A hegemonia do agronegócio e o sentido da reforma agrária para as mulheres da Via Campesina

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Data

2013-03-13

Autores

Mafort, Kelli Cristine de Oliveira [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Procuro investigar as implicações sociais da hegemonia do agronegócio no campo brasileiro e sua relação com a perspectiva da realização de um amplo programa de Reforma Agrária. Para tal, desenvolvo uma pesquisa sobre um caso específico: a luta das mulheres da Via Campesina contra o grupo Cosan, colocando em evidência as tensões existentes entre dois projetos antagônicos. Analiso a questão a partir de um referencial teórico, cujo eixo central, foi delimitado anteriormente no projeto de pesquisa. Problematizo como a modernização conservadora, desenvolvida no período da Ditadura Militar, efetivou-se como uma resposta à questão da Reforma Agrária, que havia sido muito fomentada no período anterior. Procuro demonstrar como a modernização conservadora foi fundamental para desenvolver as bases da hegemonia atual no campo brasileiro: o agronegócio. Nesse contexto, a questão da Reforma Agrária, como uma possibilidade de desenvolvimento do capitalismo no campo, foi sendo superada. Diante disso, a Reforma Agrária pode ficar como uma tarefa para traz ou pode ser resignificada, trazendo novo sentido para a sociedade. Ambos os caminhos estão se defrontando na atualidade. Para entender o movimento do capital na agricultura, analiso o setor sucroenergético e mais especificamente, o caso da fusão entre as empresas Cosan e Shell, que deu inicio a criação do grupo Raízen. Procuro o sentido da Reforma Agrária resignificada através das ações desenvolvidas pelas mulheres da Via Campesina no período do dia internacional das mulheres. Tais lutas vinculam a conquista da Reforma Agrária ao enfrentamento contundente ao capital
Seeking to investigate the social implications of the hegemony of agribusiness in the Brazilian countryside and its relationship with the prospect of carrying out an extensive program of land reform. To this end, I develop a search on a specific case: the struggle of women of Via Campesina against the group Cosan, highlighting the tensions between two opposing designs. I analyze the issue from a theoretical framework whose central axis was defined previously in the research project. I discuss how the conservative modernization, developed during the military dictatorship, was accomplished as an answer to the question of land reform, which had been very encouraged in the previous period. Seeking to demonstrate how the conservative modernization was essential to develop the foundations of the current hegemony in the Brazilian countryside: agribusiness. In this context, the issue of land reform, as a possibility of development of capitalism in the countryside, was being overcome. Therefore, the Agrarian Reform can get a job as backwards or can be resignified, bringing new meaning to society. Both paths are facing today. To understand the movement of capital in agriculture, analyze the sugarcane industry and more specifically, the case of the merger between Cosan and Shell, who launched the creation of Raizen group. Seeking the meaning of Agrarian Reform resignified through the actions undertaken by the women of Via Campesina during the international day of women. Such struggles bind the conquest of Agrarian Reform to facing scathing capital

Descrição

Palavras-chave

Agroindústria, Reforma agraria, Movimentos sociais, Social movements

Como citar

MAFORT, Kelli Cristine de Oliveira. A hegemonia do agronegócio e o sentido da reforma agrária para as mulheres da Via Campesina. 2013. 134 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2013.