Assinatura isotópica da madeira da espécie Eucalyptus grandis cultivados em mesmo sítio com diferentes procedências
Carregando...
Data
2022-01-28
Autores
Albano, Letícia Benites
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
Nos últimos anos, o crescimento da área total florestal plantada despertou a necessidade do uso de métodos analíticos capazes de determinar a origem geográfica da madeira para sua certificação de boas práticas. Neste cenário, análise isotópica apresenta-se como uma importante alternativa metodológica. No entanto, a amostragem e os fatores que possam influenciar na análise isotópica da madeira de árvores de mesmo sítio ainda não foram bem definidos. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo analisar possíveis diferenças na assinatura isotópica da mateira Eucalyptus grandis ᵪ urophylla, considerando a metodologia de amostragem na direção radial, a classe de diâmetro das árvores, os tecidos de um incremento amostral e também nas diferentes procedências de Eucalyptus grandis cultivados em mesmo sitio. Os resultados dos valores isotópicos de δ2H, δ13C e δ18O mostraram que a amostragem de madeira independe da escolha da direção amostral radial e que há uma semelhança nos valores médios dos tecidos próximos ao cerne e alburno para todas as classes de diâmetro (pequena, média e grande). Contudo, os valores isotópicos mais enriquecidos, se encontram próximos a casca e medula para δ2H e δ13C, e valores mais empobrecidos, para δ18O. Também foi observado que a procedência de Eucalyptus grandis não influenciou nos valores médios para os três isótopos analisados (2H, 13C e 18O). Assim, foi concluído que a direção amostral para retirada de incremento de amostra ao longo do raio da árvore não interferiu nos valores isotópicos médios de δ2H, δ13C e δ18O da madeira. Foi concluído também que as árvores de classe diametral média de um talhão de Eucalyptus grandis ᵪ urophylla melhor representam os valores isotópicos médios de δ2H e δ13C, e também se concluiu que o δ18O não é influenciado pelo diâmetro. Por fim, outro aspecto concluído, foi que os valores isotópicos de δ2H, δ13C e δ18O da madeira não dependem da procedência da espécie quando cultivada em mesmo sítio.
Considering the growth of the total planted forest area in recent years, mainly of the genus Eucalyptus, there is a need for analytical methods capable of determining the geographical origin of wood for its certification of good practices. The isotopic analysis presents itself in this scenario as an important alternative for this methodology. However, the sampling and the factors that may influence the isotopic analysis of wood from trees from the same site are still not well defined. In this context, the objective of this work was to analyze if there are differences in the isotopic signature in the wood of Eucalyptus grandis ᵪ urophylla, considering the sampling methodology in the radial direction, the diameter class of trees and also in the different provenances of E. grandis cultivated in the same site. The results of the isotopic values of δ 2H, δ 13C and δ 18O showed that wood sampling is independent of the choice of radial sampling direction and that there is a similarity in the mean values of heartwood and sapwood for all diameter classes (small, medium and large). However, the greatest variations in isotopic values are found close to the shell and pith for δ 2H and δ 13C, and smaller for δ 18O. It was also observed that the origin does not influence the values for the three isotopes analyzed (2H, 13C and 18O). Thus, it was concluded that the sampling direction for taking a sample increment along the tree radius does not interfere with the isotopic values δ 2H, δ 13C and δ 18O of wood. It was also concluded that trees with the average diameter of a stand of E. grandis ᵪ urophylla better represent the average isotopic values of δ 2H and δ 13C, and that, for the average isotopic value of δ 18O, the diameter of the trees does not influence. Finally, another concluded aspect is that the isotopic values of δ 2H, δ 13C and δ 18O of the wood do not depend on the origin of the species when cultivated in the same site.
Considering the growth of the total planted forest area in recent years, mainly of the genus Eucalyptus, there is a need for analytical methods capable of determining the geographical origin of wood for its certification of good practices. The isotopic analysis presents itself in this scenario as an important alternative for this methodology. However, the sampling and the factors that may influence the isotopic analysis of wood from trees from the same site are still not well defined. In this context, the objective of this work was to analyze if there are differences in the isotopic signature in the wood of Eucalyptus grandis ᵪ urophylla, considering the sampling methodology in the radial direction, the diameter class of trees and also in the different provenances of E. grandis cultivated in the same site. The results of the isotopic values of δ 2H, δ 13C and δ 18O showed that wood sampling is independent of the choice of radial sampling direction and that there is a similarity in the mean values of heartwood and sapwood for all diameter classes (small, medium and large). However, the greatest variations in isotopic values are found close to the shell and pith for δ 2H and δ 13C, and smaller for δ 18O. It was also observed that the origin does not influence the values for the three isotopes analyzed (2H, 13C and 18O). Thus, it was concluded that the sampling direction for taking a sample increment along the tree radius does not interfere with the isotopic values δ 2H, δ 13C and δ 18O of wood. It was also concluded that trees with the average diameter of a stand of E. grandis ᵪ urophylla better represent the average isotopic values of δ 2H and δ 13C, and that, for the average isotopic value of δ 18O, the diameter of the trees does not influence. Finally, another concluded aspect is that the isotopic values of δ 2H, δ 13C and δ 18O of the wood do not depend on the origin of the species when cultivated in the same site.
Descrição
Palavras-chave
Procedência de árvore, Rastreabilidade da madeira, Certificação, Florestas plantadas, Anatomia da madeira, Tree provenances, Wood tracebility , Certification, Planted forests, Wood anatomy