Influence of sedation on morbidity and mortality in the intensive care unit

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Data

2004-02-01

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Associação Paulista de Medicina (APM)

Resumo

CONTEXTO: Embora cerca de 30% a 50% dos pacientes hospitalizados em unidades de terapia intensiva (UTI) recebam algum tipo de sedativo, existe escassez de informações sobre efeitos adversos desta prática, especialmente no Brasil. Estes efeitos podem ser significantes e o uso de sedativos é associado a elevação de infecção e mortalidade, mesmo sendo difícil avaliar o impacto clínico deste procedimento. OBJETIVO: Avaliar o impacto da sedação sobre incidência de complicações e mortalidade em doentes graves durante internação em unidade de terapia intensiva. TIPO DE ESTUDO: Estudo prospectivo. LOCAL: Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina. PARTICIPANTES: Após excluídos pacientes que permaneceram menos de 24 horas ou sem exames indispensáveis para o cálculo do índice de gravidade (APACHE II), restaram 307 pacientes. Estes foram divididos em dois grupos: Grupo Sedado e Grupo Não Sedado. Constatada heterogeneidade com relação ao APACHE II, foram pareados 97 sedados e 97 não sedados com idênticos índices de gravidade. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Impacto da sedação e das técnicas sobre a mortalidade, tempo de internação, além da incidência de escara de decúbito ou pressão, trombose venosa profunda e infecção. RESULTADOS: Não houve diferença na incidência de trombose venosa profunda, entre os grupos Sedado e Não Sedado, enquanto que escara de decúbito foi significativamente maior nos sedados (p = 0,03). Infecção foi detectada em 45,4% dos pacientes com sedação e em 21,6% dos pacientes sem sedação (p = 0,006). A mortalidade para os pacientes que não receberam qualquer tipo de sedativo foi de 20,6% e, para aqueles que foram sedados durante a internação, foi de 52,6% (p < 0,0001). CONCLUSÕES: Conclui-se que a sedação está associada a maior duração da internação, morbidade e mortalidade significativas. Apesar da intensidade das associações encontradas, não é possível estabelecer relação causal entre sedação e mortalidade.
CONTEXT: Although 30 to 50% of hospitalized patients in a critical care unit are under sedation, there is sparse data on the impact of sedation on morbidity and case-fatality rates in Brazil. Sedation is associated with higher risks of infection and death rate among patients. However, it is difficult to assess the clinical impact of sedation. OBJECTIVE: To evaluate the impact of sedation on the incidence of nosocomial infection and all-cause deaths at a critical care unit. TYPE of STUDY: Prospective study. SETTING: Tertiary-care teaching hospital. PARTICIPANTS: After the exclusion of patients hospitalized for less than 24 hours, 307 patients were assigned to two groups, considering their states of sedation. After confirmation of heterogeneity in relation to the Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II) prognostic system, 97 sedated and 97 non-sedated patients were matched in relation to this severity index. MAIN MEASUREMENTS: Impact of sedation on deep venous thrombosis, incidence of decubital eschars, presence of infection, mortality and length of hospital stay. RESULTS: There was no difference in the incidence of deep venous thrombosis between the sedated and non-sedated groups, while the frequency of decubital eschars was significantly higher among sedated patients (p = 0.03). Infection was detected in 45.4% of patients under sedation and 21.6% of patients not under sedation (p = 0.006). Mortality for patients that did not receive any kind of sedative was 20.6% and, for those that were sedated during hospitalization, the rate was 52.6% (p < 0.0001). The sedated patients had longer hospitalization (11 vs. 4 days) (p < 0.0001). CONCLUSION: We concluded that sedation is associated with higher infection risk and case-fatality rate, and longer hospital stay.

Descrição

Palavras-chave

Complicações, Mortalidade hospitalar, APACHE, Unidades de terapia intensiva, Cuidados intensivos, Intensive care unit, Complications, APACHE, Mortality

Como citar

São Paulo Medical Journal. Associação Paulista de Medicina - APM, v. 122, n. 1, p. 8-11, 2004.