Efeitos do estrógeno sobre a microbiota oral e sua relação com a doença periodontal

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Data

2009-10-20

Autores

Agra, Amanda Francioli [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O objetivo deste estudo foi relatar os efeitos do estrógeno na microbiota oral, na susceptibilidade do hospedeiro e na densidade óssea, estabelecendo uma relação entre os níveis de estrógeno com a doença periodontal. A etiologia da doença periodontal considera três fatores como determinantes: iniciada por patógenos invasivos; é dependente de um hospedeiro suscetível; e é modulado pela presença de “bactérias benéficas” que têm papel significante na contenção da doença, limitando a progressão do patógeno. A suscetibilidade do hospedeiro é dependente de fatores locais e sistêmicos, hereditários, ambientais ou comportamentais, portanto, sistemas endócrinos em desequilíbrio podem ter um impacto importante na periodontopatogênese. O estrógeno é um hormônio sexual feminino, responsável por alterações fisiológicas, em fases especificas da vida, induzindo crescimento, desenvolvimento e ações biológicas sobre sistemas orgânicos, incluindo a cavidade oral. A literatura relata presença considerável de estrógeno nos tecidos e bolsas periodontais, além de receptores para este hormônio dentro dos tecidos gengivais. Sua presença foi relacionada às mudanças na colonização bacteriana, densidade óssea, alteração da resposta inflamatória e do conteúdo da placa subgengival. A partir da relação entre produção de prostaglandina e da densidade óssea com níveis de estrógeno, especula-se que níveis circulantes normais deste hormônio podem ser essenciais para a proteção periodontal. A influência do estrógeno na microbiota expressa sua relação direta com a proporção de periodontopatógenos, tais como Prevotella intermédia e espécies de Capnocytophaga e em variáveis menores sobre Porphyromonas gingivalis e A.actinomycetemcomitans, favorecendo a progressão e agravando a doença periodontal pré-existente. Esses efeitos variam de acordo com períodos da vida e com as respostas individuais dos periodontos, e tornam-se secundários à saúde periodontal frente a um bom controle de placa.
The aim of this study was evaluate the effects of estrogen in the oral microbiota and susceptibility’s host and bone density, establishing a relationship between the levels of estrogen with periodontal disease. The etiology of periodontal disease considers three factors determinants: the invasive pathogens, it is host susceptible dependent and modulated by "beneficial bacteria" that limited the progression of the pathogen. The susceptibility’s host is the local, systemic, hereditary, environmental and behavioral factors dependent. The estrogen, hormone female sex, is liable for physiological changes; it induce growth, development and biological actions, included the oral cavity. The literature reports the presence of estrogen and its receptors in periodontal and gingival tissues. Its presence was related to changes in bacterial colonization, bone density, change in inflammatory response and the content of subgingival plaque. The prostaglandin production, bone density and levels of estrogen indicated that normal level’s estrogen may be essential for periodontal protection. The estrogen influence on the microbial flora express their relationship with the periodontal pathogens, such as Prevotella intermedia, Capnocytophaga, Porphyromonas gingivalis and A.actinomycetemcomitans species, encouraging development and exacerbating the periodontal disease. These effects vary with periods of the life and the periodontium individual responses; and they become secondary to periodontal health front of a good control plaque.

Descrição

Palavras-chave

Bactérias, Estradiol, Hormônios, Periodonto, Periodontite, Periodontitis

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