Efeito da escassez de alimento no desenvolvimento pós-embrionário e no potencial reprodutivo de Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) em laboratório

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Data

2006-01-01

Autores

Angelini, Marina Robles [UNESP]
Freitas, Sérgio de [UNESP]

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Editor

Instituto Agronômico de Campinas

Resumo

As conseqüências da escassez alimentar no período pós-embrionário e potencial reprodutivo de Chrysoperla externa (Hagen) em laboratório foram avaliadas. Larvas de 1.°, 2.º e 3.° ínstares receberam alimento apenas no 1.°, 2.º ou 3.° dia após a ecdise. Nos períodos em que antecederam ou sucederam os testes com os respectivos ínstares, as larvas receberam uma, duas e três unidades de alimentação (UA) a cada dois dias para o 1.°, 2.º e 3.° ínstares, respectivamente. Cada UA constou de um disco de cartolina contendo ovos de Sitotroga cerealella (Olivier) (Lepidoptera: Gelechiidae). Diariamente, avaliou-se a viabilidade nos diferentes ínstares, da fase larval e pupal, assim como os períodos de pré-oviposição e oviposição, o número e a viabilidade de ovos. A escassez de alimento durante o 1.° ínstar pode ser suprida no decorrer do desenvolvimento larval. Entretanto, as larvas precisam encontrar alimento nas primeiras 48 horas de vida, pois a viabilidade nesse ínstar foi decrescendo com a ausência de alimento, podendo ocorrer 100% de mortalidade quando as larvas não se alimentam em até 48 horas após a eclosão. Os períodos de pré-oviposição e oviposição, assim como a fecundidade, não foram influenciados pela escassez de alimento durante o 1.° ínstar larval. Durante os 2.° e 3.° ínstares larvais, C. externa necessita de alimentação rica em proteína, pois a ingestão de apenas água e açúcares nesses estádios ocasionou alta mortalidade. Entretanto, a fecundidade e viabilidade dos ovos não foram afetadas pela escassez de alimento nesses ínstares.
The consequences of food shortage on the post-embryonic development and reproductive potential of Chrysoperla externa (Hagen) in the laboratory were evaluated. First, second, and third instar larvae received only food on the 1.st, 2.nd, or 3.rd day after ecdysis. During the periods that preceded or followed the tests in the corresponding instars, the larvae received one, two, and three feeding units (FU) at every two days for the 1.st, 2.nd, and 3.rd instars, respectively. Each FU consisted of a cardstock disc containing Sitotroga cerealella eggs (Lepidoptera: Gelechiidae). Daily evaluations included survival in the different instars and in the larval and pupal stages, as well as the pre-oviposition and oviposition periods, plus number and viability of eggs. The results showed that food shortage during the 1st instar could be offset during larval development. However, the larvae must find food in their first 48 hours of age, because survival in that instar gradually decreased in the absence of food, and 100% mortality may occur when the larvae do not feed until 48 hours after hatching. The pre-oviposition and oviposition periods, as well as fecundity, were not influenced by food shortage during the 1st larval instar. C. externa larvae require a protein-rich diet during the 2.nd and 3.rd instars, since the ingestion of water and sugars alone during these stages caused high larval mortality. However, fecundity and egg viability were not affected by food shortage during the studied instars.

Descrição

Palavras-chave

Biological control, chrysopid, feeding regime, Predator, Controle biológico, Crisopídeo, regime alimentar, Predador

Como citar

Bragantia. Instituto Agronômico de Campinas, v. 65, n. 1, p. 129-137, 2006.