Movimento das Fábricas Ocupadas: um estudo de caso sobre a fábrica Flaskô

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Data

2019-11-11

Autores

Ribeiro, Jacqueline

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O Movimento das Fábricas Ocupadas (MFO) surge no Brasil em 2002, com fábricas por fechar ou abandonadas pelos patrões, remontando a história do movimento operário internacional. De certa forma, há uma reprodução, guardadas as diferenças, do que ocorrera na Comuna de Paris, durante a qual pela primeira vez há a desapropriação das fábricas abandonadas pelos patrões e a retomada da produção sob o controle dos próprios trabalhadores parisienses organizados. O MFO ganha espaço na América Latina, sobretudo no período pós-crise de 2001, marcado pela resistência dos operários no que diz respeito ao desemprego e aos ataques de direitos, em contraposição à ordem capitalista. No interior do Estado de São Paulo, a Flaskô, uma fábrica do setor químico ocupada pelos trabalhadores, resiste há 16 anos aos ataques permanentes dos ex-patrões e do Judiciário, que tenta criminalizar a ação dos trabalhadores. A produção ocorre sob o controle autogestionário dos trabalhadores, que reivindicam a estatização da empresa e melhores condições de trabalho. Assim, o presente estudo visa a análise da experiência Flaskô, sob um viés materialista, pautado nas teorias clássicas marxistas.
The Occupied Factories Movement (OFM) comes up at Brazil on 2002 when factories are about to be closed or abandoned by bosses, tracing the history of the international labor movement. In a certain way, there is a reproduction, given its specificities, of what happened at the Paris Commune, where for the first time there is the expropriation of the factories abandoned by the bosses and the resumption of production under the control of the organized Parisian workers themselves. The OFM gains ground in Latin America especially in the post-crisis period of 2001, showing us the resistance of the workers with regard to unemployment and the attacks suffered, for the purpose of overcoming the capital order. At the interior of the state of São Paulo, Flaskô, a chemical factory, resists for 16 years the permanent attacks of former bosses and the judiciary which attempts to criminalize the action of the workers. Production takes place under the self-management control of workers who claims the company nationalization and better working conditions. Thus the present work aims the conjunctural analysis under a materialistic bias, based on the classic Marxist theories.

Descrição

Palavras-chave

Movimento operário, Fábricas ocupadas, Autogestão, Labor movement, Factories occupied, Self management

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