Caracterização do perfil de atividade física na vida diária de pacientes portadores de DPOC do Brasil e comparação com pacientes da Áustria

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Data

2010-06-17

Autores

Fujii, Nidia Aparecida Hernandes [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Avaliar as características de atividades físicas na vida diária de pacientes brasileiros portadores de DPOC e sua relação com diferentes variáveis fisiológicas. Métodos: Quarenta pacientes brasileiros portadores de DPOC (18 homens; 66±8 anos; VEF1 46±16%pred; IMC 27±6 Kg.m-2) e 30 idosos saudáveis foram avaliados quanto às atividades físicas na vida diária utilizando-se um acelerômetro multiaxial (Dynaport Activity Monitor, Holanda) por 12 h/dia durante 2 dias da semana. Foram ainda avaliados: capacidade máxima e funcional de exercício (teste incremental máximo e teste de caminhada de 6 minutos [TC6], respectivamente), pressões máximas inspiratória e expiratória (PImax e PEmax, respectivamente), força muscular periférica (1 repetição máxima e força de preensão manual), qualidade de vida (Saint George Respiratory Questionnaire [SGRQ]), estado funcional (questionário London Chest Activity of Daily Living [LCADL]) e sensação de dispnéia (escala do Medical Research Council [MRC]). Resultados: Pacientes portadores de DPOC apresentaram menor tempo gasto andando/dia quando comparados aos idosos saudáveis (55±33 versus 80±28 min/dia; p=0,001) e menor intensidade de movimento (1,9±0,4 versus 2,3±0,6 m/s2; p=0,004). Os pacientes com DPOC também tenderam a passar mais tempo sentados (294±114 versus 246±122 min/dia; p=0,08). O tempo andando/dia correlacionou-se com TC6 (r=0,42; p=0,007), carga máxima de trabalho (r=0,41; p=0,009), idade, MRC e domínio atividade do SGRQ (-0,31≤ r ≤-0,43; p≤0,05 para todos). Conclusão: Apesar de serem mais ativos do que pacientes europeus estudados previamente, pacientes brasileiros portadores de DOPC são menos ativos em comparação a idosos saudáveis. O tempo gasto andando/dia é apenas moderadamente relacionado à capacidade máxima e funcional de exercício
To evaluate the characteristics of physical activities in daily life in Brazilian patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) and the relationship of these characteristics with different physiologic variables. Methods: Forty Brazilian COPD patients (18 men; 66±8 years; FEV1 46±16%pred; BMI 27±6 Kg.m-2) and 30 healthy age- and sex-matched subjects performed assessment of physical activity in daily life with an accelerometerbased activity monitor (Dynaport Activity Monitor, The Netherlands) for 12 h/day in 2 weekdays. Other measurements included maximal and functional exercise capacity (incremental exercise test and six-minute walk test [6MWT], respectively), maximal inspiratory and expiratory pressures, peripheral muscle force (1-repetition maximum and handgrip force), quality of life (Saint George Respiratory Questionnaire, SGRQ), functional status (London Chest Activity of Daily Living questionnaire) and dyspnea sensation (Medical Research Council scale, MRC). Results: COPD patients had lower daily time spent walking in comparison to healthy elderly (55±33 versus 80±28 min/day; p=0.001) as well as reduced movement intensity (1.9±0.4 versus 2.3±0.6 m/s2; p=0.004). In addition, COPD patients also tended to have more daily sitting time (294±114 versus 246±122 min/day, p=0.08). Time spent walking in daily life was correlated with 6MWT (r=0.42; p=0.007), maximal workload (r=0.41; p=0.009), age, MRC scale and SGRQ activity domain (-0.31 ≤ r ≤ -0.43; all p≤0.05). Conclusion: Despite being more active than previous reports of European COPD cohorts, Brazilian patients with COPD are less active in comparison to healthy elderly. Daily time spent walking in real life is only moderately related with maximal and functional exercise capacity

Descrição

Palavras-chave

Fisioterapia, Exercícios físicos, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), Motor activity, Exercise tolerance

Como citar

FUJII, Nidia Aparecida Hernandes. Caracterização do perfil de atividade física na vida diária de pacientes portadores de DPOC do Brasil e comparação com pacientes da Áustria. 2010. 62 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2010.