Inovações metodológicas para estimar densidade da mama em distintas composições mamárias

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Data

2022-04-01

Autores

Santos, Alexandre Locci Nogueira dos

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A mama é uma glândula sudorípara modificada, e apresenta em sua composição elementos como, gordura, glândulas, componentes fibrosos e uma rede vascular. A densidade mamária, considerada um biomarcador do câncer, está diretamente relacionada com o risco aumentado de desenvolver câncer de mama. A mamografia continua a ser a mais importante técnica de imagem para as mamas. Trata-se do método de escolha para o rastreamento populacional do câncer de mama em mulheres assintomáticas. Sendo a primeira técnica de imagem indicada para avaliar a maioria das alterações clínicas mamárias, podendo levar ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Entretanto uma atenção especial deve ser dada à um órgão tão radio sensível como a mama. Devemos considerar possíveis efeitos biológicos devidos à radiação em pacientes que realizam um exame mamográfico bienalmente (a partir dos 50 anos) até a expectativa de vida da mulher (em torno de 79 anos). Rotineiramente a composição mamária é realizada de maneira subjetiva por especialistas da área de radiologia, onde este apresenta um score de 25% entre distintas mamas. Esta pesquisa teve como objetivo o desenvolvimento de uma ferramenta computacional para estimar com precisão o percentual da densidade mamária, em exames de mamografia (CR e FFDM) e avaliar a lipossubstituição dos tecidos da mama ao longo dos anos de vida da paciente. Foi utilizado um algoritmo, previamente desenvolvido pelo grupo de pesquisa, o qual segmenta a área do tecido fibroglanduar da imagem mamográfica. As imagens obtidas foram classificadas conforme a área de tecido fibroglandular e comparados com a avaliação do BI-RADS. Uma correspondência da liposubstituição mamária deve ser obtido, utilizando um banco de dados de 5000 exames do HCFMB-UNESP. Os resultados que foram obtidos nessa pesquisa podem auxiliar diretamente na prática clínica, determinando a correta quantidade de cada tecido mamário, e consequentemente a correta porcentagem de densidade mamária, podendo ajudar a selecionar precocemente indivíduos que apresentam elevado risco de desenvolvimento de câncer e assim iniciar intervenções de forma preventiva. As análises estatísticas de regressão linear entre a quantificação da densidade mamária na mamografia e a quantificação da densidade mamária na ressonância magnética apresentaram coeficiente de correlação R2 = 0,8491. A diferença percentual média entre os dois métodos foi de 3,73% ± 5,66%. Os coeficientes de correlação de Pearson adquiridos foram de 0,9214. Esses resultados mostraram uma forte associação entre o percentual de densidade mamária obtido pela metodologia da mamografia e os resultados obtidos pela análise direta de ressonância magnética. A metodologia desenvolvida para mensurar a densidade mamária apresentou boa correlação com a verdade fundamental. Podendo ser utilizada em sistemas de mamografia CR e FFDM utilizando imagens processadas, auxiliando assim o médico radiologista no diagnóstico. Em paralelo, analisamos a lipossubstituição dos tecidos constituintes da mama ao longo dos anos de rastreamento do câncer de mama. Portanto, como nosso banco de dados é composto por mulheres assintomáticas, pudemos analisar esse comportamento de lipossubstituição tecidual ao longo dos anos de vida da mulher.

Descrição

Palavras-chave

Câncer de mama, Mamografia, Lipossubstituição, Quantificação dos tecidos da mama

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