducted rare in-person performances, but they also suffered impacts. There was a loss of 5 to 10 singers per choir; the frequency of performances (and repertoire) dropped by more than a half; there were fewer and shorter rehearsals, besides difficulties in accessing ICT and the feeling of loss due to not being able to sing together in sync. Even so, for most of Group B there was: greater promotion and reach through VCs, individual musical and vocal development, and increased knowledge of resources and strategies which may continue to be used post-pandemic, such as support materials and new VC productions with signs of hybrid (both virtual and in-person) choirs emerging. Finally, many participants (~68% of Groups A+B) showed some optimism regarding the post-pandemic future of choral singing (Group A was neutral). We also noted that the minorities suffered the most. We believe our work managed to bring a great number of quality unpublished data on the impact of physical distancing on our population sample of choirs in SP. We have gathered interesting, up-to-date data, as well as analyzes and comparisons between various aspects, which created reflections and significant records that can still instigate others to deepen the subject or even inspire future related studies.

Descrição

Palavras-chave

Canto coral, Distanciamento físico, Isolamento social, Coro virtual, Vídeo mosaico, Pandemia, Covid-19, Gráficos, Tecnologia, São Paulo, Choral singing, Physical distancing, Social isolation, Virtual choir, Video mosaic, Pandemic, Graphics, Technology, Brazil, TIC, ICT, Brasil

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