Dissertações - Saúde Coletiva em Odontologia - FOA

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  • ItemDissertação de mestrado
    Desafios e perspectivas da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na inserção no mercado de trabalho
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-14) Carneiro, Carolina Santos de Almeida [UNESP]; Garbin, Cléa Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, impactando no comportamento emocional e social do ser humano. Em consequência disso, esses indivíduos encontram extrema dificuldade ao tentar a inserção no mercado de trabalho. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática e uma pesquisa com indivíduos com TEA que estão em busca de emprego e aqueles que já estão inseridos, a fim de compreender as dificuldades, potencialidades e de que forma podem contribuir no ambiente laboral. Metodologia: Foi executado uma uma busca de evidências presentes nas bases de dados Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scopus, Web Of Science e Embase para realização da revisão sistemática referente aos jovens adultos com TEA. Foram encontrados 6.385 estudos e de acordo com os critérios de exclusão foi obtido um número final de doze trabalhos. Para o estudo transversal, descritivo, quanti-qualitativo, realizou-se a coleta de dados com as pessoas diagnosticadas com TEA e que estavam inseridos na associação de capacitação para o mercado de trabalho (n=22) (FAMA) para avaliar o perfil sociodemográfico e as variáveis dos que estão inseridos no mercado de trabalho e seu desempenho no ambiente laboral. Resultados: A revisão constou com doze trabalhos, onde todos respondiam a questão das dificuldades e potencialidades das pessoas com TEA que estavam inseridos no ambiente laboral e aqueles que estavam em busca, apresentando controvérsias nos estudos, como dificuldades a adaptação e compreensão para a permanência no ambiente laboral, porém, outros viam, o transtorno como ponte forte devido ao auto grau de percepção visual. No estudo transversal, constatou que, aqueles que estavam inseridos no mercado de trabalho, avaliaram seu desempenho no emprego como razoável (87,50%), além de relatarem não conseguir fazer todas as atividades que eram designadas (100%), assim como, sentiam que sofriam preconceito ou discriminação pelo seu diagnóstico (87,50%). Conclusão: As maiores dificuldades como realizar as atividades delegadas e preconceito que os autistas vivenciam em seu cotidiano têm sido uma barreira para a inserção e permanência no ambiente laboral, porém, outros viam que as características inerentes ao transtorno como ponto forte. Estratégias fornecidas a esse público como treinamentos, adaptações no ambiente de trabalho, apoio das empresas e dos próprios empregadores podem ajudar a reconhecer o imenso valor que eles podem trazer para o local.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estimativa do sexo: estudo de medidas do osso úmero em uma população brasileira
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-08-11) Fernandes, Eder Akydawan de Paiva Gomes [UNESP]; Schmidt, Cristhiane Martins [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A identificação do sexo é um dos primeiros passos na identificação de restos mortais humanos em contextos forenses. Embora a análise de ossos clássicos, como o crânio e o púbis, seja comumente utilizada para determinar o sexo, esses ossos nem sempre estão disponíveis ou em condições de serem analisados. Estudos recentes mostram que os ossos longos do esqueleto, incluindo o úmero, geralmente estão bem preservados durante casos forenses, tornando-os uma boa alternativa para a estimativa sexual. O presente estudo foi dividido em duas partes, com a primeira tendo como objetivo identificar na literatura as técnicas mais utilizadas para a estimativa de sexo a partir do úmero, e avaliar a sua eficácia. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Portal Regional BVS, SCIELO, MEDLINE, Web of Science e PubMed, entre os anos de 2016 e 2021, incluindo artigos em português, inglês e espanhol. Dos 235 artigos encontrados, foram selecionados 25 que atendiam aos critérios de inclusão. Os resultados mostraram que mais de uma técnica é empregada para estimar o sexo a partir do úmero, incluindo mensurações diretas e indiretas, como fotografias, scanner de tomografia e fluorescência de raios-X, além de métodos não métricos que observam características ósseas a olho nu ou com o auxílio de uma lupa. Concluiu-se que o úmero se apresenta como uma alternativa viável para a estimativa de sexo em análises forenses, por meio de métodos de mensuração direta e indireta, sendo que os métodos não métricos não se mostraram tão acurados. A segunda parte do estudo utilizou do conhecimento adquirido na revisão de literatura para avaliar a precisão da estimativa de sexo a partir do úmero em uma população do sudeste brasileiro. Foram mensurados sete parâmetros de cada úmero, utilizando um paquímetro digital e uma tábua osteométrica, em uma amostra composta por 42 úmeros catalogados, sendo 30 de homens e 12 de mulheres, pertencentes ao Biobanco "Ossos, dentes e cadáveres humanos" do laboratório de Anatomia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (UNICAMP). Os resultados mostraram que a diferença de médias para todas as variáveis mensuradas foi significativamente maior em homens do que em mulheres, com uma precisão de 85,7% para o parâmetro único mais eficaz na previsão do sexo, a largura epicondilar. As razões de dimorfismo sexual foram calculadas para determinar o nível de diferenças entre os sexos, e o úmero se mostrou um osso competente e capaz de estimar sexo nessa população, através de medidas diretas da largura epicondilar.
  • ItemDissertação de mestrado
    Condição sistêmica, hábitos de vida e condição periodontal de gestantes adolescentes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-05) Tamanaha, Aryane Kame [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os adolescentes podem adotar hábitos desfavoráveis à saúde, como consumo de fumo e álcool e início da prática sexual desprotegida, desencadeando gestação não planejada e Infecção Sexualmente Transmissível (IST). O objetivo neste trabalho foi analisar a prevalência de doenças sistêmicas, planejamento gestacional, hábitos de vida e a condição periodontal em gestantes adolescentes e adultas jovens. Foi realizado um estudo retrospectivo, de análise documental com gestantes adolescentes e adultas jovens, de alto risco, que realizaram o pré-natal médico em um Ambulatório Médico de Especialidades (AME), centro de referência para 28 municípios da região noroeste do estado de São Paulo. Foram incluídos no estudo, todos os prontuários de gestantes, com idade entre 13 e 24 anos, que passaram pela primeira consulta odontológica, realizada entre 2015 e 2019 (n=658). A faixa etária e Índice Periodontal Comunitário (IPC) foram consideradas variáveis dependentes. Foram consideradas variáveis independentes: classificação de alto risco gestacional, dados sociodemográficos, período gestacional, número de filhos nascidos e vivos, planejamento gestacional, hábitos de fumo, consumo de álcool, morbidade bucal referida, uso do serviço odontológico e presença de distúrbios sistêmicos. Os testes qui-quadrado e teste G (p<0,05) foram efetuados entre faixa etária e dados sociodemográficos, presença de IST, planejamento gestacional, hábitos de fumo antes e durante a gestação e consumo de bebida alcoólica. Também foi realizado teste de associação entre Índice Periodontal Comunitário e condições relacionadas à morbidade bucal referida, uso do serviço odontológico, distúrbios sistêmicos, hábitos de fumar antes e durante a gestação e consumo de bebida alcóolica. Dentre as gestantes analisadas, 14,29% possuía menos de 15 anos, 53,80% eram de cor de pele branca, 44,53% estavam no 2º trimestre gestacional e 24,47% tinham pelo menos 1 filho nascido e vivo. Os motivos de encaminhamento ao pré-natal no AME mais frequentes foram: “características pessoais” das gestantes (38,78%), seguida por “morbidades” (32,14%), “doença obstétrica na gravidez atual” (21,18%) e “história reprodutiva anterior” (7,90%). Aproximadamente 8% possuía IST, sendo a sífilis a mais prevalente (4,26%). A gestação não foi planejada pela maioria das jovens (69,30%). Quanto aos hábitos, 16,26% delas fumavam antes da gestação, 8,36% tinham o costume de fumar durante a gestação e 8,81% tinham o hábito de ingerir alguma bebida alcóolica. Do total, 72,95% alegaram que seus dentes e gengiva estão em condição de “regular” a “muito ruim” e 1,52% nunca visitou um cirurgião-dentista. A gengivite foi a alteração mais prevalente (64,28%), e nenhuma gestante apresentou bolsa periodontal profunda. A faixa etária foi associada ao planejamento gestacional e o Índice Periodontal Comunitário esteve associado ao HIV (p=0,0296), diabetes (p=0,0001) e hábito de fumar durante a gestação (p=0,0191). Conclui-se que a maioria das gestantes não planejaram a gestação atual e parte delas apresentou IST e hábitos de fumo e álcool. A maioria apresentou alteração periodontal na forma reversível.
  • ItemDissertação de mestrado
    Tratamento odontológico e o controle glicêmico de pacientes portadores de diabetes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-08-22) Oliveira, Renan Akira Fujii de [UNESP]; Chiba, Fernando Yamamoto [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O diabetes é um severo problema de saúde pública em todo o mundo. Os efeitos da doença e suas complicações vão além do acometimento da saúde do indivíduo, comprometendo suas famílias e a sociedade. A doença tem amplas consequências socioeconômicas, impactando os sistemas de saúde e a economia, especialmente em países de baixa e média renda, nos quais frequentemente apresenta-se acompanhado de outras doenças, evidenciando a importância de estratégias de prevenção e monitoramento. Neste sentido, destaca-se a importância dos estudos que investiguem a relação entre as infecções orais e desordens sistêmicas. A presente pesquisa teve como objetivos: avaliar aspectos relacionados à prevalência, prevenção, assistência e complicações do diabetes em adultos nas unidades federativas (UF) brasileiras; e realizar uma revisão sistemática das evidências sobre o efeito do tratamento da doença periodontal no controle glicemico. A primeira etapa da pesquisa trata-se de um estudo observacional, com análise temporal, realizado em indivíduos adultos das UF brasileiras. Foram coletados dados sobre a prevalência e aspectos relacionados à prevenção, assistência à saúde e complicações do diabetes em indivíduos com 18 anos ou mais, por meio de consulta ao banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019, disponível no sistema público do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Houve aumento na prevalência de diabetes em 26 UF (96,30%), com variação de 3,3-9,3%, acompanhado de redução, em todas as UF, na proporção de pessoas que nunca avaliaram a glicemia, com variação de 3,6- 25,9%. Elevou-se a proporção de pessoas que utilizaram medicamentos para o controle da doença em todas as UF, com variação de 48,1-93,7%, entretanto, apenas 5 UF (18,52%) apresentaram aumento na proporção que obteve medicamento por meio do programa "Farmácia Popular". Observou-se aumento na proporção de pessoas que receberam assistência médica no último ano em 22 UF (81,48%), com variação de 53,2-87,3%, contudo, na maioria das UF houve diminuição na proporção que realizou todos os exames complementares (n=17) e todas as consultas com médico especialista (n=18). Em 14 UF (51,85%) observou-se aumento na proporção de internações, com variação de 4,7-31,4%, enquanto a proporção de pessoas com limitações nas atividades habituais diminuiu em 18 UF (66,67%), com variação de 2,4-20,5%. A prevalência do diabetes apresenta crescente aumento no país, evidenciando a necessidade de aprimoramento das estratégias de prevenção, assistência médica e farmacêutica, visando reduzir os agravos causados pela doença e suas complicações. Na revisão sistemática foram incluídos trabalhos nacionais e internacionais publicados nas bases de dados Cochrane, Embase, Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Scopus e Web of Science (WOS). Foram utilizados os seguintes descritores: Periodontal Diseases, Diseases, Periodontal, Parodontosis Parodontoses, Pyorrhea Alveolaris, Blood Sugar, Sugar, Blood, Glucose, Blood, Glycemic Indices, Glycemic Index Number, Glycemic Index Numbers, Dental Care, Dental Anxiety. Foram incluídos estudos clínicos randomizados controlado realizados em seres humanos adultos, que relacionaram diretamente o efeito do tratamento de doeça periodontal sobre o controle glicemico, sem restrições de ano da publicação e idioma. Do total de 2153 artigos encontrados, 16 estudos foram incluídos na revisão. Os textos completos destas publicações foram obtidos para leitura e análise da qualidade metodológica. Verificou-se que 13 estudos (81,25%) demonstraram que o tratamento periodontal promoveu melhora no controle glicemico, com diferenças estatisticamente significativas nos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c), enquanto 3 estudos (18,75%) não observaram relação entre o tratamento e o controle glicemico. Salienta-se a importância da realização de novos estudos para confirmar esses achados, considerando a relação bidirecional entre a doença periodontal e o diabetes, a alta prevalência dessas doenças e o potencial impacto negativo do manejo inadequado do diabetes na morbidade, mortalidade e qualidade da vida da população.
  • ItemDissertação de mestrado
    As doenças infectocontagiosas no contexto da saúde pública : profilaxia pré-exposição ao HIV e o impacto da Covid-19 no tratamento da AIDS
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-01) Butarelo, Ana Victória [UNESP]; Garbin, Artênio José Isper [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Já se passaram quase quatro décadas desde o primeiro diagnóstico da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) no Brasil e até hoje a prevenção e tratamento da doença, em muitos contextos, é um desafio para a saúde pública. O objetivo desse estudo foi avaliar a adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV após 3 anos de implantação no Sistema Único de Saúde (SUS) e o comportamento de pacientes soropositivos (HIV+) em relação ao tratamento antirretroviral em dois momentos distintos: antes e durante a pandemia causada pelo coronavírus, tendo em vista todas as mudanças que ocorreram na organização da sociedade e no acompanhamento dos pacientes durante esse período. Trata-se de um estudo de análise documental, ecológico, quantitativo, realizado no período de janeiro de 2021 a julho de 2022, no Brasil, através de dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde. As variáveis estudadas são relacionadas ao tratamento profilático ao HIV – PrEP HIV e ao acompanhamento do tratamento de pacientes soropositivos antes e durante a pandemia do covid-19. Foi realizada análise estatística descritiva e os resultados apresentados sob a forma de tabelas e gráficos. Utilizou-se o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis “descontinuidade da PrEP” e “tipo de população-chave”, o teste binomial de duas proporções para comparar os hábitos sexuais no primeiro e último atendimento e o teste de Friedman para verificar diferenças estatisticamente significante entre as variáveis “PVHIV vinculadas”, “dispensação de antirretrovirais (TARV)”, “PVHIV que iniciaram a TARV”, “atraso na retirada de medicamentos”, de acordo com o ano. O nível de significância adotado foi de 5%. O processamento e análise estatística foi realizada com auxílio do software Bioestat versão 5.0. Houve associação estatisticamente significante entre as variáveis “descontinuidade da PrEP” e “tipo de população-chave”, e diminuição no uso de preservativo e no número de parcerias sexuais entre a primeira e última consulta e diferença estatisticamente significante (p<0,05) entre as variáveis “PVHIV vinculadas”, “dispensação de antirretrovirais (TARV)”, “PVHIV que iniciaram a TARV”, “atraso na retirada de medicamentos”, de acordo com o ano. A adesão à PrEP é crescente no país, entretanto a descontinuidade no tratamento é elevada, dificultando o sucesso do método. Durante a pandemia causada pelo Covid-19, mesmo com o aumento no número de pacientes diagnosticados e vinculados ao SUS, houve queda no número de dispensações de medicamentos e de pessoas que iniciaram o tratamento, além do aumento no atraso para a retirada dos fármacos, evidenciando que as mudanças ocasionadas pelo coronavírus impactaram no tratamento ao HIV.
  • ItemDissertação de mestrado
    Ortodontia em saúde coletiva: epidemiologia das oclusopatias e da necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-24) Chiba, Erika Kiyoko [UNESP]; Garbin, Artênio José Ísper [UNESP]; Garbin, Cléa Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Epidemiologia tornou-se um ramo da ciência muito utilizado para a verificação das necessidades da população, o planejamento de ações e a organização dos serviços em saúde. Para isso, primeiramente, é fundamental realizar o diagnóstico situacional, a partir de dados específicos, em busca da compreensão e atuação sobre os problemas de saúde encontrados em coletividade. As oclusopatias têm sido uma das condições bucais mais prevalentes e, em consequência, houve o crescimento da demanda por tratamento ortodôntico. Nesta perspectiva, índices oclusais foram elaborados para medir a ocorrência das oclusopatias tendo em vista a priorização da necessidade de tratamento. O conhecimento da temática em escala global permitiu uma visão ampliada do problema e das estratégias desenvolvidas em saúde bucal. Neste contexto, a presente pesquisa teve os seguintes objetivos: 1) realizar uma revisão sistemática das evidências científicas existentes sobre a prevalência da necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes na faixa etária de 12 à 15 anos de idade; 2) investigar a prevalência das oclusopatias e a necessidade normativa de tratamento ortodôntico em adolescentes de 12 anos de idade. Na revisão sistemática foram incluídos trabalhos nacionais e internacionais publicados nas bases de dados Cochrane, Embase, Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Scopus e Web of Science (WOS). A busca inicial não se limitou a nenhum filtro disponível nas bases de dados e utilizou os seguintes descritores: prevalence, epidemiology, malocclusion, index orthodontic treatment need, child e adolescent. Termos utilizados na literatura científica também foram empregados: orthodontic treatment need, index for need of orthodontic treatment, index of orthodontic treatment needs, IOTN index, dental aesthetic index e DAI index. Foram incluídas publicações que avaliaram a prevalência da necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes entre 12 à 15 anos de idade utilizando o Índice de Estética Dentária (DAI) e/ou Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN) em estudos epidemiológicos transversais, sem restrições de ano do periódico e idioma. Do total de artigos encontrados (n=2255), 525 estudos permaneceram após a remoção por duplicidade. Os títulos e resumos destas publicações foram avaliados e aplicando os critérios de exclusão, selecionou-se 38 artigos. Para elegibilidade, os critérios de inclusão foram empregados e 11 estudos foram eleitos. Os textos completos destas publicações foram obtidos para leitura e análise da qualidade metodológica. Com relação aos achados da necessidade de tratamento ortodôntico global, houve variabilidade nos resultados, mas observou-se que a prevalência foi considerada alta. Quanto às ações desenvolvidas, foram sugeridas a educação em saúde bucal para os adolescentes e pais com foco na prevenção e no tratamento interceptativo precoce das oclusopatias, bem como, inserção da ortodontia nos programas de saúde com a implantação de mais centros especializados. A segunda etapa desta pesquisa consistiu em um estudo observacional e transversal, realizado com 461 adolescentes de 12 anos de idade, matriculados em escolas públicas de um município de médio porte do Estado de São Paulo. A oclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico foram avaliadas por meio da Classificação de Angle e do DAI. Os dados foram analisados utilizando estatística descritiva e as distribuições absolutas e percentuais das variáveis categóricas foram tabuladas. A verificação da associação entre os resultados dos exames clínicos para diagnóstico de oclusopatias utilizando a Classificação de Angle e o DAI foi realizada por meio do teste G, adotando-se um nível de significância de 5%. O processamento e a análise dos dados foram realizados com auxílio do Programa Epi-InfoTM versão 7.2. (Center for Disease Control and Prevention). O diagnóstico da oclusão, segundo a Classificação de Angle, mostrou que 8,89% apresentavam oclusão normal, 56,83% oclusopatia em Classe I, 24,08% em Classe II e 10,20% em Classe III. A prevalência da necessidade de tratamento ortodôntico, segundo o DAI, foi de 52,69% dos adolescentes considerando tratamento eletivo à obrigatório. Houve associação entre os resultados dos exames clínicos para diagnóstico de oclusopatias utilizando a Classificação de Angle com o DAI (p <0,0001). A prevalência das oclusopatias e da necessidade normativa de tratamento ortodôntico foi elevada, sendo 18,44% dos adolescentes com necessidade de tratamento obrigatório. Os índices foram eficazes para a identificação das oclusopatias, entretanto por avaliarem aspectos clínicos distintos, poderiam ser utilizados concomitantemente para aprimorar o diagnóstico das oclusopatias.
  • ItemDissertação de mestrado
    Prevalência de oclusopatias em jovens de 12 anos de idade: impactos físicos, sociais e emocionais
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-12-21) Gonçalves, Cláudia Silva [UNESP]; Chiba, Fernando Yamamoto [UNESP]; Garbin, Artênio José Ísper [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    As oclusopatias representam um importante problema de saúde pública por apresentarem alta prevalência, possibilidade de prevenção, tratamento e promoverem prejuízos significantes na qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Assim, torna-se fundamental a realização de estudos que investiguem a distribuição, a severidade e as consequências das oclusopatias em diferentes populações, visando contribuir para o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas que minimizem a instalação e o agravamento das oclusopatias. Entretanto, nota-se que não há consenso sobre qual índice de oclusopatias melhor se adequa para a realização de estudos epidemiológicos, oferecendo critérios completos para classificar a presença, severidade e a necessidade de tratamento ortodôntico. Nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivos: realizar uma revisão de literatura sobre os índices de oclusopatias e analisar suas aplicações na saúde pública; e investigar a prevalência, severidade e necessidade de tratamento das oclusopatias e seus impactos na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em adolescentes de 12 anos de idade. A revisão incluiu trabalhos nacionais e internacionais publicados nas bases de dados Pubmed, SciELO, Web of Science, Scopus, Bireme e Embase. A busca nas bases de dados considerou o período de 1899 a 2019 e utilizou os seguintes termos: saúde pública, métodos epidemiológicos, índices, levantamentos epidemiológicos, odontologia preventiva, maloclusão, oclusopatias e ortodontia. Foram incluídas publicações sobre o desenvolvimento e uso de índices de oclusopatias em estudos clínicos e epidemiológicos, sem restrições de metodologia e linguagem. Os títulos e resumos dos artigos encontrados foram avaliados e as versões completas das publicações elegíveis foram obtidas para leitura e análise. Cinquenta e dois índices e suas variações foram identificados e, desses, a maioria destinava-se a avaliações individuais, portanto sua utilização em saúde pública foi dificultada pelos requisitos de sua aplicação, como a necessidade de especialistas, análise de modelos de gesso, exames complementares como radiografias cefalométricas e fotografias, equipamentos específicos, necessidade de acompanhamento longitudinal dos casos, e avaliações exclusivamente objetivas ou subjetivas. Os índices apresentaram aspectos positivos ao analisarem parcialmente as condições físicas, funcionais, psicológicas e sociais, entretanto, ainda é um desafio encontrar um índice unânime para avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico e os impactos das oclusopatias sobre a qualidade de vida dos indivíduos, com aplicabilidade em saúde pública. A segunda etapa desta pesquisa consistiu em um estudo observacional, transversal, analítico, do tipo inquérito, realizado com 453 adolescentes de 12 anos, matriculados em escolas públicas do município de Araçatuba-SP. A oclusão foi avaliada por meio do Índice de Estética Dental (DAI), enquanto o Child Perceptions Questionnaire11-14 (CPQ11-14) foi utilizado para avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Os escores do CPQ11-14 foram comparados de acordo com o sexo e presença de oclusopatia por meio do teste de Mann-Whitney. A análise segundo a severidade da oclusopatia foi realizada por meio do teste de Kruskal-Wallis. A correlação entre a severidade da oclusopatia e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal foi avaliada com base nos resultados dos escores do DAI e do CPQ11-14 por meio do teste de correlação de Spearman. A prevalência de oclusopatia definida ou superior foi de 53,86%, enquanto a oclusopatia muito grave ou incapacitante foi observada em 18,76% dos adolescentes. Houve correlação positiva significativa (r = 0,7006; p <0,0001) entre os escores do DAI e do CPQ11-14. Adolescentes com oclusopatias apresentaram escores totais do CPQ11-14, assim como escores dos domínios bem-estar emocional e social, significativamente maiores (p <0,05) comparados àqueles sem oclusopatia. O escore total do CPQ11-14 foi significativamente maior (p = 0,0251) nos adolescentes do sexo feminino (16,91 + 10,52) em relação aos do sexo masculino (14,61 + 9,70). A presença de oclusopatias foi elevada, com predomínio de oclusopatias classificadas como definidas, e com necessidade de tratamento eletivo. Essa condição impactou negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos adolescentes, principalmente os aspectos emocionais e sociais. O impacto das oclusopatias em diferentes aspectos da qualidade de vida deve ser considerado na elaboração de estratégias de diagnóstico e tratamento.
  • ItemDissertação de mestrado
    Aleitamento natural e artificial: relações com a ocorrência de bactérias cariogênicas e saúde do bebê.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-10-21) Ramirez, Gleice Tibauje Vicente [UNESP]; Okamoto, Ana Cláudia [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros 6 meses de vida do bebê, e sabe-se que hábitos alimentares inadequados estão associados a várias doenças, como cárie dentária e obesidade. A cárie dentária está relacionada a microrganismos como Streptococcus mutans que, por sua vez, facilitam a colonização por Candida. O objetivo nesta pesquisa foi analisar a ocorrência de S. mutans, Candida, uso de antibiótico, internação hospitalar e hábitos alimentares da criança e relacionar esses aspectos com a modalidade de aleitamento, no binômio mãe-filho, bem como com o índice de higiene bucal. Trata-se de um recorte de um estudo longitudinal, com 42 pares de mães e crianças aos 30 meses de vida. O exame clínico, para averiguação de presença de cárie e Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS), foi realizado nos pares em visitas domiciliares, além de aplicação de questionário sobre hábitos alimentares, uso de antibiótico e internação da criança, e coleta de saliva de mãe e filho, para análise de cultura de S. mutans e Candida. Como principais resultados, verificou-se que 64,28% das mães interromperam o aleitamento materno antes dos 06 meses de idade do bebê, 100,00% de bebês apresentaram S. mutans, 51,28% apresentaram Candida, 57,14% dos bebês foram submetidos à antibioticoterapia, 21,42% foram internados, 73,80% tinham hábitos alimentares inadequados, 71,43% fizeram uso de aleitamento artificial e 100,00% apresentaram (IHOS) baixo, e 11,90% das crianças apresentaram lesão de cárie. Portanto, com base nos resultados obtidos e respeitando-se os limites do estudo, concluiu-se que não houve relação da variável desmame precoce com a presença de S. mutans e Candida, uso de antibióticos e a internação hospitalar da criança, porém, houve a associação de presença de cárie com as variáveis desmame precoce-hábito alimentar (p=0,046) e uso de mamadeira-aleitamento artificial (p=0,018).
  • ItemDissertação de mestrado
    Análise do perfil epidemiológico da cárie dentária em crianças na cidade de Benguela, Angola
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-11-06) Songa, Marcial António Simão [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A prevalência de cárie dentária em países de baixa e média renda tem aumentado, tornando-se um problema de saúde significativo, em função de que os dentes cariados geralmente não são tratados e, portanto, desencadeiam dor e sofrimento nas crianças. Esta doença tem sido muito observada em função da dieta moderna e à mudança de estilos de vida. O objetivo neste trabalho foi analisar o perfil epidemiológico da cárie dentária em crianças de 5 e 12 anos de idade, na cidade de Benguela, Angola. Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, realizado nas escolas do município de Benguela em Angola. Utilizou-se os códigos e critérios da OMS para a cárie dentária e uma ficha clínica. Foram examinados 430 escolares, sendo 190 de 12 anos e 240 de 5 anos de idade de ambos os sexos, das escolas urbanas, periurbanas e rurais. O índice CPOD e ceod foram calculados e as seguintes variáveis foram pesquisadas: gênero, localização geográfica da escola, idade, frequência ao dentista, número de lavagem dos dentes, uso de pasta de dentes, consumo de alimentos açucarados. Foram realizados testes estatísticos de Qui-quadrado e teste Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Calculou-se as “OR” e “IC”. Os resultados da pesquisa demonstram que 62,63% (n=119) das crianças de 12 anos e 42,08% ( n=101)% das crianças de 5 anos apresentaram-se livres de carie dentária. O CPOD médio foi de 0,76 e o ceod foi de 2,19. Na análise dos componentes dos índices verificou-se que não havia dentes restaurados. Para as crianças de 5 anos, a cárie dentária esteve associada à variável localização periurba (p=0,01). As crianças de 12 anos que higienizam a boca 1 vez ao dia, correspondem a 80%. Não se verificou o uso do fio dental. Verificou-se ainda, em 75% das crianças o consumo de bebidas e alimentos sólidos açucarados industrializados uma vez por semana. Conclusão: Podemos concluir que a prevalência da cárie na dentição permanente foi muito baixa. Na dentição decídua a situação é crítica, em especial para as crianças da área peri-urbana e rural. A falta de acesso ao dentista e a total ausência de tratamento dos dentes afetados demonstram a necessidade de instituição de uma política pública de promoção de saúde bucal. A grande maioria escova os dentes, no entanto o uso do fio dental não é uma realidade. Os hábitos alimentares merecem atenção.
  • ItemDissertação de mestrado
    Automedicação e saúde pública: dimensionamento farmacoepidemiológico dos fatores de risco e comportamentos de saúde da população brasileira.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-24) Batista, Julia Arruda [UNESP]; Garbin, Clea Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O uso de medicamentos sem a formalidade prescricional configura, mundialmente, um problema de saúde pública. Pois, induz a efeitos adversos, dentre os quais podemos citar: intoxicações, desenvolvimento de cepas resistentes e doenças iatrogênicas. O objetivo deste estudo foi caracterizar e dimensionar a prática da automedicação na população adulta e idosa, da atenção primária à saúde, bem como, identificar possíveis associações entre estilo de vida e fatores de risco pelo uso de medicamentos sem prescrição. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e quantitativo, realizado na atenção primária à saúde de uma cidade de médio porte, no interior do estado de São Paulo. Para a condução da pesquisa foram utilizados um inquérito semiestruturado, dimensionado em três blocos temáticos, e um questionário denominado: “Estilo de Vida Fantástico”. Para a estatística, foram empregados a análise bivariada, a regressão logística binomial e o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Tendo em vista o elevado número de indivíduos adscritos nas unidades de saúde e viabilizando a coleta de dados, foi realizado o cálculo amostral, considerando para tal que 50% dos adultos e idosos fazem uso de medicamentos sem prescrição, conforme verificado na literatura. Ademais, para a correção de eventuais perdas, foram adicionadas 20% (n=77) ao tamanho amostral, com precisão de 5% e intervalo de confiança de 95%, totalizando a necessidade mínima de 461 participantes, à pesquisa. Dos 537 participantes, 98,1% relataram ter praticado automedicação nos últimos 15 dias. Verificaram-se associações entre: a variável dependente e a enxaqueca (OR=3,347 IC 95% 1,011- 11,078); presença de dor no momento atual (OR=2,189 IC 95% 1, 251-3,882); uso de medicamentos sob influência de familiares (OR=2,431 IC 95% 1, 402-4,215); recomendação de fármacos para pessoas do próprio convívio (OR= 1,965 IC 95% 1,246- 3,099); falta de leitura da bula (OR=1,682 IC95% 1, 079-2,624); gastos de medicamentos nos últimos 30 dias (OR=1,532 IC95% 1,032-2,273) e ausência de atividades de lazer (OR= 4,335 IC 95% 1,509-12,456). No que se refere ao uso de antibióticos, 40,6% dos indivíduos fizeram uso dessa classe terapêutica sem prescrição nos últimos 12 meses. Observou-se associações entre a variável dependente e a presença de dor atual (OR=2,390 IC95% 1,414-4,041); estoque domiciliar (OR=2,124 0 IC95% 1,122-4,021) e uso de medicamentos por recomendação (OR=1,722 IC95% 1,127-2,631). Além disso, os participantes que fizeram uso de antibiótico sem prescrição, no período de um ano, apresentaram os menores valores em todos os domínios avaliados pelo “Estilo de Vida Fantástico”, e tiveram as maiores proporções no score final “Precisa melhorar” e “Regular”. Conclui-se que, uma parte expressiva dos usuários da atenção primária à saúde fez uso de medicamentos sem prescrição, dentre os quais, antibióticos. Na investigação do estilo de vida percebeu-se que, os indivíduos que fizeram uso dessa classe terapêutica apresentaram os menores valores nos domínios avaliados, bem como, apresentaram maiores proporções no score “Precisa Melhorar” e “Regular”. Quanto aos fatores de risco associados à prática da automedicação, destacaram-se: presença de dor, uso das classes terapêuticas sob influência, presença de estoque domiciliar, falta de leitura da bula e ausência de atividades de lazer.
  • ItemDissertação de mestrado
    Qualidade de vida e práticas de cuidadores domiciliares de idosos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-09-02) Barbosa, Liliane Cristina [UNESP]; Saliba, Tânia Adas [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O envelhecimento da população brasileira causa impacto direto no sistema de saúde e a Constituição do Brasil prevê o direito ao atendimento domiciliar, enfatizando que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar a pessoa idosa. Objetivo: avaliar a qualidade de vida e identificar o conhecimento dos cuidadores em relação às práticas no processo de cuidar, bem como conhecer a condição bucal do cuidador e do idoso receptor de cuidado. Método: Trata-se de um estudo transversal, com 388 participantes, sendo 194 cuidadores e 194 idosos. A coleta dos dados foi realizada por meio de inquérito, utilizando-se roteiro semiestruturado e os instrumentos OHIP-14 e EQ-5D-3L/VAS. Aplicou-se os índices CPOD, uso e necessidade de próteses. Empregou-se os testes Qui-Quadrado, Mantel-Haenzsel e Regressão Logística. Resultado: Do total dos cuidadores, 80,93% era do sexo feminino, 89,18% membro da família, 10,82% contratado e 91,3% adquiriu conhecimento em saúde bucal na prática diária. Registrou-se CPOD de 19,24 para cuidadores e 28,70 para idosos, ambos com predomínio do compo¬nente perdido. Dos cuidadores, 57,73% usava prótese e dos idosos, 63,40%. A necessidade de prótese foi alta, principalmente no arco inferior (34,54% cuidadores e 51,55% idosos). A escala OHIP-14 demonstrou impacto na qualidade de vida dos cuidadores nas dimensões física e psicológica. No instrumento EQ-5D-3L, observaram-se problemas moderados e ou extremos nas dimensões mobilidade, autocuidado, atividades habituais, dor/mal-estar e ansiedade/depressão. Conclusão: O impacto na qualidade de vida dos cuidadores foi minimizado pela presença de contextos culturais pouco valorativos de autocuidado associados à percepção positiva de saúde bucal, mesmo em condições clínicas precária. A prevalência do sexo feminino foi alta, pois o cuidado ainda é considerado como sendo característica da mulher. A rotina de cuidados prestados aos idosos é uma atividade complexa, requerendo capacitação e programas de assistência voltados aos cuidadores domiciliares de idosos.
  • ItemDissertação de mestrado
    O esportista e a prevalência de trauma bucomaxilofacial: conhecimento e uso de protetor bucal, hábitos e respiração na prática esportiva
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-04-24) Rejaili, Jorge Abou [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O trauma buco maxilo facial (TBMF) relacionado à prática esportiva tem aumentado nos últimos anos, portanto é fundamental investigar os esportes de maior ocorrência, a saúde bucal dos atletas e a adoção de medidas preventivas. O objetivo neste estudo foi verificar a prevalência de trauma buco-maxilo-facial (BMF) em atletas; a relação com a modalidade esportiva praticada, bem como conhecimento e uso de protetores bucais, hábitos de higiene bucal, hábitos sociais e de hidratação. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, envolvendo 647 atletas praticantes de diferentes esportes em um município do Brasil. Os participantes responderam a um questionário que abordava como desfecho primário a ocorrência de trauma na região da cabeça e pescoço durante atividades esportivas e o conhecimento e uso de protetores bucais. As seguintes variáveis também foram investigadas: esporte praticado, região afetada, escovação, uso do fio dental, consumo de refrigerantes, bebidas alcoólicas, tabagismo, hidratação e a respiração durante a prática esportiva. Do total, 148 atletas (22,87%) sofreram TBMF e os esportes de maior ocorrência foram o basquetebol e o futebol. Houve associação significativa entre ocorrência de TBMF e desconhecimento sobre protetores bucais (p=0,0042) e modalidade esportiva (p<0,0001). A boca foi o local mais acometido (30,40%), a cotovelada foi a principal causa (32,54%). O protetor bucal era conhecido por 538 atletas (83,15%), no entanto, apenas 169 (26,12%) utilizavam, sendo 13 (7,69%) deles personalizados. Verificou-se que 313 atletas (48,53%) respiravam pela boca durante a prática esportiva, 381 (58,89%) não ingeriam refrigerantes, 618 (95,52%) não fumavam e 98 (15,15%) consumiam bebidas alcoólicas ao menos duas vezes por semana. A maioria dos atletas (n=554; 85,63%) ingeria apenas água, enquanto 138 (21,33%) consumiam energéticos durante o exercício. O fio dental não era usado por 212 (32,77%) atletas e 606 (93,67%) escovavam os dentes 2 a 3 vezes ao dia. A maioria dos atletas conhecia os protetores bucais, no entanto, poucos faziam uso. Grande parte dos atletas apresentava respiração bucal durante a prática esportiva e embora todos realizassem a escovação dentária, uma parcela considerável não fazia uso de fio dental. O consumo de refrigerante, bebidas alcoólicas e cigarros foi baixo.
  • ItemDissertação de mestrado
    Nível de ruído em clínica de ensino de odontologia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-08-06) Peña Téllez, Maria Elizabeth [UNESP]; Saliba, Tânia Adas [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Na atualidade o ruído constitui um dos problemas ambientais mais relevantes. Na prática odontológica a exposição a ruídos deve ser controlada para evitar danos à saúde do profissional. Objetivou-se neste estudo investigar a presença de alterações auditivas e avaliar o conhecimento dos estudantes de odontologia sobre a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído; verificar os níveis de ruídos gerados durante o uso das canetas de baixa e alta rotação, assim como em diferentes pontos da Clínicas de Ensino de Odontologia durante as aulas práticas nos tratamentos odontológicos. Trata-se de um estudo transversal, amostra composta por 81 estudantes do terceiro ano curso diurno e quarto ano curso noturno de odontologia. Foi aplicado um questionário semiestruturado e auto administrado com questões referentes a transtornos auditivos, exames audiométricos e conhecimento da Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR).Com o propósito de verificar os níveis de ruído que atingem o operador e paciente durante a execução de tratamentos odontológicos, foram feitas medições usando como instrumento o decibelímetro Digital Profissional marca Hikari Hdb-882,a uma distância de 5 cm, 15cm e 50 cm do ouvido direito do operador com 5 segundos de duração. Foram medidos os ruídos gerados no ambiente da Clínica com todos os equipamentos em funcionamento colocando o aparelho em pontos pré-estabelecidos nos cantos e centro da clínica. Foi realizado a análise estatística, ao nível de significância de 5%. Os resultados mostraram a presença de transtornos auditivos em 14,8 % dos estudantes. Do total, 28,4 % haviam feito exames audiométricos; 24,6 % tem familiares com problemas de audição ;11,1 % doenças preexistentes;49,3 % necessitaram repetição durante uma conversa;34,4 % apresentam sintomas de irritabilidade no ambiente das aulas práticas e consideram as canetas de alta rotação o instrumento mais ruidoso. Em relação aos resultados sobre conhecimentos 93,8 % afirmaram que o cirurgião dentista é um profissional de risco para perda auditiva por ruído, mas 83,9 % ainda não recebeu orientação sobre o PAIR. Quanto ao uso do protetor auricular 77,7 % não conhecem, e apenas 3,7 % referem haver usado. Os resultados das medições mostraram ruidos elevados com canetas de alta rotação : 77,31 dB, 75,30dB y 73,52 dB a distancias de 5cm,15cm y 50 cm respectivamente do ouvido do operador .Com as peças de baixa rotação ,medias de 72,80dB ,71,60 dB y 70,26dB en iguais distancias . Na área clínica obtivemos: 72,90 decibéis (dB) (± 0,94 dp) ao centro; 74,2dB (± dp 0,91); 76,3dB (± dp 0,86); 73,4 dB (± dp 0,41); 74,2dB (± dp 0,30); nos cantos. Todos os valores estiveram acima dos níveis aceitos pela Organização Mundial da Saúde que estabelece a polução sonora a partir de 55 dB. Com a pesquisa, foi desenvolvido um aplicativo denominado EscutaSaúde, o qual permite medir os ruídos em tempo real, durante os tratamentos odontológicos, possibilitando ao profissional possuir o histórico dos registros. Conclui-se que há presença de transtornos auditivos em pequena parcela dos estudantes de odontologia e a grande maioria não apresenta conhecimento sobre a PAIR. Os ruídos gerados pelas canetas de baixa e alta rotação durante os tratamentos assim como os produzidos na área da clínica são elevados.
  • ItemDissertação de mestrado
    Condição da saúde bucal de pessoas com deficiência visual : análise da percepção, do acesso e da satisfação em relação aos serviços de saúde bucal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-02-26) Ortega, Mariana Martins [UNESP]; Garbin, Clea Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, segundo dados da fundação, com base no Censo 2010. Apesar da prevalência alta de deficiência visual, há pouca informação disponível sobre os cuidados de saúde bucal e as necessidades desses indivíduos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção e a condição de saúde bucal das pessoas com deficiência visual, bem como o acesso e a satisfação delas em relação aos serviços de saúde bucal. Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter transversal, realizado com pessoas com deficiência visual de um Instituto para cegos. Foi utilizado um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas sobre o tema. As variáveis pesquisadas foram: gênero, tipo de deficiência visual, tempo dessa deficiência, condição socioeconômica, percepção (OHIP-14) e condição da saúde bucal (CPOD), acesso e satisfação em relação aos serviços de saúde bucal. A análise de dados foi descritiva, sob a forma de frequência relativa, absoluta e analítica. Foi realizada a comparação entre variáveis categóricas por meio dos testes Qui-quadrado, teste Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Entre os resultados desta pesquisa, pode-se notar que, do total de pesquisados (n=72), 65,3% eram do sexo masculino, com média de idade de 34,6 ± 20,8 anos; metade possuía cegueira total. Quando perguntados sobre a necessidade de ir ao dentista, 66,7% responderam afirmativamente, e essa necessidade teve associação com a percepção da saúde bucal (p=0.024). Em relação ao impacto gerado na qualidade de vida do indivíduo, de acordo com as dimensões avaliadas, para a variável “percepção”, foram comparados os grupos cegueira total e baixa visão, em que a dimensão do desconforto psicológico foi estatisticamente significante (p=0.0008). Já em relação ao CPOD, foram encontrados valores estatisticamente significativos para a dimensão limitação funcional (p=0.0071). Foi encontrado um CPOD médio total de 12,8 para essa faixa etária. No que diz respeito ao acesso aos serviços de saúde bucal, 56,9% dos entrevistados relataram que a última visita ao dentista foi há menos de um ano. Destaca-se, também, que a maioria (84,3%) classificou o tratamento da última consulta como bom ou muito bom. O acesso aos serviços de saúde ocorreu tanto no serviço público quanto no privado, independentemente da classe econômica do pesquisado (p=0,174). Com isso, foi possível concluir que a percepção das pessoas com deficiência visual em relação à sua saúde bucal é boa e que a sua condição bucal está de acordo com a média da população brasileira, porém, essa média ainda é alta, de modo que são necessárias mais ações de promoção em saúde bucal para a melhora da condição bucal das pessoas com deficiência visual e da população em geral. Além disso, é importante observar que, ainda que as pessoas com deficiência visual estejam satisfeitas com os serviços de saúde bucal, elas encontram dificuldades quanto à acessibilidade. Sendo assim, são necessárias maiores políticas de inclusão e acesso para essas pessoas, a fim de que elas continuem cuidando da sua saúde bucal.
  • ItemDissertação de mestrado
    Organização da atenção pré-natal na rede regional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-02-27) Lofego, Léa [UNESP]; Saliba, Nemre Adas [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A rede de atenção à saúde maternoinfantil foi instituída em 2011 com a finalidade de promover melhorias na eficiência da gestão dos serviços, porém ainda se apresenta como um grande desafio para os gestores. Objetivo: Analisar a rede regional de atenção à saúde da gestante no SUS. Método: Trata-se de pesquisa de caráter transversal, quanti-qualitativa, tipo inquérito. Foram realizadas entrevistas com gestores de 28 municípios, do Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) e do Departamento Regional de Saúde (DRS) II do estado de SP, totalizando 86 entrevistados. As variáveis pesquisadas foram: realização de atividade educativa no pré-natal, existência de protocolo de atendimento e encaminhamento, organização da atenção à saúde bucal e geral à gestante, pactuação das referências e funcionalidade do sistema de referência e contrarreferência. Realizou-se análise de conteúdo para as questões discursivas e triangulação entre as respostas obtidas nos municípios, AME e DRS. Resultado: Observou-se que 78,57% dos municípios realizam atividade educativa com gestantes; 42,86% não possuíam protocolo de atendimento implantado e em 57,14% não havia critérios de encaminhamento estabelecidos. Do total de gestores municipais, 53,57% afirmaram realizar testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis e Hepatite B e C; 46,43% teste rápido de gravidez e 39,28% relataram avaliar a situação vacinal. Quanto à atenção odontológica primária, não havia protocolo instituído em 71,43% dos municípios e 32,14% não incluíam a gestante no grupo prioritário de atendimento. Há pouca compreensão quanto aos documentos de pactuação, deficiências no sistema de referência e contrarreferências e insuficiência de referências odontológicas. Conclusão: Conclui-se que a rede de atenção à saúde maternoinfantil tem garantido atividades educativas, porém encontra-se pouco articulada entre seus componentes, apresentando deficiências relacionadas ao processo de trabalho e à gestão dos serviços, decorrentes, em sua maioria, da inexistência de protocolos assistenciais e organizacionais.
  • ItemDissertação de mestrado
    Estudo dos protocolos de atenção à saúde da gestante de alto risco e prevalência de cárie dentária
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2019-02-27) Custódio, Lia Borges de Mattos [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser considerada uma experiência de vida saudável, que envolve alterações físicas, sociais e emocionais, no entanto, alguns fatores de risco podem desencadear evolução desfavorável à gestação. O objetivo neste trabalho foi analisar protocolos de atenção à saúde bucal de gestantes e condições bucais relacionadas à cárie. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de análise documental e levantamento epidemiológico de saúde bucal, com gestantes de alto-risco de 28 municípios que fazem referência a um Ambulatório Médico de Especialidades do estado de São Paulo. Foram obtidos protocolos de cuidado à saúde das gestantes dos municípios pesquisados e verificados os dados sobre acesso, indicação da primeira consulta odontológica e critérios de referência e contrarreferência. No levantamento epidemiológico, 1500 gestantes foram examinadas; o índice CPOD foi calculado e as seguintes variáveis independentes foram verificadas: idade, renda, escolaridade, hipertensão arterial, hipertensão arterial gestacional, diabetes mellitus, diabetes mellitus gestacional, obesidade, tabagismo. Foram realizados testes estatísticos de qui-quadrado e análises univariada e multivariada ao nível de significância de 5%. Dentre os municípios, 53,57% (n=15) não possuíam nenhum documento instituído e 46,43% (n=13) apresentaram algum documento que contemplasse a atenção pré-natal médico/enfermeira e odontológico. Nos documentos encontrados (n=16), havia registros de cuidados gerais na gestação e apenas 4 apresentaram protocolo de atenção à saúde bucal. A forma de “acesso” mais frequente, descrita nos documentos, foi a livre demanda e não se observou a definição de “gestante” como grupo prioritário na descrição dos serviços. Os mecanismos de referência e contrarreferência e a indicação de ao menos uma consulta odontológica na gestação não foram contemplados nos protocolos de saúde bucal. Do total de gestantes, apenas 5,93% (n=89) apresentaram CPOD=0. A cárie foi associada às variáveis: renda (OR=2,21; p<0,01); nível educacional (OR=2,20; p<0,001); hipertensão arterial (OR=1,50; p<0,01), tabagismo (OR=1,83; p<0,001) e obesidade (OR=1,80; p<0,01). Conclui-se que o cuidado odontológico no período pré-natal não se apresenta de forma organizada em protocolos de atenção à saúde. Os mecanismos de referência e contrarreferência precisam ser aprimorados. As gestantes de alto-risco apresentaram alta prevalência de cárie dentária e houve associação com renda, escolaridade, hipertensão arterial, tabagismo e obesidade.
  • ItemDissertação de mestrado
    Condição bucal autorreferida e o uso do serviço odontológico por gestantes de alto risco
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-09-27) Rós, Denise de Toledo [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A gestação é um período especial na vida de toda mulher, e visando o bem estar da família e melhoria das condições de saúde o acompanhamento de uma equipe multiprofissional é preconizado. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU), devido a relevância da temática, apresentaram metas e ações específicas para a redução da mortalidade materno-infantil. Dentre as ações destacam-se a ampliação do acompanhamento pré-natal e o incentivo ao aleitamento materno. Os objetivos nesta pesquisa foram: investigar a morbidade bucal referida e o uso de serviços odontológicos por gestantes de alto risco e analisar a intenção de aleitamento materno destas gestantes. Foi realizada pesquisa transversal, com 1200 gestantes de alto risco, que realizaram acompanhamento pré-natal no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) do município de Araçatuba. Na coleta de dados foram realizadas entrevistas padronizadas, utilizando-se formulário específico previamente testado em estudo piloto, com entrevistadores calibrados e em local apropriado. As variáveis dependentes foram: o uso do serviço odontológico, a condição bucal autorreferida, intenção de amamentação exclusiva e histórico de amamentação anterior. Para processamento dos dados foram empregados os softwares Epi Info 7.4.1, Bioestat 5.3 e IRAMUTEQ 0.7.2.0. O teste qui-quadrado ao nível de significância de 5% foi empregado para análises quantitativas. Do total de entrevistadas, 40,08% realizaram sua última consulta odontológica com mais de 1 ano, 72,17% relataram de “regular” a “muito ruim” seus dentes e gengivas e 75,58% afirmaram terem tido dor de origem dentária. A condição bucal autorreferida esteve associada com a idade (p=0,0156), escolaridade (p<0,0001), renda (p<0,0001), ocupação (p<0,0001), estado civil (p<0,0001) e com o uso do serviço (p<0,0001), e a consulta odontológica mostrou associação com idade (p=0,0194) e ocupação (p=0,0016). Sobre a amamentação, 8,76% das gestantes apresentavam condições que poderiam afetar o aleitamento. A pretensão de amamentação exclusiva foi afirmada por 93,83%, sendo 69,86% até os 6 meses. O histórico de amamentação anterior mostrou associação com pretensão de amamentação exclusiva (p=0,0165), período de amamentação pretendido (p<0,0001), apoio familiar (p=0,0494) e escolaridade (p=0,0472). A análise qualitativa mostrou, por meio de nuvem de palavra e análise de similitude, que os motivos mais relevantes para a recusa de amamentação exclusiva foram: HIV, uso de medicação, trabalho e falta de informação. Conclui-se que, apesar da condição bucal ser relatada de “regular” a “muito ruim” por parte das pacientes, o uso do serviço odontológico por gestantes de alto risco ainda foi baixo. A maioria das gestantes de alto risco pretendiam amamentar exclusivamente no peito por um período de 6 meses, no entanto, algumas condições poderiam interferir na amamentação. O histórico de amamentação de outros filhos influenciou a intenção de amamentar.
  • ItemDissertação de mestrado
    Reabilitação neuroclusal pelo método das Pistas Diretas Planas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-08-17) Teruel, Gabriela Peres [UNESP]; Garbin, Artênio José Ísper [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Occlusions diseases are in the public health problems due to their high epidemiological dimension during the infantile phase and are considered by the World Health Organization the third dental problem in public health. Among them, cross bites are highlighted, which is the inability of the two arches to occlude normally in the lateral or anteroposterior relationship. If not solved with an early intervention, it can compromise the craniofacial structure, the structures of the stomatognathic apparatus, the social and psychologi cal interaction of the individual. In this way, it is appropriate to apply preventive methods in order to reduce these public health ills, as well as to ensure the quality of life of patients. The objective of Chapter 1 was to report a clinical case of a child with unilateral posterior crossbite treated with the planas direct tracks method and in Chapter 2 to evaluate the effectiveness of the neuroclusal rehabilitation with the use of planas direct tracks through the analysis of models of gypsum and panoramic radiographs. It is a clinical study, following the RNO protocol with the use of planas direct tracks, wear on occlusal interferences and the preparation of slopes in inclined planes using composite resin, in order to promote the occlusal balance, performed with 21 children from 3 to 6 years of age studing in the Municipal Schools of Basic Education of a Brazilian municipality. Using a graphite tip, the reference points were marked on each gypsum model of both arcs, the intercanine and intermolar distance s to measure with a digital caliper. Panoramic radiographs were marked cephalometric points of the mandibular branch performed with ImageJ software. In the data analysis the software Bioestat 5.0 and Graphpad prism 7.0 were used. In the analysis of the models, we evaluated the intercanine distances that the statistical significance of the measurements before and after the treatment in the superior models, with value of p <0.0001. In the lower models for the same measure with p value <0.0044. In the intermolar evaluation, here was statistical significance only for the upper measurements p <0.0027. In the radiographic analysis, the cephalometric measures of condyle height at the base of the mandible and width were evaluated, being the right width before and a fter with p value <0.0918 and left with a p <0.0149. At the end of the treatment the difference between the right and left widths was p <0.0001 and the difference of the heights of p <0.0002. The difference between the height and the width of the right and left sides at the beginning was greater than the end of the treatment, which shows the previous growth was asymmetric and after the uncrossing, a symmetrical growth. It was concluded that the functional cross - bite was corrected by the treatment of the planas direct tracks, favorable clinical result was achieved, which demonstrated the effectiveness of the technique, and because of easy execution and use of daily dental materials, should be applied in public service and in private.
  • ItemDissertação de mestrado
    Concentração de cortisol salivar, saúde bucal e qualidade de vida de idosos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-02-27) Machado, Ana Carolina Bernardes [UNESP]; Saliba, Tânia Adas [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Mudanças advindas do processo de envelhecimento podem atuar como fatores determinantes para a incidência de estresse no idoso, impactando em sua qualidade de vida. O objetivo neste estudo foi comparar a concentração de cortisol salivar, uso de próteses dentárias, dependência física em idosos institucionalizados e não institucionalizados; e verificar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida e sintomas de depressão geriátrica em idosos não institucionalizados. Estudo do tipo quantitativo onde a amostra foi composta por 80 idosos, sendo 45 institucionalizados e 35 não institucionalizados. Realizou-se exame clínico bucal para avaliação de uso e necessidade de prótese nos arcos superior e inferior; coleta salivar para análise do marcador biológico cortisol e aplicação do Índice de Barthel para avaliar dependência física e mental. Foram empregados três questionários no estudo; para conhecimento do estado de saúde geral e uso de medicamentos, escala de depressão geriátrica (GDS-15) e Índice GOHAI. Na análise estatística empregou-se o software Bioestat (v. 5.03) para os testes de associação, ao nível de significância de 5%. A maioria dos idosos apresentou-se desdentado total, sendo 84,44% no grupo institucionalizado e 71,43% no grupo não institucionalizado. O uso de prótese foi menor entre os idosos institucionalizados, quando comparado ao grupo de idosos não institucionalizados (p= 0,0013). A análise das concentrações de cortisol salivar demonstrou diferenças significantes entre os grupos, com taxas mais elevadas no grupo institucionalizado (p=0,0397). Maiores concentrações de cortisol salivar foram encontradas em indivíduos que possuíam necessidades protéticas, com diferença estatisticamente significante (p=0,0454). O grupo institucionalizado demostrou-se mais dependente (p=0,0010). Do total de participantes não institucionalizados, 91,49% faziam uso de algum tipo de prótese, sendo que 74,28% utilizavam próteses duplas. Somente 8,58% dos idosos possuíam todos os dentes naturais. A pontuação média do Índice GOHAI foi de 18,00 (dp=3,1) sugerindo que os idosos tiveram baixa percepção de saúde bucal. Houve relação estatisticamente significante entre altas concentrações de cortisol salivar e baixa autopercepção de saúde bucal (p=0,000); sintomas de depressão geriátrica também apresentaram relação com concentrações elevadas de cortisol salivar (p<0,05). Conclui-se que idosos institucionalizados apresentaram altas concentrações de cortisol salivar, maior necessidade de uso de próteses e maior dependência física quando comparados com o grupo não institucionalizado. A autopercepção de saúde bucal dos idosos foi ruim e as concentrações elevadas de cortisol salivar apresentaram relação com sintomas moderados de depressão geriátrica.
  • ItemDissertação de mestrado
    Gestantes de alto risco e fatores associados à doença periodontal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2018-02-26) Rodrigues, Fernanda Izaura [UNESP]; Saliba, Nemre Adas [UNESP]; Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A gravidez é um período no qual desenvolvimento o embrião promove significativas alterações anatômicas e fisiológicas no organismo das mulheres. Gestação de risco é aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem prejudicadas, comparando com a média da população considerada. O objetivo neste estudo foi verificar a prevalência de doença periodontal em gestantes de alto-risco e analisar a associação com as características sócio-demográficas, história médica e fatores comportamentais. Trata-se de um estudo do tipo transversal, observacional e analítico, no qual a amostra foi composta por 800 gestantes de alto risco, em qualquer fase gestacional, selecionadas no centro de referência para atenção especializada à saúde. Foram realizados entrevista, com formulário estruturado, e exame bucal, por dois examinadores calibrados (Kappa=0,89), empregando-se o índice periodontal comunitário (CPI), no ano de 2017. Foram realizados testes de associação qui-quadrado e posteriormente análise de regressão logística univariada e multivariada, ao nível de significância de 5%, para estimar odds ratios (OR) e intervalo de confiança (IC) entre as variáveis desfecho sangramento; CPI e as demais variáveis do estudo. As variáveis que obtiveram um valor de p<0,100 na análise univariada foram testadas nas análises múltiplas. Do total de gestantes, 66,9% apresentaram CPI >ou =1. Sangramento gengival esteve associado às seguintes variáveis: segundo (OR = 1,7, IC = 1,1-2,5) e terceiro trimestre de gestação (OR=1,4; IC=0,8-2,1); hipertensão arterial (OR=1,9; IC=1,4-2,7); diabetes mellitus (OR = 2,1; IC=1,3-3,3), fumo (OR=1,8; IC=1,2-2,8). Com o Odds ratio ajustado, essas mesmas variáveis mostraram significância estatística. Com relação à variável desfecho CPI, houve associação significativa com idade 35-45 anos (OR=2,0; IC=1,1-3,8); hipertensão arterial (OR=2,0; IC=1,3-3,0); fumo (OR=2,3; IC=1,4-3,8). Conclui-se que a idade avançada, hipertensão arterial, diabetes mellitus e fumo são fatores que proporcionam maiores chances de ocorrência de sangramento gengival e graus mais severos do CPI, em gestantes de alto risco.