Crise e estagnação: os fatores macroeconômicos da crise brasileira (2014-2020), uma abordagem pós-keynesiana
Data
2022-03-11
Autores
Garcia, Felipe Alves Sampaio
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
Brazil has been through an economic crisis, marked by a trough in 2015-2016 and followed by near stagnation until 2020, when the shock of the SARS-COV2 pandemic occurred. This is opposed to the previous decade marked by a period of economic growth until 2011, when the first signs of an economic slowdown in Brazil appeared, associated with changes in the international scenario, which include the US financial crisis, the sovereign debt crisis in the European Union and more recently, the Pandemic crisis. The shocks generated reflections on numerous issues regarding the current economic theory (mainstream) and initiated discussions about the role of the state in the economy. In 2014, the economic crisis in Brazil began, in which macroeconomic policies aimed at fiscal austerity were adopted. The focus of this study is to analyze, from a post-Keynesian approach, the implications, and results of these austere policies, taken in the period from 2014 to 2020, which were unable to generate recovery of the economic growth. To generate a new period of economic growth, it is necessary to contest the rhetoric of austerity, aiming at the adoption of anticyclical fiscal policies combined with the continuity of social policies.
O Brasil passa por uma crise econômica, marcada por um vale em 2015-2016, seguida por quase estagnação até 2020, quando ocorre o choque da pandemia do SARSCOV2. Isso se opõe à década anterior marcada por um período de crescimento econômico até 2011, quando surgem os primeiros sinais de desaceleração econômica no Brasil, associado às mudanças no cenário externo, que incluem a crise financeira dos EUA, a crise de dívidas soberanas na União Europeia e, mais recentemente, a crise da Pandemia. Os choques geraram reflexões sobre diversas questões com relação à teoria econômica vigente e discussões sobre o papel do Estado na economia. Em 2014 tem início a crise econômica no Brasil, na qual adotaram-se políticas macroeconômicas visando a austeridade fiscal. O foco desse estudo foi analisar, a partir de uma abordagem pós-keynesiana, as implicações e resultados dessas políticas austeras, tomadas no período de 2014 a 2020, que não têm sido capazes de gerar a retomada do crescimento econômico. Para gerar um novo período de crescimento é necessário combater a retórica da austeridade, visando a adoção de políticas fiscais anticíclicas, combinadas com a continuidade das políticas sociais.
O Brasil passa por uma crise econômica, marcada por um vale em 2015-2016, seguida por quase estagnação até 2020, quando ocorre o choque da pandemia do SARSCOV2. Isso se opõe à década anterior marcada por um período de crescimento econômico até 2011, quando surgem os primeiros sinais de desaceleração econômica no Brasil, associado às mudanças no cenário externo, que incluem a crise financeira dos EUA, a crise de dívidas soberanas na União Europeia e, mais recentemente, a crise da Pandemia. Os choques geraram reflexões sobre diversas questões com relação à teoria econômica vigente e discussões sobre o papel do Estado na economia. Em 2014 tem início a crise econômica no Brasil, na qual adotaram-se políticas macroeconômicas visando a austeridade fiscal. O foco desse estudo foi analisar, a partir de uma abordagem pós-keynesiana, as implicações e resultados dessas políticas austeras, tomadas no período de 2014 a 2020, que não têm sido capazes de gerar a retomada do crescimento econômico. Para gerar um novo período de crescimento é necessário combater a retórica da austeridade, visando a adoção de políticas fiscais anticíclicas, combinadas com a continuidade das políticas sociais.
Descrição
Palavras-chave
Brazilian Economic Crisis, Macroeconomic Policy, Fiscal austerity, post Keynesian theory, Crise Econômica Brasileira, Política macroeconômica, Austeridade Fiscal, Teoria Pós-keynesiana