Teses - Anestesiologia - FMB

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  • ItemTese de doutorado
    Avaliação da administração de Plasmalyte 148 ou solução salina a 0,9 no equilíbrio ácido-base em pacientes submetidos à neurocirurgia: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-04-13) Thom, Murilo Moreira; Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A escolha do fluido utilizado para reposição volêmica é um desafio em neurocirurgia. Objetivo do estudo: Avaliou-se os efeitos do Plasmalyte 148 ou da solução salina a 0,9% sobre o equilíbrio ácido-base e hidroeletrolítico em pacientes submetidos à cirurgia intracraniana. Delineamento: Ensaio clínico randomizado controlado duplo-cego. Cenário: Este estudo foi realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu no período de janeiro de 2019 a fevereiro de 2020. Pacientes: Adultos submetidos a cirurgia intracraniana. Intervenções: Os pacientes foram randomizados para receber Plasmalyte 148 ou solução salina a 0,9% a 2 ml.kg-1.h1. O volume de fluidos foi ajustado de acordo com a pressão arterial média e a variação da pressão de pulso. Medições: Foram coletadas amostras de gasometria arterial e eletrólitos plasmáticos. O resultado da análise do pH sanguíneo ao término da cirurgia foi considerado como o desfecho primário. Os desfechos secundários foram a dosagem de HCO3-, excesso de bases e eletrólitos plasmáticos, lactato, glicemia, extubação em sala operatória, tempo de internação hospitalar e em unidade de terapia intensiva, déficit neurológico novo e mortalidade. Resultados principais: Trinta e três e trinta e cinco pacientes nos grupos Plasmalyte 148 e solução salina a 0,9%, respectivamente, completaram o estudo. Os volumes totais (mediana [quartis]) de cristaloides administrados foram 2.227 (1.416, 3.000) e 3.000 (2.000, 4.000) nos grupos Plasmalyte 148 e solução salina a 0,9%, respectivamente (p = 0,107). Ao término do procedimento cirúrgico, os valores médios (desvio padrão) de pH, HCO3-, excesso de bases e cloreto foram 7,39 ± 0,04 e 7,35 ± 0,05 (p < 0,001), 22,5 ± 1,8 e 20,6 ± 2,2 mmol.l-1 (p < 0,001), -1,6 ± 2,3 e -3,9 ± 2,6 (p < 0,001) e 109,1 ± 6,6 e 113,9 ± 4,5 mmol.l-1 (p = 0,001) nos grupos Plasmalyte 148 e salina a 0,9%, respectivamente. O cálcio iônico sérico foi reduzido no grupo Plasmalyte 148 em comparação com o grupo salina a 0,9% (1,14 ± 0,04 versus 1,17 ± 0,05 mmol.l-1; p = 0,040). Não houve diferenças entre os grupos quanto aos demais desfechos secundários. Conclusões: Para situações habituais de neurocirurgias eletivas sem grandes demandas de reposição volêmica, o uso do Plasmalyte 148 está associado a maiores valores de pH sanguíneo, bicarbonato arterial e excesso de bases, e mais baixos de cloro plasmático ao término da cirurgia, embora o pH permaneça dentro da faixa fisiológica normal em ambos os grupos, não implicando em acidose. Considerações finais: Não havendo diferença na incidência de distúrbios ácidobase ou eletrolíticos entre os grupos, entendemos que essa vantagem teórica do Plasmalyte não lhe garante relevância clínica suficiente para recomendar seu uso rotineiro sobre a amplamente utilizada, estudada, barata e segura solução salina a 0,9% em neurocirurgia.
  • ItemTese de doutorado
    O impacto do uso intraoperatório de opioides na sobrevida de indivíduos submetidos a cirurgia para Glioblastoma Multiforme
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-01) Naufal, Rodrigo Ferrari Fernandes; Romero, Flavio Ramalho [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    The impact of intraoperative use of opioids on the survival of individuals undergoing surgery for Glioblastoma multiforme Abstract Introduction: Glioblastoma multiforme is a primary malignant tumor of the Central Nervous System (CNS) and one of the most aggressive tumors that can affect humans, with no cure so far and with an extremely reverse prognosis with an average survival that varies from 7 to 15 months. Recently, the role of opioids used in cancer surgery, has been related to the progression and spread of the disease. The objective is to investigate the influence of intraoperative opioid use in glioblastoma surgery on disease-free survival and overall survival of these patients. Methods: Observational and retrospective study, with analysis of medical records of 133 patients who underwent 167 surgical procedures for resection of Glioblastoma Multiforme. The inclusion and exclusion criteria were as follows: patients older than 18 years of age, of both sexes, who has operated for brain tumor with anatomopathological diagnosis of glioblastoma multiforme. Patients who died in the postoperative period from causes unrelated to the underlying disease were excluded, as were patients who did not have specific data on the drugs used in the perioperative period in their records. The following variables were analyzed: onset of symptoms, age, pre-and postoperative score at Karnofsky performance scale (KPS), duration of the surgical procedure, opioid doses, overall survival and disease-free survival, gender, race, extension of surgical resection and clinical outcome after surgery. To verify the existence of a correlation between quantitative variables, Spearman Test was applied, and, for categorical (qualitative) variables, the Chi-Square Test was used. The Kruskal-Wallis test was applied to assess the variance in means between the groups. Moreover, the log-rank test was applied to assess for survival between groups. The significance level adopted in all tests was 5% (p≤0.05). This study was registered and approved by the ethical committee of the Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Results: Analyzing the correlation of the total opioid dosage and the investigated variables, the surgical duration and age at surgery (p=0.029 and 0.003, respectively) were the only ones that showed significant relations. There was no difference regarding the volume of opioids dosage and disease-free survival time (p = 0.86), or the overall survival (p = 0.87). Conclusion: The present study confirms that there is no relationship between intraoperative opioid dose and overall survival and disease-free survival in patients undergoing surgical treatment for Glioblastoma Multiforme.
  • ItemTese de doutorado
    Fixação percutânea versus fixação aberta no tratamento de fraturas da transição toracolombar tipo A3 e A4 no adulto: revisão sistemática e meta-análise
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-03-01) Rufca, Gibran Franzoni; Romero, Flavio Ramalho; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Esta tese objetiva analisar, através de uma revisão sistemática, se a técnica de fusão da coluna minimamente invasiva é superior a fixação convencional para dor e qualidade de vida de pacientes vítimas de fraturas A3/A4 de transição toracolombar. Os estudos foram encontrados nas bases de dados eletrônicas, MedLine, EMBASE, Cochrane, Scopus e Web of Science. Os critérios de elegibilidade foram: pacientes com faixa etária entre 18 e 70 anos, vítimas de fraturas traumáticas da coluna vertebral na transição toracolombar (entre T11 e L2), classificadas em lesões A3 e A4, segundo classificação para fraturas toracolombares da AOSpine e; submetidos à fixação convencional ou minimamente invasiva. Os desfechos foram redução da dor e melhora na qualidade de vida. Para estes desfechos foram estudados os resultados das seguintes escalas: Escala analógica visual de dor e índice de Owestry. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Review Manager e para avaliação da qualidade da evidência foi empregado o sistema GRADE. Dos artigos encontrados, 75 foram selecionados para leitura de título e resumo, dos quais 68 foram excluídos. Foram eleitos para leitura na íntegra 7 artigos, sendo que todos foram incluídos na revisão, totalizando 325 pacientes. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo que realizou fixação aberta e grupo que realizou fixação percutânea. Para o desfecho de dor a chance de redução da dor foi maior no grupo da fixação percutânea comparado ao grupo da fixação aberta na escala analógica, mas, não no índice de Owestry. Por se tratar de técnica com menor agressão de tecidos saudáveis e menor perda sanguínea, a fixação percutânea pode ser superior a fixação aberta, tanto para dor, quanto para qualidade de vida de pacientes vítimas de fraturas A3/A4 de transição toracolombar. São necessários ensaios clínicos randomizados, controlados e padronizados que envolvam a comparação direta da fixação percutânea com a fixação aberta.
  • ItemTese de doutorado
    Comparison of pulse pressure variation and plethysmographic variability index to predict fluid responsiveness in anesthetized cats
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-02-27) Dalmagro, Tábata Larissa; Teixeira Neto, Francisco José [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Objective To compare the ability/accuracy of pulse pressure variation (PPV) and plethysmographic variability index (PVI) to predict fluid responsiveness (FR) in anesthetized cats. Study design Prospective, experimental study. Animal population Thirty-one healthy cats (2.7–5.0 kg). Methods During isoflurane anesthesia and volume-controlled ventilation [tidal volume (VT): 12 mL kg-1, 30% of inspiratory pause] a femoral artery catheter was used to measure transpulmonary thermodilution stroke volume (SVTPTD) and PPV. A pulse oximeter probe placed on the tongue measured PVI. Variables were recorded before and after a fluid challenge (FC) with 10 mL kg-1 of lactated Ringer´s over 10 minutes. Based on percent changes in SVTPTD induced by the FC, cats were grouped into responders (SVTPTD ≥15%) or nonresponders (SVTPTD <15%) to volume expansion. Results Four animals were excluded from analysis because of unstable hemodynamic conditions. The FC increased SVTPTD by 21.7 (17.5–38.1)% [median (range)] in responders (n = 15) and by 8.8 (-10.6–14.3)% in nonresponders (n = 12). In two cats, the monitor failed to provide PVI values. The area under the receiver operating characteristics curve (95% confidence intervals) was 0.853 (0.664–0.959) for PPV and 0.702 (0.490–0.914) for PVI. PPV values >17% predicted responders to volume expansion with 75% specificity and 86.7% sensitivity (p <0.0001); PVI did not show predictive ability (p = 0.062). The range of PPV values associated with higher probability of false positives (18–23%) was larger and included more animals (11/27 cats) than the range associated with higher probability of false negatives (14–17% and 4/27 cats, respectively). Conclusions and clinical relevance PPV >17% predicted responders to volume expansion with an increased probability of false positive results, suggesting that a VT of 12 mL kg-1 is excessively large for accurate prediction of FR in feline species. PVI showed limited clinical application in cats.
  • ItemTese de doutorado
    Aferição laboratorial de fibrinogênio plasmático como preditor de transfusão de hemocomponentes no período perioperatório em pacientes submetidos à cirurgia ortopédica de grande porte: estudo de coorte
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-09-29) Pagnussatt Neto, Eugenio; Nascimento Junior, Paulo do [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução e Objetivos: No processo de hemostasia, o fibrinogênio participa da agregação plaquetária formando uma espécie de rede, além de, após ser clivado pela trombina, resultar em monômeros de fibrina que são polimerizados para formar o coágulo. Há tendência ao aumento do sangramento perioperatório em pacientes com níveis plasmáticos de fibrinogênio inferiores a 200 mg.dL-1. O objetivo deste estudo foi avaliar se há associação entre os valores pré-operatórios de fibrinogênio e a transfusão de hemocomponentes no período perioperatório de cirurgia ortopédica de grande porte. Métodos: Em estudo observacional de coorte, foram incluídos pacientes adultos, de ambos os sexos, submetidos à artroplastia primária ou revisão de artroplastia de quadril por etiologias não traumáticas. No período pré-operatório, foram avaliados o fibrinogênio plasmático, o hemograma, o coagulograma e a contagem de plaquetas para avaliar a associação dessas variáveis com o emprego de hemocomponentes no período perioperatório (até 48 horas após a cirurgia). Estipulou-se o valor do fibrinogênio sérico de 200 mg.dL-1 para os cálculos da predição de transfusão de hemocomponentes. Também foi analisada a associação de fatores intraoperatórios (tipo de cirurgia, técnica anestésica, uso de antifibrinolíticos e tempo cirúrgico) e a necessidade de hemotransfusão. Para validação do teste prognóstico – fibrinogênio plasmático pré- operatório - quanto à sua capacidade de rastreio de pacientes com risco de transfusão, viii foram calculados o valor da sensibilidade, especificidade, valores preditivos, acurácia e as razões de verossimilhança positiva e negativa. Resultados: No total, 195 pacientes foram avaliados. A média (desvio padrão) do valor plasmático de fibrinogênio foi de 315 (83) mg.dL-1 e somente 13 pacientes tiveram valores inferiores a 200 mg.dL-1, sendo que apenas um destes pacientes recebeu transfusão sanguínea, com risco absoluto (1/13) = 7,69% (intervalo de confiança [IC] de 95%: 1,37% - 33,31%). Não houve associação entre o valor plasmático pré-operatório de fibrinogênio e a ocorrência de transfusão sanguínea no perioperatório (p = 0,745). A sensibilidade e o valor preditivo positivo do fibrinogênio plasmático < 200 mg.dL-1 como preditor de transfusão foram 4,17% (IC 95%: 0,11% - 21,12%) e 7,69% (IC 95%: 1,12% - 37,99%), respectivamente, e acurácia de 82,05% (IC 95%: 75,93% - 87,17%). Houve associação entre a ocorrência de transfusão sanguínea e valores pré-operatórios mais baixos de hemoglobina (p = 0,028) e do hematócrito (p = 0,006), assim como entre essas medidas no pós-operatório (p = 0,001). A cirurgia de revisão de artroplastia do quadril (p = 0,005) e o maior tempo cirúrgico (p = 0,001) também foram associados à maior ocorrência de transfusão. A idade, o sexo, a cor de pele, o índice de massa corporal, a classificação do estado físico e os componentes do coagulograma não foram associados à maior incidência de hemotransfusão. Conclusão: O valor pré-operatório do fibrinogênio plasmático nas cirurgias de quadril não está associado à realização de transfusão sanguínea e não é eficaz como biomarcador para risco de transfusão de hemocomponentes. Entretanto, valores menores de hemoglobina e do hematócrito nos períodos pré e pós-operatório, assim como o tipo de cirurgia e o tempo cirúrgico se associam com a realização de hemotransfusão.
  • ItemTese de doutorado
    Validação clínica da escala Unesp-Botucatu para avaliar a dor em bovinos (UCAPS) e da escala de dor em vacas (CPS) em Bos taurus & Bos indicus
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-07-01) Tomacheuski, Rubia Mitalli; Steagall, Paulo Vinicius Mortensen; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A avaliação da dor é crucial para orientar a tomada de decisão no manejo da dor e melhorar o bem-estar animal. Objetivou-se realizar uma validação clínica psicométrica da Escala Unesp-Botucatu para avaliar a dor em bovinos (UCAPS) e Escala de dor em vacas (CPS) para avaliação da dor pós-operatória em Bos taurus (Angus) e Bos indicus (Nelore) submetidos à castração sob anestesia geral. Dez touros da raça Nelore e nove da raça Angus foram submetidos a estresse térmico testicular e escrotal (34, 37 e 40°C) por 135 minutos seguido de orquiectomia. Realizou-se sedação com xilazina (0,05 mg/kg IV), indução anestésica com cetamina (2,5 mg/kg) e diazepam (0,05 mg/kg) IV, manutenção com isoflurano e analgesia preemptiva com flunixin meglumine (1,1 mg/kg IM) e xilazina peridural (0,05 mg/kg) antes da cirurgia. A gravação de vídeos foi realizada por 3 minutos 48h antes da cirurgia e em jejum (M0), antes da sedação em jejum (M1), após a cirurgia, 3h após decúbito esternal e antes da analgesia no pós-operatório (M2), 1h após a analgesia (morfina 0,1 mg/kg IM) (M3), e 24h após a cirurgia (M4), quando os animais receberam flunixin meglumine (1,1 mg/kg IM). Duas avaliadores encobertas, avaliaram 95 vídeos aleatorizados duas vezes (total de 4,75h de gravações), em duas fases, com intervalo de 30 dias entre elas. A dor foi avaliada com UCAPS, CPS, Escala Visual Numérica (NRS) e Escala Visual Analógica (VAS). A análise estatística foi realizada usando o software R e considerou-se as diferenças como significativas quando o p < 0,05. A análise de componentes principais indicou que UCAPS e CPS são unidimensionais. Não houve diferenças para os escores totais de qualquer escala entre as raças. A confiabilidade intra e inter-avaliador, utilizando o coeficiente de correlação intraclasse ou kappa ponderado, variou de bom (> 0,70) a muito bom (> 0,81) para todas as escalas. A validade de critério concorrente mostrou forte correlação (0,75–0,77) entre NRS e VAS versus UCAPS e CPS, e entre UCAPS e CPS (0,76). O modelo linear misto mostrou que UCAPS e CPS foram responsivas, pois todos os itens e o escore total aumentaram após a cirurgia, embora não tenham diminuído após a analgesia. Todos os itens na UCAPS e CPS mostraram correlação item-total de Spearman aceitável (0,3–0,7). A consistência interna pelo coeficiente α de Cronbach foi boa (0,72) para UCAPS e muito boa (0,79) para CPS. Ambas as escalas foram específicas (81–85%) e sensíveis (82–87%) para diagnosticar animais sem e com dor respectivamente. O ponto de corte para analgesia de resgate foi > 4 para UCAPS e > 3 para CPS. A área sob a curva apresentou excelente capacidade discriminatória (> 0,93) para UCAPS e CPS. Concluindo que a UCAPS e a CPS são instrumentos válidos e confiáveis para se utilizar clinicamente na avaliação da dor em bovinos Angus e Nelore. Não houve diferenças nos escores de dor entre as raças. O ponto de corte definido de ambas as escalas pode orientar a tomada de decisão para analgesia de resgate.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação da função renal em pacientes hipertensos submetidos à colecistectomia por via laparoscópica
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-18) Soares, Joyce Mendes; Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A cirurgia laparoscópica revolucionou a cirurgia convencional devido aos seus benefícios como menos dor, cicatrização mínima e menor tempo de internação. Entretanto, o pneumoperitônio, necessário para a realização da cirurgia, aumenta a pressão intra-abdominal, podendo causar aumento da resistência vascular renal e diminuição da taxa de filtração glomerular. Como os pacientes hipertensos apresentam fator de risco adicional para lesão renal aguda, o objetivo principal desse trabalho foi avaliar a função renal em pacientes hipertensos submetidos a colecistectomia por via laparoscópica. Método: Estudo prospectivo observacional com 49 pacientes hipertensos submetidos a colecistectomia laparoscópica, em dois hospitais secundários de Fortaleza-CE, no período de abril a novembro de 2021. Foi analisada a creatinina sérica em três momentos (T0 – pré-operatório, T1 – 15 min após deflação do pneumoperitônio e T2 – 24h após a cirurgia). A estratificação da lesão renal foi feita empregando-se o KDIGO. A metodologia deste estudo foi baseada nas diretrizes do Strengthening the Reporting of Observacional Studies in Epidemiology (STROBE). Resultados: Dos 49 pacientes elegíveis, 93,8% apresentaram hipertensão intra-abdominal grau I, considerando-se a classificação da World Society of the Abdominal Compartment Syndrome. Houve elevação da creatinina estatisticamente significativa de T0 para T1 e permanecendo em T2. De acordo com a classificação Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) para LRA, cinco pacientes (10,2%) foram classificados como KDIGO 1. Conclusão: Neste estudo com pacientes hipertensos submetidos a colecistectomia laparoscópica, observou-se a elevação da creatinina sérica devido ao pneumoperitônio, com incidência de 10,2% de Lesão Renal Aguda, sendo que os cinco pacientes que foram classificados como KDIGO 1 não retornaram a valores normais dentro das 24 horas de pós-operatório.
  • ItemTese de doutorado
    Resiliência e dor em pacientes com fibromialgia: um estudo observacional transversal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-22) Teixeira, Lívia Agostinho; Fukushima, Fernanda Bono [UNESP]; Vidal, Edison Iglesias de Oliveira [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A fibromialgia é uma síndrome multifatorial e uma das condições de dor crônica mais comuns no mundo, com poucas opções de tratamento eficazes disponíveis. No contexto da dor, a resiliência pode ser definida como ‘a habilidade de se recuperar e sustentar uma vida plena, mesmo na presença da dor’. A relação entre resiliência, dor e funcionalidade em pacientes com fibromialgia não é bem estabelecida. O objetivo da pesquisa é investigar essa relação e identificar possíveis variáveis envolvidas. Uma amostra transversal de 2176 pacientes com fibromialgia foi avaliada em uma pesquisa online utilizando a Escala de Resiliência de Connor-Davidson para o Brasil, o Inventário Breve de Dor e um questionário sociodemográfico. A associação entre resiliência, dor e funcionalidade foi avaliada em regressões lineares multivariáveis. A resiliência não foi associada diretamente aos escores médios de dor (β: -0,003, IC 95%: -0,17 a 0,17, p=0,97), mas diminuiu significativamente o efeito da dor média sobre seu grau de interferência na vida dos participantes, principalmente na dor de fraca intensidade. Para esse grupo, a resiliência moderada a alta foi associada a -2,3 pontos de interferência da dor em comparação com resiliência baixa, enquanto, para pessoas com dor moderada a intensa, a diminuição foi de 0,5 (IC 95% 0,2 a 0,8, p<0,001) e 0,2 (IC 95%: 0,2 a 0,4, p=0,03), respectivamente. Os resultados lançam luz sobre a complexidade das relações entre resiliência, dor e funcionalidade, e podem sinalizar a relevância e os limites da resiliência no tratamento da dor crônica, além de evidenciar o impacto da fibromialgia na vida dos pacientes. Estudos futuros que avaliem intervenções psicológicas na fibromialgia devem considerar essas interações.
  • ItemTese de doutorado
    Jejum intermitente pré-laparotomia em ratos diabéticos, efeitos na glicose, achados laboratoriais e histopatológicos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-02-04) Hsu, André Keng Wei [UNESP]; Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução e objetivos: o jejum intermitente é uma prática nutricional em que o indivíduo passa por uma grande restrição de ingestão de alimentos por várias horas ao longo do dia. Visa melhorar o desempenho metabólico e a resistência celular ao estresse. Neste estudo, testamos o protocolo de jejum para investigar o efeito glicêmico; alterações histopatológicas hepáticas, renais, intestinais e de cicatrização; estresse oxidativo; inflamação e bioquímicos no período perioperatório de laparotomia em ratos diabéticos. Métodos: para este estudo foram utilizados ratos machos com diabete induzida com aloxana. Dois grupos foram definidos de acordo com o protocolo de alimentação: comida livre (FF) e jejum intermitente (IF) em que os ratos comem apenas 8 horas à luz do dia e posterior 16 horas de jejum intermitente. Após 15 dias, ambos os grupos foram anestesiados e uma laparotomia foi realizada. Os níveis de glicose foram avaliados durante o período peri e pós-operatório e foi realizada coleta laboratorial e histologia dos órgãos para verificar lesão renal, intestino, fígado e o processo de cicatrização de feridas cirúrgicas. Resultados: como resultado foi possível observar que os níveis glicêmicos melhoraram no grupo de jejum intermitente, principalmente no pós-operatório após laparotomia. Comparando os dois grupos, FF e IF, o dano tubular mostrou interdependência com camundongos com pior nível glicêmico e os parâmetros de cicatrização de feridas mostraram interdependência em ratos com melhor estado glicêmico para neovascularização e presença de glândulas sebáceas e sudoríparas no processo de cicatrização. Conclusão: a partir destes resultados, demonstra-se que o jejum intermitente antes da cirurgia pode ser uma ferramenta para melhorar os níveis glicêmicos e resultados renais e de cicatrização em ratos diabéticos, com melhora principalmente no período pós-operatório.
  • ItemTese de doutorado
    Responsividade, confiabilidade e interferência da presença de um observador humano ao se avaliar a dor pela expressão facial em coelhos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022-01-21) Pinho, Renata Haddad [UNESP]; Luna, Stelio Pacca Loureiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nas últimas décadas têm-se empregado escalas faciais como ferramentas para avaliar a dor em diversas espécies. Esse estudo objetivou avaliar a responsividade, confiabilidade e interferência de um observador humano nos escores da RbtGS (Rabbit Grimace Scale) por vídeo filmagens em coelhos submetidos à cirurgia ortopédica. Utilizaram-se os registros de 28 coelhos filmados como parte de outro estudo em quatro momentos: basal (24 horas antes da cirugia); dor (1 hora após a recuperação anestésica); analgesia (3 horas após o resgate analgésico e 4 horas após a recuperação anestésica) e 24h (24 horas após a recuperação anestésica) na presença ou na ausência do observador. A RbtGS foi pontuada de forma encoberta e aleatória por três avaliadores. Avaliou-se a responsividade comparandose os quatro momentos pelo teste de Friedman, seguido de Dunn. A interferência da presença ou ausência do observador em cada momento foi avaliada pelo teste de Wilcoxon. A confiabilidade intra e interobservador foi determinada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). A escala foi responsiva, pois os escores aumentaram após o procedimento cirúrgico e reduziram após 24 horas. A presença do observador reduziu os escores da RbtGS no momento dor (presença: 0,75; 0-1,75, ausência: 1; 0-2) e aumentou nos momentos basal (presença: 0,2; 0-2, ausência:0; 0-2) e 24h (presença: 0,33; 0-1,75, ausência: 0,2; 0-1,5). A confiabilidade intra e interobservador variou de moderada a muito boa (ICC > 0,49). A RbtGS apresentou responsividade, repetibilidade e reprodutibilidade na avaliação por vídeo filmagens em coelhos submetidos à cirurgia ortopédica. Na presença da observadora humana familiar aos coelhos, subestimou-se os escores de dor no momento de maior dor e superestimou-se a dor nos momentos de pouca ou nenhuma dor, sugerindo-se que as avaliações sejam realizadas remotamente. O número significante de dados perdidos é uma limitação importante da RbtGS.
  • ItemTese de doutorado
    Segurança e eficácia da administração alvo-controlada versus bolus intermitentes de propofol para sedação em colonoscopias: estudo randomizado controlado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-09-28) Cuiabano, Igor Seror; Nascimento Junior, Paulo do [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Justificativa e objetivos: A infusão alvo-controlada de propofol é bem estabelecida para a realização de anestesia geral, mas pode ser útil também em procedimentos diagnósticos e terapêuticos nos quais o controle adequado da sedação é importante tanto para a sua realização como para a segurança do paciente. O objetivo deste estudo foi comparar a administração alvo-controlada com a técnica de bolus intermitente para infusão de propofol durante a colonoscopia, quanto à segurança e eficácia. Métodos: Foi realizado estudo prospectivo, randomizado e controlado em 50 voluntários adultos ASA I-II, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos, índice de massa corporal entre 19 e 30 kg.m-2, submetidos à colonoscopia em hospital terciário em Cuiabá-Mato Grosso, Brasil. Com monitorização padrão e oxigênio 2 L.min-1 via cateter nasal, todos os pacientes foram sedados com fentanil, 1 µg.kg-1 endovenoso, e alocados aleatoriamente em dois grupos iguais para receberem propofol em infusão alvo-controlada (Grupo infusão alvo-controlada, n = 25, alvo inicial de 2,0 µg.ml-1 e incrementos de 0,5 µg.ml-1 até a perda da consciência e durante o exame, de acordo com a necessidade) ou bolus intermitentes (Grupo bolus intermitentes, n = 25, indução com 1,0 mg.kg-1 e incrementos de 0,5 mg.kg-1 até a perda da consciência e durante o exame, de acordo com a necessidade). Os desfechos primários foram a necessidade e número de intervenções para permeabilizar as vias aéreas (segurança), por paciente, desencadeadas por SpO2 < 90%, e o número de ajustes de dose (eficácia) para controle do nível de sedação, por paciente. Os desfechos secundários foram a incidência de agitação por paciente, o consumo de propofol e o tempo para despertar. Resultados: Cinquenta pacientes completaram o estudo, com sua distribuição equitativa entre os grupos. Os valores [mediana (1o e 3o quartis)] para o número de intervenções nas vias aéreas e ajustes de doses, nos grupos infusão alvo-controlada e bolus intermitentes, foram, respectivamente 0 (0-0) versus 0 (0-0), p = 0,239, e 1 (0-1) versus 3 (1-4), p < 0,001. Os pacientes no grupo bolus intermitentes apresentaram maior número de agitação durante o exame, 1 (0-1) versus 2 (0-2), p < 0,001. Os valores para o tempo de despertar e de consumo de propofol (média ± desvio padrão) nos grupos infusão alvo-controlada e bolus intermitentes foram, respectivamente, 4,9 ± 1,4 versus 2,3 ± 1,6 minutos, p < 0,001, e 234 ± 46 µg.kg-1.min-1 versus 195 ± 44 µg.kg-1.min-1, p = 0,040. Conclusão: Para a realização de colonoscopias, a infusão alvo-controlada de propofol é igualmente segura à sua administração por bolus intermitentes, mas reduz a incidência de agitação e a necessidade de ajustes de dose. No entanto, com os bolus intermitentes o consumo de propofol é menor e o tempo de despertar é mais rápido.
  • ItemTese de doutorado
    Efeitos da acupuntura no ponto P6 com antieméticos na prevenção de náusea e vômito no pós-operatório de histerectomia: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-08-24) Pires, Michelle Catarina; Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Algumas das complicações mais importantes da anestesia no pós-operatório são a náusea e o vômito. A acupuntura realizada no ponto pericárdio 6 é efetiva na prevenção de náusea e vômito pós-operatórios e isso tem se mostrado nos resultados de diversas pesquisas realizadas em vários países. Este trabalho tem como objetivo investigar os efeitos do ponto pericárdio 6 na prevenção de náusea e vômito decorrentes do pós-operatório em mulheres e se a serotonina e a dopamina estão envolvidas nesse mecanismo. Este é um ensaio clínico randomizado, unicego. Participaram 97 mulheres submetidas à histerectomia eletiva e à anestesia geral. As participantes foram divididas de forma aleatória em 2 grupos: um que recebeu acupuntura bilateral no ponto pericárdio 6, antes da anestesia (n=49), e o grupo controle (n=48). Todas as participantes receberam de forma preventiva ondansetron, dexametasona e tramadol. Os níveis plasmáticos de serotonina e dopamina foram quantificados pelo método ELISA. Os episódios de náusea e vômito foram anotados desde o início da intervenção cirúrgica até 24h após a cirurgia. O ponto pericárdio 6 foi eficaz na prevenção da náusea (p<0.05), mas não teve associação com a mudança nos níveis de serotonina e dopamina no plasma. Dessa forma, concluímos que a associação da acupuntura no ponto P6 em conjunto com a profilaxia antiemética é eficaz na redução de náusea pós-operatória.
  • ItemTese de doutorado
    Efeitos do midazolam oral ou da associação da s(+) ketamina oral ao midazolam oral como medicação pré-anestésica em crianças e adultos com transtorno do espectro autista submetidos à anestesia geral para assistência odontológica: ensaio clínico duplo-cego randomizado.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-27) Penna, Heber de Moraes; Módolo, Norma Sueli Pinheiro [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Assistência odontológica convencional é frequentemente impossível em autistas. Comportamentos não colaborativos; por certas vezes, até com presença de auto e heteroagressividade, corroboram para necessidade de medicações pré-anestésicas, cujo emprego contribui para não memorização de eventos negativos. Dados científicos são escassos a respeito da condução perioperatória em autistas; destarte, o objetivo primário desta pesquisa constituiu da comparação do grau de sedação entre dois grupos paralelos, duplamente encobertos, randomizados aleatoriamente para receber midazolam oral (0,5 mg.kg-1), máximo de 15 mg; ou midazolam oral (0,5 mg.kg-1) associado à s(+) ketamina oral (3 mg.kg-1), máximo de 300 mg. Sessenta e quatro pacientes autistas, em igual proporção para cada grupo, idade entre dois e 59 anos, submetidos à anestesia geral para assistência odontológica, compuseram a amostra. A análise dicotômica do grau de sedação Ramsay 1 e 2 versus Ramsay ≥ 3 demonstrou que a associação de s(+)ketamina e midazolam favoreceu o grau de sedação com aumento da probabilidade de Ramsay ≥ 3 (Risco Relativo = 3,2 / Intervalo de Confiança 95% = 1,32 a 7,76) quando comparado ao midazolam isolado. A associação facilitou ainda obtenção do acesso venoso com maior chance de execução sem necessidade de estabilização física do paciente (Risco Relativo = 2,05 / Intervalo de Confiança 95% = 1,14 a 3,68). Não houve diferenças entre os grupos quanto ao tempo do despertar e ocorrência de eventos adversos. Concluiu-se que a associação oral de s(+) ketamina ao midazolam proporciona índices de sedação pré-anestésicos mais satisfatórios do que com midazolam puro em autistas.
  • ItemTese de doutorado
    Exposição ocupacional anestésica durante a residência médica - impacto no estresse oxidativo e nas avaliações toxicogenética, bioquímica e neuroendócrina: estudo longitudinal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-27) Aun, Aline Garcia; Braz, Mariana Gobbo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Para melhor compreensão da relação causa-efeito de possíveis efeitos tóxicos da exposição ocupacional aos resíduos de gases anestésicos (RGA), este estudo longitudinal foi realizado em médicos ocupacionalmente expostos aos mais modernos RGA halogenados (isoflurano, sevoflurano e desflurano) além do gás óxido nitroso durante o período de especialização. Trata-se de estudo pioneiro que monitorou as concentrações de RGA em salas operatórias e avaliou o impacto dessa exposição no estresse oxidativo, nas avaliações toxicogenéticas (danos no DNA e expressão de transcritos), bioquímicas e neuroendócrinas. Assim, os participantes foram avaliados antes do início da residência médica (antes da exposição aos RGA), após seis meses, um ano, um ano e meio, dois anos e dois anos e meio de exposição. O monitoramento anestésico foi realizado por espectrofotometria infravermelha, e as amostras biológicas foram analisadas quanto à peroxidação lipídica, oxidação proteica, dano basal e oxidativo no DNA, enzimas antioxidantes e capacidade antioxidante, expressão de alguns genes-chave, contagem leucocitária, enzimas hepáticas e resposta neuroendócrina. Os resultados mostraram que as concentrações de RGA estavam bem acima da recomendação internacional e houve indução de oxidação proteica, peroxidação lipídica, danos no DNA, alteração das atividades de glutationa peroxidase e superóxido dismutase, alteração da expressão de NRF2, HO1 e OGG1 e leves oscilações, sendo a maioria dos resultados dentro dos limites de normalidade, para contagem leucocitária, enzimas hepáticas e hormônios, ao longo dos momentos em relação ao momento controle. Em conclusão, nossos achados mostraram que a alta exposição aos RGA no ambiente de trabalho sem adequado sistema de exaustão leva ao estresse oxidativo, genotoxicidade e modulação de transcritos em jovens médicos durante o período de residência médica. Portanto, jovens profissionais, em início de carreira, já apresentam alterações moleculares. Assim, por se tratar de importante questão ocupacional, é necessário mitigar a poluição anestésica no ambiente de trabalho para reduzir a exposição ocupacional com o intuito de se minimizar o impacto da toxicidade anestésica.
  • ItemTese de doutorado
    Efeito da metadona intravenosa comparado ao da morfina na qualidade de recuperação anestésica após cirurgia de gastroplastia videolaparoscópica: ensaio clínico prospectivo, randomizado e controlado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-08-16) Pontes, João Paulo Jordão; Lima, Laís Helena Navarro e [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução e objetivos: a gastroplastia é a terapia mais eficaz para o tratamento da obesidade mórbida ou complicada e tem sido cada vez mais realizada. Entretanto, apesar da evolução da técnica cirúrgica, até 42% dos pacientes experimentam dor importante no pós-operatório o que é reconhecido como fator de risco para desenvolvimento de dor crônica. A estratégia de analgesia baseada em opioides de curta duração, como a morfina, proporciona níveis plasmáticos flutuantes que podem ser insuficientes ou excessivos a ponto de causar depressão respiratória. Neste contexto, a metadona aparece como alternativa atraente durante o período precoce de maior intensidade de dor, uma vez que garante concentração plasmática estável, meia-vida de até 36 horas e baixo risco de depressão respiratória. O objetivo desse ensaio clínico foi avaliar o efeito da metadona intravenosa intraoperatória sobre a qualidade de recuperação pós-operatória comparada à morfina em gastroplastia videolaparoscópica. Métodos: conduzimos estudo prospectivo, paralelo, randomizado, duplo-cego e controlado em pacientes obesos submetidos à gastroplastia videolaparoscópica sob anestesia geral. Cento e quarenta pacientes foram randomizados, dos quais 3 foram excluídos, e alocados em dois grupos: grupo Morfina (n=68) e grupo Metadona (n=69), os quais receberam no intraoperatório 0,1 mg/kg de morfina ou metadona a depender do grupo. O desfecho primário foi a qualidade de recuperação pós-operatória avaliada por meio do escore global do questionário Quality of Recovery-40 (QoR-40) 24 horas após a cirurgia, enquanto os desfechos secundários foram avaliados na sala de recuperação anestésica (SRPA), na noite da cirurgia (T1), manhã seguinte à cirurgia (T2) e noite seguinte à cirurgia (T3). Três meses após a cirurgia, os pacientes foram avaliados quanto à qualidade de vida relacionada à saúde por meio do questionário Short Form Health Survey – 36 (SF-36). Resultados: a mediana (IQR [amplitude]) do escore global do QoR-40 no grupo Metadona foi 194 (190-197[165-200]) sendo significativamente maior quando comparada à do grupo Morfina que foi de 181 (174-185,5 [121-200]) (p<0,0001). Na SRPA, a carga de dor foi menor no grupo Metadona totalizando 120 (15-255 [0-795]) quando comparada ao grupo Morfina que registrou 446,25 (315-592,5 [75-1222,5]) (p<0,0001), assim como a incidência de náuseas e vômitos, respectivamente 22% vs 33% (p=0,046) e 2,8% vs 14,7% (p=0,014), e o consumo cumulativo de opioide resgate 2(0-6 [0-14]) vs 10(6-12 [0-18]) (p<0,0001). Durante internação em enfermaria, o uso de opioides resgate foi menor no grupo metadona quando comparado ao grupo morfina em T1, 5,8% vs 54,4% (p<0,0001), e T2, 0% vs 20,1% (p<0,0001), da mesma forma que a incidência de náuseas também foi menor no grupo metadona 21,7% vs 41,2% (p=0,014). Observamos correlação inversa significativa entre o consumo cumulativo de opioide resgate e os escores globais do QoR-40 (rho = -0,64; p<0,0001). A avaliação de qualidade de vida 3 meses após a cirurgia não mostrou diferença significativa entre os grupos, apesar de análise secundária mostrar que os pacientes que tiveram melhores escores no subcomponente de dor do QoR-40, apresentaram maiores escores globais do SF-36. Conclusão: a metadona intravenosa intraoperatória melhora a qualidade de recuperação pós-operatória nos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica laparoscópica comparada à morfina, além de reduzir a dor pós-operatória, o consumo de opioides e a incidência de eventos adversos.
  • ItemTese de doutorado
    Avaliação do efeito analgésico do adesivo de lidocaína a 5% no pós-operatório de cesariana: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-06-28) Queiroz, Vaniely Kaliny Pinheiro de; Barros, Guilherme Antonio Moreira de [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O adesivo de lidocaína a 5% é uma medicação tópica usada para tratar dor local que exerce seus efeitos analgésicos e anestésicos locais bloqueando os canais de sódio. Atualmente ele é empregado para o tratamento da dor associado à neuralgia pós-herpética, além disso tem se mostrado eficaz em outras síndromes dolorosas. Mais recentemente está sendo pesquisado como alternativa aos opioides na terapia multimodal para dor aguda pós-operatória. O principal objetivo desse estudo foi avaliar o potencial efeito analgésico pós-operatório do adesivo de lidocaína a 5% em pacientes submetidas à cirurgia cesariana. Métodos: Setenta e duas mulheres agendadas para cesariana sob raquianestesia foram randomizadas para receber adesivo de lidocaína a 5% ou placebo após cesariana neste estudo clínico randomizado, duplamente encoberto e controlado por placebo. O desfecho primário foi o escore de dor, avaliado por meio de uma escala verbal numérica (EVN) de 11 pontos, nas primeiras 36 h de pós-operatório. A avaliação da qualidade da recuperação 24 h após a cirurgia, o consumo de opioides de resgate e a presença de efeitos adversos foram os desfechos secundários. Os dados de EVN repetidos foram avaliados usando equações de estimativa generalizadas a um nível de significância de 5%. Resultados: Sessenta e cinco mulheres completaram o estudo. O escore de dor foi menor no grupo lidocaína em 6 h (lidocaína: 2,16±1,71, placebo: 3,21±2,25; p = 0,031), 12 h (lidocaína: 1,58±0,81, placebo: 2,24±0,74; p = 0,001), 24 h (lidocaína: 0,74 ± 0,89, placebo: 1,94 ± 1,39; p <0,0001) e 36 h (lidocaína: 0,48 ± 1,03, placebo: 1,68 ± 0,94; p = 0,001) após a cirurgia. Não houve diferenças nos resultados secundários durante o período de acompanhamento. Conclusão: O adesivo de lidocaína reduziu os escores de dor em comparação com o placebo nas primeiras 36 h após a cirurgia, apesar de não ter influência sobre o consumo de opioides, qualidade de recuperação ou incidência de efeitos colaterais.
  • ItemTese de doutorado
    NGAL e KIM-1 como preditores de injúria renal após terapia de reposição volêmica guiada por metas: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-15) Santos, Murillo Gonçalves; Lima, Lais Helena Navarro; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A reposição volêmica guiada por metas hemodinâmicas utilizando coloides no período intraoperatório é questionável, podendo determinar a evolução perioperatória. Coloides são conhecidos por afetarem negativamente a função renal de pacientes com nefropatia e sepse, mas ainda há controvérsias quanto aos efeitos na função renal de pacientes saudáveis. Este estudo busca avaliar os efeitos na função renal após a administração de coloides em pacientes submetidas a histerectomia, por meio do uso dos biomarcadores lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL) e molécula de injúria renal-1 (KIM-1). Ainda, avaliou-se o comportamento das variáveis hemodinâmicas quando essas soluções são utilizadas para reposição volêmica em comparação com a expansão da volemia com cristaloides. Métodos: Este estudo clínico randomizado e duplo-cego, incluiu pacientes femininas, entre 18 e 65 anos de idade, estado físico ASA I e II, submetidas a histerectomia abdominal eletiva sob anestesia geral. Pacientes com hipertensão arterial ou diabetes mellitus não-controlados, obesidade II ou superior, em uso de diuréticos ou anti-inflamatórios, com histórico de doenças renais ou coagulopatias pré-operatórias não foram incluídas. Foi realizada randomização em 2 grupos, de acordo com o protocolo de reposição volêmica que se segue: administração de Ringer lactato (2 ml.kg-1.h-1) a todas as pacientes durante a cirurgia para reposição de perdas insensíveis; em caso de pressão arterial média inferior a 60 mmHg, realizou-se expansão volêmica com bolus de 300 ml de Ringer lactato (grupo RL) ou 150 ml Hidroxietilamido 6% (grupo HES), dependendo da alocação da paciente nos grupos. Foram coletadas amostras de sangue e de urina na véspera, 24 horas e 40 dias após a cirurgia para análise da função renal das pacientes. Creatinina plasmática e NGAL e KIM-1 urinárias foram dosados para este fim. Balanço hídrico e suas variantes, variáveis hemodinâmicas intraoperatórias, sangramento, dor e complicações pós-operatórias também foram avaliados. Resultados: As pacientes do grupo RL receberam maior volume de cristaloides (1227 ml ± 812,7 ml vs. 630,4 ml ± 310,2 ml, p = 0,002) com maior balanço hídrico (780 ml ± 720 ml vs. 430 ml ± 440 ml, p = 0,03) e sobrecarga de fluidos (11,7% ± 10,4% vs. 7,0% ± 6,3%, p = 0,03) quando comparadas com as pacientes do grupo HES. NGAL e KIM-1 aumentaram 24 horas após a cirurgia em ambos os grupos, com retorno aos níveis pré-operatórios após 40 dias. Os parâmetros hemodinâmicos avaliados foram semelhantes entre os grupos. Conclusão: A solução Hidroxietilamido 6% teve comportamento semelhante à solução de Ringer lactato em relação às variáveis hemodinâmicas. Hidroxietilamido 6% diminuiu o balanço hídrico e a sobrecarga de fluidos comparado ao Ringer lactato. Os biomarcadores não indicaram pior desfecho renal quando Hidroxietilamido 6% foi utilizado para reposição volêmica neste estudo.
  • ItemTese de doutorado
    Preditores de mortalidade intra-hospitalar após correção cirúrgica de fratura de fêmur proximal em pacientes idosos: um estudo retrospectivo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2021-02-26) Souza, André Moreira Fogaça de; Lima, Lais Helena Navarro e [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A população brasileira está envelhecendo rapidamente e, consequentemente, a incidência de fratura de quadril vem aumentando nos últimos anos. Faltam estudos nacionais que investiguem os determinantes da mortalidade intra-hospitalar em pacientes idosos submetidos a tratamento cirúrgico de fratura do fêmur (FF). Objetivos: Descrever e analisar a interação entre estado clínico e comorbidades na mortalidade pós-operatória intra-hospitalar (desfecho primário) e em outros desfechos intermediários, como se seguem: atraso para a realização da cirurgia maior que 48h (Tpré≥48h), ocorrência de complicações pré-operatórias infecciosas (C-PREi) ou cardiovasculares (C-PRÉc) e seus determinantes. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo de base populacional, utilizando prontuários médicos e radiografias de pelve e quadril de todas as cirurgias para correção de fratura de fêmur proximal (FF) realizadas em hospital universitário terciário no Brasil, de agosto de 2012 a dezembro de 2018. Foram incluídos tratamento cirúrgico de FF. Critérios de exclusão: pacientes submetidos à artroplastia eletiva de quadril, com fratura patológica por neoplasia, trauma de alta energia, causa contralateral ou não especificada para segunda intervenção cirúrgica no fêmur proximal e intervenção cirúrgica para complicações pós-operatórias tardias. Pacientes que tiveram internação hospitalar superior a 30 dias também foram excluídos da amostra final. Análise estatística: foi composta por três etapas para o desfecho primário e intermediário. Primeiramente, foram realizadas análises univariadas para se verificar a associação entre as variáveis clínicas e os desfechos primários e intermediários. Após esta etapa, a regressão logística multivariada foi realizada para encontrar os preditores independentes para os mesmos desfechos (padronizados por idade e Tpré). O teste de Hosmer-Lemeshow foi realizado para calibração do modelo multivariado. A análise da área sob a curva (AUC) ROC foi realizada para testar a sensibilidade e especificidade do modelo. Para as análises uni e multivariadas, foi realizada a Odds Ratio (OR) com 95% do intervalo de confiança e o valor de p <0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram identificados 1027 pacientes elegíveis para o estudo. Destes, 335 pacientes foram excluídos e 692 pacientes entraram na análise final dos dados. A mortalidade intra-hospitalar pós-operatória foi de 3,6%. As variáveis pré-operatórias significativas para aumento da mortalidade foram a presença de C-PRÉi (OR: 3,32 (IC95% 1,10 - 10,02)), doença pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) (OR: 3,95 (IC95% 1,37 - 11,40)) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) (OR: 4,1 (IC95% 1,18 - 14,24)). A área sob a curva (AUC) ROC baseada neste modelo logístico multivariado, padronizado por idade e Tpré, foi considerada excelente (AUC: 0,80 (IC95% 0,71 - 0,88)). Não foram encontrados preditores que determinem atraso maior de 48h para a realização da cirurgia. O desenvolvimento de C-PRÉi foi associado à idade (anos) (OR: 1,04 (IC95% 1,01-1,08)), Tpré (dias) (OR: 1,16 (IC95% 1,10-1, 22)) e DPOC (OR: 4,55 (IC95% 2,00 - 10,36)). Além disso, os preditores de C-PRÉc foram Tpré (dias) (OR: 1,21 (IC95% 1,12 - 1,30)), ASA ≥ III (OR: 3,78 (IC95% 1,35 - 10, 61)) e DPOC (OR: 4,60 (IC95% 1,42 - 14,88)). Apesar disto, a avaliação da AUC de ambos os modelos demonstra que eles foram pobres para prever resultados intermediários ((AUC C-PRÉi: 0,63 (IC95% 0,52 – 0,74); AUC C-PRÉC: 0,60 (IC95% 0,48 – 0,73)). Conclusões: Nossos achados evidenciaram as características individuais e os eventos pré-operatórios, que podem impactar na mortalidade hospitalar após correção cirúrgica de FF em idosos. Este resultado pode ser predito pela presença de HAS, DPOC e a ocorrência de C-PRE-i. Além disso, os preditores de CPRÉ-i foram idade Tpré e DPOC. Nenhum determinante clínico-demográfico esteve associado ao atraso maior de 48 horas para a realização da cirurgia.
  • ItemTese de doutorado
    Parada cardíaca e mortalidade no período perioperatório e também parada cardíaca e mortalidade por fator anestésico em um país em desenvolvimento: revisão sistemática com metanálise proporcional
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-02-03) Módolo, Marília Pinheiro; Braz, Leandro Gobbo [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Estudos têm mostrado que as incidências de parada cardíaca (PC) e de mortalidade perioperatórias, assim como as incidências de PC e de mortalidade relacionadas à anestesia (i.e., por fator anestésico), são muito mais elevadas nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos. Esta revisão teve como objetivo comparar as incidências de PC e de mortalidade perioperatórias e de PC e de mortalidade relacionadas à anestesia durante dois períodos, em um país em desenvolvimento. Uma revisão sistemática com metanálise proporcional de estudos observacionais brasileiros durante dois períodos (pré-1990 versus 1990-2019) foi realizada por meio da pesquisa em bases de dados. Os desfechos primários foram incidência de PC e mortalidade perioperatória e PC e mortalidade relacionada à anestesia. Foram incluídos dez estudos, totalizando 551.699 procedimentos anestésicos, 802 PCs perioperatórias, 134 PCs relacionadas à anestesia, 1.153 óbitos perioperatórias e 29 óbitos relacionados à anestesia. A incidência (por 10.000 anestésicos) de PC perioperatória diminuíram de 39,87 (Intervalo de Confiança [IC] 95%: 34,60-45,50) antes da década de 1990 para 20,05 (IC 95%: 10,02-33,48) entre 1990 e 2019 (P < 0,0001); enquanto que não houve diferença significativa na incidência de mortalidade perioperatória (de 19,25 [IC 95%: 15,64-23,24] antes da década de 1990 para 29,55 [IC 95%: 17,26-45,08] em 1990-2019; P = 0,198). Simultaneamente, a incidência de PC relacionada à anestesia diminuiu de 14,39 (IC 95%: 11,29-17,86) para 3,90 (IC 95%: 2,93-5,01) (P < 0,0001), enquanto que não houve diferença significativa na incidência de mortalidade relacionada à anestesia (de 1,75 [IC 95%: 0,76-3,11] a 0,67 [IC 95%: 0,09-1,66]; P = 0,540). Ao comparar as incidências pré-1990 a 1990-2019, esta revisão demonstra redução na incidência de PC perioperatória, com uma grande e consistente diminuição na incidência de PC relacionada à anestesia; no entanto, não houve diferenças significativas nas incidências de mortalidade perioperatória e de mortalidade relacionada à anestesia.
  • ItemTese de doutorado
    Palonosetrona versus ondansetrona para profilaxia de náuseas e vômitos pós-operatórios em colecistectomias videolaparoscópicas. Estudo controlado randomizado de não-inferioridade
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2020-10-15) Davolos, Francisco José Chiaradia; Nascimento Junior, Paulo do [UNESP]; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Nausea and vomiting are one of the most common postoperative complications, reaching 80% of patients with associated risk factors. Recently, palonosetron, an antiemetic antagonist of 5-HT3 serotonin receptors, has been used as prophylaxis for this complication. In the present randomized controlled noninferiority trial, it is tested the hypothesis that palonosetron is non-inferior to ondansetron within the margin of 15% of risk difference, at reducing the incidence of postoperative nausea and vomiting in videolaparoscopic cholescystectomy. Two hundred and twelve patients of both sexes who underwent videolaparoscopic cholescystectomy with general anesthesia were selected and double-blind and randomly assigned into two groups which received intravenous palonosetron, 0.075 mg, or intravenous ondansetron, 8 mg, before the induction. The same dose of ondansetron was administered eight and sixteen hours after surgery. Anesthesia and surgery were standardized for all patients. Nausea and vomiting were evaluated during 24 hours after surgery. The highest incidence of nausea and vomiting occurred between 2 and 6 hours postoperative, being values in percent (95% confidence interval (CI)) of 36.8 (28.2 - 46.3) and 43.4 (34.4 – 52.9) in palonosetron and ondansetrona groups, respectively. The risk difference (95% CI) between palonosetron and ondansetron for nausea and vomiting was 0 (-10.9 to 10.9), -6.6 (-19.4 to 6.5), -0.9 (-11.0 to 9.2) and -2.8 (-9.6 to 3.6) in the postoperative time intervals between 0 to 2 hours, > 2 to 6 hours, > 6 to 12 hours and > 12 to 24 hours, respectively. There was no difference between the groups in rescue drug administration (dimenhydrinate) and there were no adverse events associated with the study drug. We conclude that palonosetron has a non-inferior effect to ondansetron when used in patients at risk for postoperative nausea and vomiting undergoing videolaparoscopic cholecystectomy, being a good option for prophylaxis of nausea and vomiting, as it is administered in a single dose.