O Jardim Geológico da Unesp como ferramenta de educação em Geociências no contexto do Projeto Geoparque Corumbataí

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-03-26

Autores

Parra, Raphael

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Um rápido olhar para a população brasileira atual revela um preocupante distanciamento entre sociedade e a ciência, sobretudo às áreas referentes aos estudos do meio abiótico do planeta Terra, o que resulta em diversos problemas sociais e ambientais. Dessa forma, o geólogo possui o dever ético de trabalhar para a difusão das geociências entre as pessoas externas à academia. Dentre diversas iniciativas de divulgação e educação das ciências da Terra, destacam-se os museus e exposições, cujo patrimônio, quando devidamente dotado de meios interpretativos, corrobora com a sensibilização da população acerca dos elementos da geodiversidade. Neste contexto, no campo dos museus não-tradicionais, inserem-se os jardins geológicos, ambientes artificiais compostos por materiais de cunho geológico organizados de modo a elucidar sobre a formação e evolução do planeta Terra e suas formas de vida, ornados com elementos botânicos e paisagísticos. Este trabalho tem como objetivos apresentar as etapas de concepção e desenvolvimento do projeto do Jardim Geológico da UNESP Campus Rio Claro, bem como propostas de materiais educativos e interpretativos que irão compor este espaço, tornando-o mais didático e acessível ao público. Tendo sido primeiramente idealizada no ano de 2010 por docentes após visita a uma exposição semelhante na África do Sul, a proposta de construção deste jardim geológico foi resgatada em razão das comemorações de 50 anos do curso de Geologia da UNESP, no ano de 2019. Nesta ocasião, através da parceria entre uma comissão de professores, o Grupo PET Geologia e o Grupo PET Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas, desenvolveu-se um estudo arquitetônico e educativo, materializado através de uma exposição de rochas e fósseis dispostos em um percurso pelo tempo geológico, abordando temas como o interior da Terra, os supercontinentes e a geodiversidade da Bacia Hidrográfica do Corumbataí. Como forma de facilitar e promover o acesso ao conhecimento, foram elaborados materiais educativos que envolvem painéis e placas interpretativas, folder com roteiro de visitação e um site para aprofundamento no conteúdo da exposição. Como próximos passos para a concretização deste projeto, busca-se a regularização de sua instalação junto ao campus universitário, bem como formas de apoio e financiamento que viabilizem sua construção. Dessa forma, espera-se que, quando concluído, o Jardim Geológico possa cumprir seu papel de disseminador de conhecimento científico, através de uma exposição mais dinâmica e interativa que os museus tradicionais, contribuindo para a valorização da geodiversidade do território do futuro Geoparque Corumbataí.
A glance over Brazilian population reveals a worrisome distance between society and science, especially when related to studies developed on earth’s abiotic systems and it’s fields of knowledge, which results in many social and environmental problems. Thus, geologists own the ethical duty to spread geoscience to people outside the academy. Between several initiatives of promotion and education in earth sciences, museums and exhibitions are noteworthy, whose heritage, when followed by interpretative resources, cooperates to sensitize people about geodiversity elements. In this context, geological gardens are inserted in the field of non-traditional museums as artificial environments composed of geological materials, organized to elucidate about earth's formation and evolution of life, ornate with botanical and landscaped elements. This work aims to present the stages of conception and development of a Geological Garden project to UNESP Campus Rio Claro, as well as educative and interpretative material proposes that will compose this space, making it more didactic and accessible to the public. The geological garden was first idealized by professors in 2010, after visiting a similar exhibition in South Africa. The project was set aside, but, the construction's proposal was rescued in light of the UNESP's Geology course 50th anniversary celebration, in 2019. In this occasion, a partnership between a professor committee, the PET Geologia Group, and PET Arquitetura e Urbanismo Group from PUC Campinas developed an architectural and educative study, which materialized in a rock and fossil exhibition arranged in a track through geological time, approaching topics such as earth's interior structure, the supercontinents, and the geodiversity of Corumbatai River Hydrographic Basin. As a way to facilitate and promote access to knowledge, we developed educative materials involving interpretative boards and panels, a folder with a visitation guide, and a site for in-depth content. As the next steps to materialize this project, we look for its regularization inside the university campus, beyond support and financing ways that make their construction feasible. Therefore, we hope that, when completed, the Geological Garden can comply with its role as a spreader of scientific knowledge, through a more dynamic and interactive exhibition than traditional museums, contributing to the valorization of geodiversity in the future Corumbatai Geopark territory.

Descrição

Palavras-chave

Jardim geológico, Projeto Geoparque Corumbataí, Educação em geociências, Geoconservação, Geological rock garden, Geopark Project, Geoscience education

Como citar