A influência do dano muscular induzido pelo exercício na responsividade à potencialização pós-ativação: um estudo a partir de saltos com contramovimento

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Data

2019

Autores

Souza, Victor Alvino de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Evidências sugerem que músculos com maior incidência de fibras do tipo II são mais responsivos à potencialização pós-ativação (PAP) devido à sua maior velocidade de contração. Não obstante, o dano muscular induzido pelo exercício (DM) parece afetar particularmente fibras do tipo II. Considerando que tanto a PAP quanto o DM são frequentemente observados em fibras musculares do tipo II, o presente estudo tem como objetivo avaliar se o DM induzido por exercício pliométrico interfere na capacidade de produção de força e potência de membros inferiores e se um précondicionamento de alta intensidade induz o efeito da PAP mesmo em condição de DM. Participaram do estudo 15 jovens universitários fisicamente ativos, sem experiência recente com treinamento resistido e sem histórico de lesões nos membros inferiores e na coluna vertebral. Todos os voluntários realizaram cinco saltos com contramovimento (SCM) e três contrações voluntárias isométricas máximas (CVIM) de extensão de joelho para avaliação da altura de salto e capacidade de produção de força, respectivamente. Os SCM foram avaliados em condição controle – sem indução de PAP – e condição experimental – com a indução da PAP – na qual foi realizado um protocolo de cinco repetições máximas (5RM) no exercício de agachamento quatro minutos antes da realização dos saltos. Posteriormente, e nos dois dias subsequentes, os voluntários realizaram os mesmos protocolos de avaliação de performance com a presença do DM, induzido por meio de 30 repetições de drop jumps (DJs) com sobrecarga de 20% da massa corporal. A dor muscular foi avaliada antes, imediatamente após e nos dois dias subsequentes ao protocolo de indução de DM bem como a espessura e a eco intensidade muscular. Não houve diferença significante (p > 0,05) para a espessura muscular e eco intensidade no decorrer do tempo. Houve aumento significativo (p < 0,05) na percepção subjetiva de dor tal como uma diminuição significativa (p < 0,05) na capacidade de produção de força e potência após a indução do DM. A altura de salto foi aumentada de maneira significante (p < 0,05) após realização do protocolo de pré condicionamento em relação ao estado basal e o efeito da PAP deixou de ser significante em relação ao estado basal em todos os outros momentos pós-DM. A partir dos resultados obtidos conclui-se que o DM influencia na responsividade à PAP, inibindo o efeito da mesma, e que uma alta frequência de sessões de treinamento pliométrico com sobrecarga possa comprometer a vantagem dessa metodologia de treinamento, que está relacionada à potencialização pós-ativação.

Descrição

Palavras-chave

Fisiologia humana, Potencialização pós-ativação, Dano muscular, Treinamento complexo, Salto vertical

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